Capítulo 6

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Oi incríveis, estou adorando escrever esse livro rsrsr É algo que estou fazendo apenas como diversão, e estou adorando! Espero que vocês também estejam ;)


— Eu tirei 2.100 no SAT, com essa nota consigo me candidatar facilmente em qualquer universidade da IVY LEAGUE SCHOOL. — O garoto magricelo, engomadinho, que eu não lembrava o nome, se vangloriava da sua nota. — Além de que, faço parte do clube de ciências, economia e teatro da escola, fora o trabalho voluntário com as crianças órfãs na minha cidade. Tenho certeza de que a Columbia vai me aceitar, meu irmão tinha notas menores que a minha e conseguiu entrar em Princeton, eu com certeza vou entrar. E você quanto tirou no SAT?

— Eu ainda não fiz... — falei sem graça, estava me sentindo burro no meio de tantos nerds.

— Pois deveria fazer logo. — Ele me alertou. — Caso contrário só vai conseguir entrar no próximo ano.

— Eu sei.

— Mas o que você faz na sua escola? — indagou.

— Jogo Rugby — falei animado pela primeira vez naquela conversa.

—Hum... E o que mais? — Ele parecia não estar empolgado.

— Só Rugby — falei.

— Bom, como você é de uma das famílias mais tradicionais do estado de Jersey e da cidade de Nova York, creio que não vai ter problemas para entrar aqui — ele falou observando o meu pai e o reitor do campus conversando. — Agora pessoas como eu tem que se esforçar o dobro, não é? Nem todos tem sorte de ser rico.

Ele deu um sorrisinho forçado e saiu educadamente. Senti-me ofendido, porque ele deixou bem claro que se eu entrasse na Columbia seria pelo fato do meu pai conhecer o reitor, além de ser rico. Eu tive que concordar com ele. A quem eu quero enganar? Eu não tinha boas notas, não participava de grupos e causas sociais do âmbito escolar, e provavelmente não conseguiria tirar mais de 2000 no SAT. Eu era uma fraude, até o meu primo Landon, entrou na Columbia por mérito. Se as minhas notas continuassem daquele jeito, nem em uma universidade comunitária eu conseguiria entrar.

O tour pela Columbia Law School foi bastante agradável, e logo depois nos reunimos para um coquetel com alguns veteranos e professores. Os alunos que assim como eu queriam estudar ali, eram muito diferentes de mim. As garotas eram recatadas, todas nerds, com óculos e espinhas no rosto, o mesmo podia se dizer dos rapazes, apenas eu era o único ser humano comum ali, o que me fez alvo de olhares curiosos o passeio inteiro.

Quando o garoto estranho me deixou, respirei aliviado e com medo do fato de que talvez eu não consiga uma vaga na Columbia. Talvez fosse melhor pensar em outras universidades que não pertencessem a IVY LEAGUE SCHOOL.

— Jace, filho. Venha, quero te apresentar o professor Howard aqui da faculdade. — Meu pai me puxou e me levou até um senhor barbudo e pançudo.

Eles ficaram falando sobre leis, e coisas do tipo, eu obviamente boiei na conversa, para mim eles falavam grego. Será mesmo que eu quero passar anos da minha vida estudando as coisas que eles conversavam?

Foi quando vi uma moça de suéter amarelo, e vestido florido, era Alison. O que ela fazia aqui? Será que ela quer ser advogada? Pedi licença para os dois e me aproximei lentamente dela, Alison conversava com uma mulher alta e loira, que eu logo reconheci, era a mãe dela. Ela também estava acompanhada de uma senhora bem vestida que decerto era uma das professoras da Columbia.

— Alison. — A cumprimentei a deixando surpresa com a minha presença. Ela me encarou e deu um suspiro pesado e então respondeu:

— Ah você — falou com desdém. A mãe dela e a professora sorriram para mim e se afastaram, deviam achar que nós queríamos ficar sozinhos.

— Oi — falei animado, o que diabos eu estava fazendo? Alison estava furiosa comigo, porque eu fui falar com ela? Maldito instinto! — Você também quer estudar direito?

— Não é da sua conta. — Ela foi grossa comigo, e se virou para ir embora, porém eu segurei o seu braço direito o que a deixou raivosa.

— Eu vi o seu show ontem — falei tentando quebrar o clima e sorrindo para ela. Alison estava bem diferente da garota que eu vi ontem. — Eu adorei, sua voz é esplêndida!

Ela soltou o seu braço, seu rosto estava confuso, seus olhos castanhos me olhavam tentando entender a situação.

—Qual é o seu problema, Jace? Uma hora me chama de baleia, e depois diz que a minha voz é incrível? Eu não consigo te entender — disse confusa.

— Nem eu — falei baixinho compreendendo suas palavras.

Eu a deixei partir, desde que entrei no último ano eu comecei a pensar mais nela e a ficar com medo de perdê-la. Mas agora vendo que Alison poderia entrar na Columbia, fiquei esperançoso e prometi para mim mesmo que eu iria estudar para também estar perto dela na universidade.

— Aquela é a sua gatinha? — uma voz conhecida perguntou.

Virei-me e vi que o dono da voz era loiro, tinha olhos verdes e o dobro do meu tamanho, era Landon.

— Primo. — Abracei-o rapidamente. — O que faz aqui?

— Faço parte de um dos comitês da faculdade, e como desconfiei que você fosse estar aqui hoje para conhecer a faculdade, eu decidi vir te ver.

— Que bom. — Sorri pra ele. — Adorei o campus! Quero muito estudar aqui.

— É e quem não quer? — Ele riu. — Vai fazer direito? Jurava que você ia ser escritor.

— Eu posso ser os dois se eu quiser — falei.

—Você não respondeu a minha pergunta.

—Que pergunta? —indaguei.

—Aquela é a sua gatinha? —ele perguntou apontando para Alison.

— Não. — Menti rindo, Landon era conhecido por ficar com as mulheres mais gatas de Nova York, se ele soubesse do que sinto pela Alison... — Claro que não! — Fingi certo nojo.

— Então porque você olha pra ela desse jeito?

— Como? — Droga! Ele descobriu.

— Para de se fingir de bobo! Eu conheço um cara apaixonado.

— Sei. — Ri da cara dele. — Ela é só uma garota da escola, eu não gosto dela, olha só pra ela! — Zombei da Alison.

— Idiota. — Ele me cutucou e depois riu.

— Qual é? Você transaria com ela? — Fui mais longe pra ele não desconfiar.

— Não. — Ele ficou sério.

— Está vendo. — Forcei uma risada.

— Eu não dormiria com ela, porque ela parece ser legal demais pra mim, eu não transo com garotas legais — Landon falou seriamente me deixando constrangido por ter agido daquele jeito infantil.

— Nossa... — Arregalei os olhos.

— Cara, eu queria estar apaixonado, mas o amor não é pra mim. Não seja um idiota como eu sou. — Ele sorriu. —Vou dar uma festa no sábado que vem, quero que você venha, ok? Leve aquele seu amigo com o cabelo engraçado e a sua gatinha. — Ele piscou para mim e depois olhou para Alison, e falou novamente:

—Não a machuque, ok?

—Ok — falei sem graça, porque até o meu primo havia percebido os meus sentimentos pela Alison, menos ela.


***

SAT : É o enem americano.

*IVY LEAGUE SCHOOL: É um grupo das oito universidades americanas mais importantes do país. A Columbia, Harvard e Princeton pertencem a esse grupo.

A GAROTA QUE VOCÊ NÃO QUISOnde histórias criam vida. Descubra agora