Cap. 76

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Por Kate

Acordei no chão de um beco escuro, gelado e a noite está bem fria hoje. O que aconteceu comigo?

Levantei tentando regular a minha respiração descompassada. É como se eu tivesse levado um susto. Mas pelo meu estado eu estava deitada ali a horas.

Tentei arrumar meu cabelo do jeito que eu podia e saí dali praticamente rastejando de tão fraca que eu estava.

Vi algumas pessoas passando na rua e tentei pedir ajuda, mas elas me ignoravam e fugiam de mim como se eu fosse um monstro.

Cai algumas vezes até chegar a porta de um bar. Entrei e não aguentei o peso do meu corpo, desmoronei no chão chamando a atenção de todos que ali estavam.

Uma menina de cabelos castanhos parou do meu lado e me ajudou a levantar e me guiou até uma cadeira põe perto.

Assim que viram o meu estado, algumas pessoas saíram de perto de mim. Outras saíram correndo do local, e uma outra garota veio me ajudar.

-Meu Deus o que aconteceu com você!

-Peguem uma água pra ela!

Tentei concentrar minha vista na menina de cabelos castanhos que estava na minha frente e a reconheci como a tal maluca do hospital. Qual era o nome dela mesmo?

-Você ta bem? Raxa e respira a ambulância já tá chegando.

Como assim? Puxei o ar com toda a força que me restava. A última coisa que eu precisava era de mais um escândalo envolvendo a banda da Katherine Roberts.

Tentei falar com a menina, tentei alcançar o seu braço que estava no telefone, mas eu só consegui chorar. Lágrimas pesadas e quentes.

-Camille, acho que ela quer falar alguma coisa.- A outra garota resolveu se pronunciar e viu o meu desespero. A agradeci mentalmente, porque falar eu não conseguia.- Você tem algum celular pra gente ligar pra alguém?

Procurei pelos bolsos do meus jeans o meu celular e achei o coitado com a tela... Aquilo não podia ser chamado de tela.

A Camille pegou o meu cel e começou a futicar procurando alguma coisa que a ajudasse. Até que disse pra garota de cabelos negros:

-Beverly Hills. Você dirige.

Elas me levantaram e me levaram até um carro, e me deitaram no banco de trás.

-Tudo bem. Vamos te levar pra casa.-Camille sorriu amigável pra mim, e eu achei melhor não retribuir, afinal sabe-se lá que careta eu ia fazer.

Elas entraram no carro e já iam dar a partida quando um homem chegou na janela me fazendo ter um choque de realidade terrível.

Tentei prestar atenção na conversa deles.

-O que aconteceu com ela?

-Não sei, mas vamos leva-la para casa.

-Melhoras menina.

Ele saiu da janela e ficou me observando pelo vidro enquanto o carro andava. Vi ele mexer os lábios formando uma frase que me deu arrepios.

Papai te ama.

Eu Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora