Epílogo do Epílogo

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Olá incríveis!! Voltei!!!!! Gente passei por tanta coisa esses últimos meses: Desânimo, bloqueio criativo, vontade de morrer e medo de morrer hahaha A verdade é que as coisas nunca foram faceis pra mim, mas parei de reclamar e voltei a escrever e adivinha o que eu escrevi pra vocês seus lindos??????????? Vou responder todas as mensagens que eu recebi recentemente, peço um pouquinho de paciência, pois faz dias que não abro o wattpad . Quem quiser falar comigo com urgência pode me procurar nas minhas redes sociais ;) Amanhã vou publicar no meu perfil uma surpresa que tenho preparado pra vocês. Espero do fundo do meu coração que gostem ♥

OBS: 3 MILHÕES JURA????????????? 3 MILHÕES DE LEITURAS????? OMG!!!!!!!!!!!!!!!! VOCÊS SÃO INCRÍVEIS MESMO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! AMO VOCÊS SEUS LINDOS!!! NEM SEI COMO AGRADECER!!!!!!!!!!!!!!!!!


Meus lábios estão secos. Meu estômago está se revirando e eu acabo de vomitar toda a comida do almoço. Minha cabeça gira e eu me apoio no vaso sanitário para conseguir me manter em pé. Engulo em seco, o gosto ruim do vômito desce queimando a minha garganta, mal consigo respirar com o cheiro, e fico enjoada outra vez só de sentir aquele gosto descendo pelas minhas entranhas.

Aquilo era um bom sinal. Depois de anos eu acabei desistindo de ser mãe. Eu não conseguia engravidar. Tentamos de tudo: vários tratamentos, inseminação artificial, posições sexuais estranhas que prometiam um milagre..., mas nada adiantava. Até que eu e o Jace desistimos. Nós já éramos pais de uma garotinha, e pelo jeito ela seria a única. Nunca poderíamos dar um irmãozinho para Agatha, nunca eu poderia cumprir a minha promessa que eu fiz a ela logo que me casei com o seu pai. Apesar de eu amá-la como minha, eu sabia que nas veias de Agatha não corria o meu sangue. Os anos foram passando e ela foi ficando cada vez mais parecida com a Lisa. Nada no rosto dela era meu, e eu sabia que no fundo do seu coração, ali bem no fundo mesmo, ela queria que a sua mãe estivesse com ela, não eu. Ela desejava que Lisa estivesse aqui casada com o Jace, os três vivendo em Nova Jersey em uma casa pintada de azul com um cachorro labrador como o seu cão de guarda. Eu sabia que ela desejava isso, e eu não a culpava, quem poderia culpar? Ter a sua mãe por perto é algo esplêndido, é um amor forte demais. E mesmo eu me esforçando eu jamais poderia ser para ela o que a Lisa poderia ter sido.

Levanto com dificuldade do chão, minha cabeça ainda lateja e eu estou tão zonza que posso jurar que vi estrelas. Abro a torneira e deixo com que a água lave as minhas mãos e depois a minha boca, me livrando daquele gosto amargo. Olho-me no espelho, meus cabelos estão começando a ficar grisalhos, poço ver uns fios brancos no topo da minha cabeça, mas como estou loira os fios não se realçam tanto. Umas leves rugas começam a surgir na minha testa e também no canto dos olhos, a minha pele não é mais tão rígida como era quando eu estava no auge dos meus vintes anos, o meu corpo apesar de ainda ter algumas curvas começa a ficar flácido e aquela velha sensação de baixa auto estima que eu tanto lutei na juventude para não sentir, estava começando a voltar. Eu já não tinha mais tanta confiança para usar um biquíni ou um vestido que deixasse as minhas pernas a mostra. Eu já não era mais tão jovem. Daqui vinte quatro horas vou ter quarenta anos.

Durante esses dezessete anos que se passaram eu e Jace conseguimos manter o nosso casamento. Foram anos felizes e prósperos. A editora dele crescerá muito, e eu continuava cantando, entretanto eu havia abandonado o pop e abraçado o jazz e outros estilos musicais parecidos. Com o passar dos anos minha agenda de shows diminuíram e junto com ela se foram os paparazzi que nunca mais se interessaram pela minha vida. Hoje, canto menos em alguns barzinhos e clubes pequenos, não faço mais campanhas publicitárias, participações em filmes e há anos não sei o que é pisar no red carpet. Se eu sinto saudades daquela luxúria, daquele brilho e glamour? Não. Nem um pouco. O conforto dos braços de Jace são muito mais interessantes do que joias, e festas de luxo. Nem tudo foram flores no nosso casamento. Tentei engravidar durante anos, mas eu não conseguia e as coisas começaram então a desandar. As brigas se tornaram constantes, o vazio do lar se tornava gigante, pois Agatha crescia e aos poucos os brinquedos desapareciam dos cômodos da casa. Eu me sentia culpada, eu culpava o Jace também. E ele foi perdendo a paciência, nosso amor foi esfriando. Até que em um momento de loucura decidimos nos separar. Jace saiu de casa e levou com ele Agatha que ainda era pequena, mas não tão jovem para não entender o que estava acontecendo.

A GAROTA QUE VOCÊ NÃO QUISOnde histórias criam vida. Descubra agora