Por Kate
Acordei no chão de um beco escuro, gelado e a noite está bem fria hoje. O que aconteceu comigo?
Levantei tentando regular a minha respiração descompassada. É como se eu tivesse levado um susto. Mas pelo meu estado eu estava deitada ali a horas.
Tentei arrumar meu cabelo do jeito que eu podia e saí dali praticamente rastejando de tão fraca que eu estava.
Vi algumas pessoas passando na rua e tentei pedir ajuda, mas elas me ignoravam e fugiam de mim como se eu fosse um monstro.
Cai algumas vezes até chegar a porta de um bar. Entrei e não aguentei o peso do meu corpo, desmoronei no chão chamando a atenção de todos que ali estavam.
Uma menina de cabelos castanhos parou do meu lado e me ajudou a levantar e me guiou até uma cadeira põe perto.
Assim que viram o meu estado, algumas pessoas saíram de perto de mim. Outras saíram correndo do local, e uma outra garota veio me ajudar.
-Meu Deus o que aconteceu com você!
-Peguem uma água pra ela!
Tentei concentrar minha vista na menina de cabelos castanhos que estava na minha frente e a reconheci como a tal maluca do hospital. Qual era o nome dela mesmo?
-Você ta bem? Raxa e respira a ambulância já tá chegando.
Como assim? Puxei o ar com toda a força que me restava. A última coisa que eu precisava era de mais um escândalo envolvendo a banda da Katherine Roberts.
Tentei falar com a menina, tentei alcançar o seu braço que estava no telefone, mas eu só consegui chorar. Lágrimas pesadas e quentes.
-Camille, acho que ela quer falar alguma coisa.- A outra garota resolveu se pronunciar e viu o meu desespero. A agradeci mentalmente, porque falar eu não conseguia.- Você tem algum celular pra gente ligar pra alguém?
Procurei pelos bolsos do meus jeans o meu celular e achei o coitado com a tela... Aquilo não podia ser chamado de tela.
A Camille pegou o meu cel e começou a futicar procurando alguma coisa que a ajudasse. Até que disse pra garota de cabelos negros:
-Beverly Hills. Você dirige.
Elas me levantaram e me levaram até um carro, e me deitaram no banco de trás.
-Tudo bem. Vamos te levar pra casa.-Camille sorriu amigável pra mim, e eu achei melhor não retribuir, afinal sabe-se lá que careta eu ia fazer.
Elas entraram no carro e já iam dar a partida quando um homem chegou na janela me fazendo ter um choque de realidade terrível.
Tentei prestar atenção na conversa deles.
-O que aconteceu com ela?
-Não sei, mas vamos leva-la para casa.
-Melhoras menina.
Ele saiu da janela e ficou me observando pelo vidro enquanto o carro andava. Vi ele mexer os lábios formando uma frase que me deu arrepios.
Papai te ama.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu Odeio Amar Você
Random-Já pensou que você pode estar sendo um pouco egoísta pensando só em si mesma? -Já pensou que eu tenho que viver a minha vida feliz antes de tudo?