cap. 61

1.7K 202 6
                                    

Marielle narrando.

• O primeiro passo é pedir perdão.
Está na hora de quebrar esse cadeado, me libertar do sentimento desta prisão.

Flashback on ~~

- Tá achando que vai ganhar o que, espalhando para igreja toda que vai cantar em um eventozinho? -fiz voz de nojo.

- Eu não entendo o por quê de se importar com isso...

- Claro que eu me importo! Eu também tenho voz... Eu só te digo uma coisa: Deus vai fazer a justiça por você e seus amigos terem feito acepção de pessoa! -gritei.

- Oi? -gargalhou. - Sabe o que você precisa? Conhecer mais esse Deus que você diz que está servindo... Sabe também o por quê de você não subir na vida? Porque está todo tempo querendo ver a derrota do teu próximo, querendo ver todo mundo no chão, sempre quer passar por cima de qualquer um! Sabe quando a exaltação vai chegar em sua vida? Quando você se humilhar e se arrepender do seus pecados, e principalmente pedir perdão a todos que um dia você fez mal. -alertou.

Flashback off ~~

Durante esses três anos, mudei de congregação só pra não ter que me bater com eles. Mas continuei indo, pois minha mãe congregava lá. Estava sempre me pedindo companhia.

Estou confiante de que aceitarão o meu perdão.

Igor narrando.

- Desculpa interromper senhor, mas tem um rapaz lá em baixo que necessita falar contigo urgente!

Aline revirou os olhos, pois se sentia incomodada com a presença de Fernanda.

Desnecessário!

- Diga que já estou descendo.

- Ok. - se retira.

- Como pode ver... é muita correria. - suspirei.

- Vou embora. - pega a bolsa. - Quando você chegar em casa eu passo lá. Prometo não vir e te atrapalhar.

- Aline! - corro atrás dela.

- Por favor! Deixe me ir. - sorri desajeitadamente.

Passo a mão no cabelo e assinto.

[...]

Tenho a plena certeza de eu o conheço de algum lugar. Ele estava de costas, mas não me é estranho.

- Olá? - digo.

O mesmo se vira e uma cena passa em minha mente.

Flashback on ~~

- pode me dar um pouco de alimento, ou senão umas moedinhas, estou com fome senhor. -se ajoelhou.

- Olha aqui nojento,vá procurar trabalhar! -dei um empurrão nele, meus amigos se acabaram na risada.

Flashback off ~~

Era ele, o homem que eu desprezei, que zombei. Meu coração neste momento partiu, engoli uma saliva seca que malmente quis descer.

Pai, segura em minhas mãos.

- Vo-você é o dono desta empresa? -perguntou com os olhos marejados.

Assenti apenas.

- Com licença. - saiu cabisbaixo.

- Por favor, espere! - segurei em seus braços.

Olhou no fundo dos meus olhos com uma cara de nojo.

- Como o mundo dá voltas né? - diz.

- Creio que Deus prepara um momento para cada situação. - digo.

- O homem que zombou de mim, ora, ora! - bate palmas.

- Quero te pedir perdão por tudo que fiz, hoje eu sou um novo homem e me arrependo de todo mal que causei. - digo.

Ficou surpreso com que eu falei.

- Eu lhe perdôo. - sorri.

Eu estendo o braço para abraça-lo e o mesmo retribui. Que sensação maravilhosa. Liberar o perdão é uma das melhores sensações, um alívio dentro de si. Como se o ódio, o rancor estivesse sendo expulso. Caminho liberados...

- Mas o que te trás aqui? - pergunto emocionando.

- Eu...bom... - fez gestos sem jeito. - Queria trabalhar sabe? Desda última vez que me viu eu procuro emprego.

- Jura?! - me espanto.

- Juro. - comprimiu os lábios. - Também com essa minha aparência de homem mau.

Gargalhamos.

- Temos uma vaga para carregador de embalagens, parece ruim, mas o salário dá para o senhor se sustentar. - digo.

- Não importa o cargo. - sorri.

- Ótimo! Deseja começar quando?

- Agora se for possível. - ri.

Safira narrando.

Semana de gravação. Tensão, muita tensão!

Os produtores compôs várias músicas feitas para cantar. Como eu já disse: "não tenho esse dom".

Em nome de Jesus, vamos vender vários discos.

- Vamos? - diz Gabriel com um sorriso de orelha a orelha.

- Vamos. - suspiro.

Desço as escadas com as mãos tremendo de nervosismo. Meu pai, minha vó e minhas irmãs estavam ali...todos com um olhar de orgulho. Fiquei toda sem graça.

Demos um abraço coletivo.

[...]

- Marielle?   - me espanto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


- Marielle? - me espanto.

Continua...

A Menina e o ViolãoOnde histórias criam vida. Descubra agora