cap. 23

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Safira narrando.

Eu sei que estou agindo ridiculamente, ele é meu melhor amigo. Minha mãe me disse isso antes de falecer, que eu nunca devia abandoná-lo. 

Ah, mãe! Como sinto tua falta...

Safira:
Quero me lembrar de você
Como alguém que sempre ousou sonhar
E acreditar nos sonhos de Deus

Quero me lembrar dos verões
Quero me lembrar das canções
E das lições que me ensinou

Se eu pudesse eu voltaria atrás
E te beijaria muito mais
Mãe, ouviria mais os teus conselhos
Sinto tanta falta do teu cheiro
De acariciar os teus cabelos

Mas aprouve a Deus te colher
Minha esperança é que na eternidade eu vou te ver

Na eternidade, sem sentir saudade
Vamos adorar a Deus, vamos adorar a Deus
Na eternidade com os meus amados
Do jeito que eu sempre quis, do jeito que eu sempre quis

Porque lá no céu
Toda hora é hora de ser feliz

O violão, a música e Deus, são meus parceiros nas horas tristes, de angústia, de desespero. Eu deposito minha total declaração, derramo minhas lágrimas sabendo que esses três me acalmará, me dará esperança pra seguir em frente.

[...]

Estava na biblioteca pesquisando alguns livros evangélicos, fiquei sabendo que havia chegado. De repente me deparo com Gabriel conversando com uma menina que inclusive é muito bonita, de cabelos cacheados.

Me escondi para que não me vissem. O papo estava tão bom que ela ria sem parar, ah que saudades de rir assim também. Desisti de procurar o livro, me retirei e caminhei pelo corredor da faculdade pensando na cena que acabei de presenciar.

" será que estou gostando de Gabriel? "
" não, não pode ser! "
" Deus, que não seja isso "

-  Safira!   - fui interrompida por alguém.

-Oi, Igor. -respondi meia fora do normal.

- Nossa! -gargalhou.  - você está bem?

- Sim.

- ah, parece que viu fantasma.  -fez um sinal com a mão.  - bom, mas fantasmas não existem. Gostaria de saber se aceita sair comigo hoje?

- Sair? Pra onde?  -perguntei surpresa.

- Surpresa!  -suspirou.

- Mas...eu mal te conheço.  - fiz careta.

- Ah é?!  -cruzou os braços. -pois eu já te conheço o suficiente.  - franziu o cenho.

- hahaha, como?  -cruzei os braços.

- Primeiro, você é a menina Cristã mais irônica e chata que eu já conheci, segundo...

- EPA! EPA.  - levantei a mão.  - eu não sou chata!

- ah, então é barraqueira também? -arregalou os olhos. - Ótimo, segundo "barraqueira"...

- Ei!  -dei um tapa em seu ombro.

- Tá vendo? Acabou de me bater! Barraqueira.  -gargalhou. 

[...]

Com tantas provocações, acabei aceitando o convite. Ele passaria lá em casa às três da tarde, mas estou preocupada "com quem deixarei minhas irmãs?. Sophia é irresponsável, talvez minha vó possa ficar mesmo eu não querendo. O bom é que Sarah não dá trabalho.

A Menina e o ViolãoOnde histórias criam vida. Descubra agora