cap. 58

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Igor narrando

"Seja o Moisés desse povo"

Esta frase me chamou muita atenção.

Ouvi diversos questionamentos.

- Sou Lúcia, trabalho aqui a quatro anos. Devido o salário ser muito baixo, não posso pagar a cirurgia do meu filho. - diz com os olhos marejados.

- Sou Kelly, pago minha faculdade com esse salário. Agora estou dois meses sem receber. - diz cabisbaixa.

- Sou João, o médico pediu pra eu parar de carregar peso; mas eu preciso desse dinheiro para sustentar meus sete filhos. - confessa.

- Sou Maria, como pode ver estou grávida de sete meses. Não comprei nada ainda para minha filhinha, o pai dela me abandonou logo quando soube da gravidez. - chora.

Pelo visto a situação está precária. Coitada dessas pessoas, como meu pai pôde hesitar desta maneira? Preciso tomar providências urgentes.

- Obrigado pela participação de vocês, peço desculpas pela situação. Estou muito comovido e desejo tomar providências urgentes! Agora peço que se retirem, quero colocar tudo em ordem juntamente com os proprietários e outros líderes superiores da empresa. - afirmo.

Todos saem com uma cara de esperança. Percebo o quanto são carentes de dinheiro.

- Fernanda, por gentileza! - a chamo.

- Sim...

- Quero uma reunião agora com todos os líderes, secretários, donos, gerentes, subgerente, etc. - ordeno.

- Sim, senhor. - concorda e se retira.

''Jesus, fiquei comovido com a história deste povo. Eu só peço que entre na minha frente e abençoe a vida de todos eles. Dê condições financeiras, abençoa o lar, a família, vida espiritual, conjugal, etc. ''

[...]

- Estou decepcionado com a atitude de vocês! - me alterei. - Olha para este povo! Olha a situação deles! Não é notório a tristeza em seus olhos? O que me dizem?

- Sr. Igor, íamos tomar providências, mas estávamos muito ocupados com a economia da empresa. Também temos família, não podíamos falir. - explica uma das gerentes.

- Por quanto tempo passaram cuidando da economia? - perguntei.

- Desde quando seu pai começou a se comportar de uma maneira estranha. Ele aparentava estar cobiçando o dinheiro, ter sede de riquezas... - pausou.

Meu pai? Estranho? Por que será?

- Confesso que não me recordo dessas mudanças. - digo.

- Estamos aqui para o que precisar, senhor. - diz.

- Preciso ficar sozinho. - digo. - Qualquer decisão...peço para Fernanda avisar.

*Sabedoria de Salomão.

*Paciência de Jó.

* Guerreiro como Davi.

* Força de Sansão.

Exemplos que devo tomar para conseguir deixar tudo em ordem.

Me ajuda Senhor! Eu suplico.

* Provérbios 22:9 *

" O homem generoso será recompensado porque reparte seus bens com o pobre. "

Já sei o que devo fazer.

[...]

- Temos dinheiro de sobra para sustentar esta empresa? - perguntei.

- Sim. - responde uma economista.

- Fernanda! - a chamo.

- As suas ordens senhor! - diz.

- Quero que verifique com todos os funcionários quantos meses devemos e pague-os. - ordeno.

- Ok.

Sophia narrando.

Hoje é o dia em que iremos pegar nossa irmã no aeroporto. Meu pai não poderá ir. Lucas irá me levar, juntamente com Sarah.

Tenho ouvido muitas histórias das meninas do grupo dizendo que Lucas gosta de mim, não como amigo, mas um sentimento profundo. Confesso que nunca pensei em reparar isso. As meninas afirmam: "repare da maneira que ele te olha". Até fizeram piadinhas.

*Casem com um homem que olha da mesma forma que Lucas olha para Sophia.*

Acontece que depois de Matias eu nunca mais olhei pra nenhum menino da mesma forma. Por mais que eu tenha esquecido; prefiro não me decepcionar novamente. Mas será que Deus está no negócio? Aff quero nem pensar.

Ouço a buzina.

- Vamos Sarinha! - grito.

- Tô descendo!

[...]

Dentro do carro...

Decidi ouvir os conselho de minhas amigas. Farei um teste simples e objetivo.

- Você sabe que...eu sou bem direta né? - começo.

- Sim, até demais! - ri. - Mas, por que a pergunta?

- Você gosta de quem lá da igreja? - dou a jogada.

- Em que sentido? - franziu o cenho.

- Você sabe que sentido é. - pisco. - Não se faça de boboca.

- De você. - sorri.

Como? Meu Deus! O que eu faço? Esse menino gostando de mim agora. Não posso me apaixonar novamente. Eu não posso!

- Brincadeira! - gargalhou.

Era só o que faltava.
Iludida com sucesso!

- Seja sincero moço. - brinco.

- Olha gatinha, depois a gente conversa. Essa pista aqui é muito perigosa e eu temo muito. - explica.

- Não vejo incomodo. - bufei.

- Acontece que sua voz é muito irritante e me atrapalha. - indagou.

- Horas! - me altero.

Sarah tem um ataque de riso.

- Brincadeira, sua boba! - sorri. - A menina que eu desejo casar-se é você. A mais linda daquela congregação. Por mais que tenha medo de amar, farei o possível pra mudar isso. - diz.

Fiquei sem palavras.

Bochechas vermelhas.
Não, não!





Continua...

[...]

A Menina e o ViolãoOnde histórias criam vida. Descubra agora