Oi incríveis, tenho tido alguns problemas, mas vou tentar postar amanhã o QeA da Alison, se vocês quiserem deixem mais perguntas para ela responder ;)
Livro A garota que eu nunca vou ter página 415.
Agatha tinha acabado de completar dois anos. Nós havíamos feito uma festa de aniversário para ela no fim de semana. Minha pequena já andava com suas pernas curtas e passos lentos pela casa, enquanto ela ainda sibilava e grunhia algumas palavras, mas ela já me chamava de papa e toda a vez que sua boquinha pequena em formato de coração e naturalmente rosada me chamava lentamente de papa, meu coração se enchia de alegria e eu a pegava em meus braços e distribuía beijos pelo seu rosto fofo.
As bochechas dela eram tão gordas era difícil não querer apertá-las. O cabelo dela ainda era ralo, mas mesmo assim um pequeno redemoinho loiro havia se formado na sua cabeça pequena. Toda vez que eu a olhava ficava me perguntando como eu tive a sorte de tê-la como filha?
Peguei-me pensando várias vezes se eu estava sendo um bom pai. Eu passava a maior parte do dia na faculdade a NJCU onde eu cursava inglês, e a noite corria para casa para ficar com ela, contudo na maioria das vezes ela estava dormindo ou cansada, pois havia brincado o dia inteiro com a minha mãe e a sua babá. Eu tinha sorte de ter a minha mãe ao meu lado me apoiando, e tinha mais sorte ainda pelo fato do meu pai ter nos deixado bem financeiramente. Eu tinha dinheiro para pagar a minha faculdade e ainda sobrara para a faculdade da Agatha, além de imóveis e ações na empresa. Meu tio, James, era quem tomava conta dos negócios agora.
Fazia um ano que Landon morava conosco também. James o deserdara só porque Landon desistiu de vez da faculdade de direito e da Columbia também. Meu primo agora era gerente de um dos cafés mais frequentados da cidade. Landon também estava namorando Mary, uma garota que ele conheceu assim que se mudou para cá. Mary era cega, mas era dotada de uma filosofia de vida que me causava inveja. O mais estranho de tudo era que o meu primo estava apaixonado, eu nunca pensei em toda a minha vida que viveria para vivenciar esse dia.
Era uma manhã qualquer, pelo menos aparentava ser. Acordei bem cedo como eu sempre fazia. Agatha ainda dormia como um anjo, graças a Deus ela era um bebê que brincava o dia inteiro e dormia a noite inteira.
Tomei o meu café como de costume e dei um beijo molhado no rosto da minha mãe. Depois que o papai morreu ela passou a se dedicar a cuidar da Agatha, acho que a neta fazia com que ela se esquecesse um pouco do meu pai, mesmo assim eu ainda escutava todas as noites os som das suas lágrimas abafadas pelo travesseiro.
— Você tem aula até tarde hoje? — ela perguntou com o rosto cansado e a mandíbula contraída. — Podíamos ir ao cinema hoje, Lucy vai tomar conta da Agatha essa noite, assim nós podemos ter um momento só de mãe e filho.
Eu tomei mais um gole do café quente e limpei a garganta e me encostei no balcão da cozinha.
— Lucy não vem trabalhar mais cedo hoje? — inquiri.
— Não, pedi para ela vir à noite, o que você acha?
— Pode ser, tenho aula até as cinco. Landon pode vir conosco se quiser.
— Não acho que ele vá. — Ela franziu a testa enquanto saboreava o seu waffle. — Ele não dormiu em casa essa noite.
— Ele está brincando com fogo. — Eu ri, Mary era filha do pastor mais conhecido da cidade.
— Ele precisa casar logo com ela, se o pastor souber dessas visitinhas noturnas do seu primo à filha dele, ele não vai gostar nada.
Eu fui para o meu carro e minha mãe acenou para mim enquanto estava na porta segurando a minha filha em seus braços. Eu sacudi a cabeça e soltei um beijo no ar, minha mãe sorriu e aquela foi à última vez que eu a vi viva.
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A GAROTA QUE VOCÊ NÃO QUIS
RomanceO amor que Jace Connor sente por Alison Reak é tão grande que ele escreveu um livro sobre ela: A Garota Que Eu Nunca Vou Ter. Desde a adolescência, Jace têm uma paixão intensa pela desajeitada Alison. Ele sempre foi muito bonito e popular, ela, poré...