Cap. 70

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Por Kate
Sai pisando duro dali tentando conter as minhas lágrimas teimosas. Não conseguia acreditar no que tinha escutado. Pela banda. Pela banda. Ele só iria ficar ali pela banda. E depois a frase que terminou de me destruir. Não podemos ficar juntos. É melhor assim. Melhor pra ele ou pra mim?

Ele não sabe nada sobre mim.

Cheguei na sala onde todos estavam me esperando quase sufocada pelas lágrimas que eu segurava.

Passei reto por todo mundo ignorando todos os olhares preocupados na minha direção. Peguei as minhas coisas e sai do hospital esperando encontrar um lugar pra respirar.

Mas assim que escapei do hospital senti milhares de flashes na minha cara me fazendo, mais uma vez, ficar sufocada por todas as lágrimas e gritos que eu esperava soltar quando chegasse ali fora.

-O que aconteceu?

-Onde estão os outros integrantes da banda?

-Porque você saiu correndo da entrevista hoje?

Porque eu acabei de descobrir que o meu namorado é extremamente possessivo e ciumento e eu estou apaixonada por um bacaca que nunca me coloca em primeiro lugar.

Sorri amarelo pra todas as câmeras na minha frente e tentei passar pela multidão sem ser grossa com ninguém por mais que a minha vontade era mandar todo mundo se foder.

Assim que passei pelas câmeras quase sendo cegada pelos flashes quando avistei milhares e milhares (mentira não era isso tudo) de fans sorrindo e gritando pra mim.

Instintivamente me senti bem. Saber que aquela quantidade de pessoas me amava sem nem me conhecer, saber que elas ficavam felizes só por me ver ali.

Vi uma menina chorando quando eu cheguei a passos lentos perto dela com medo de assusta-la.

-Oi. -Disse com o melhor sorriso que eu consegui dar. Ela é o grupinho de amigas que estavam perto gritaram enquanto estendiam folhas e celulares na minha direção.

Tentei ser rápida enquanto tirava fotos e mais fotos quase me esquecendo porque eu estava tão triste.

Cheguei perto de uma bebezinha que estava no colo de alguém que parecia ser a sua mãe. Peguei ela no colo e dei um beijo estalado na sua bochecha e ela deu uma rizada gostosa.

A devolvi pra sua mãe e vi uma garotinha em prantos do meu lado. Cheguei perto dela e a abracei. Bem forte. Ela derramava as lágrimas sem se importar com a presença de ninguém ali.

E foi pensando nisso que nos braços daquela menininha eu desabei. Chorei o quanto consegui enquanto ela me abraçava mais forte a medida que percebia que o meu choro estava aumentando, enquanto repetia baixinho que me amava.

Minha mãe tinha razão. Eu não sabia o quanto era legal ter gente me amando sem bem me conhecer de verdade, pessoas que eu fazia felizes só por sorrir.

Eu não precisava do Kendall. Eu não precisava de ninguém. Tinha os meus fans e estava muito bem com eles.

Eu Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora