Olaaaaaaaaa, os capítulos com o ponto de vista da Gemma acabaram, mas, agora os capítulos serão do ponto de vista do Louis!
Espero que gostem e obrigada pelas 700 views, todos os likes e comentarios szEm agosto, meus pais receberam um telefonema do Sr. Calum, diretor do ensino fundamental II.
— Talvez ele ligue para todos os alunos novos para dar as boas-vindas — disse a mamãe.
— São muitas crianças para quem ligar — respondeu o papai.
Então a mamãe retornou a ligação e fiquei ouvindo enquanto ela falava com ele ao telefone. Suas exatas palavras:
"Ah, oi, Sr. Calum. Aqui é a Johannah Deakin , estou retornando sua ligação. Pausa. Ah, obrigada! Isso é muito gentil da sua parte. Ele está ansioso. Pausa. Sim. Pausa. Sim. Pausa. Ah. Claro. Pausa demorada. Ahhh. Certo. Pausa. Bem, é muita gentileza sua. Pausa. Claro. Ahh! Uau! Ahhhh! Pausa superdemorada. Entendo, claro. Tenho certeza que ele vai. Deixe-me anotar... pronto. Ligarei para o senhor depois que falar com ele, está bem? Pausa. Não, obrigada por pensar nele. Tchau!"
Quando ela desligou, perguntei:
— O que foi? O que ele disse?
Minha mãe respondeu:
— Bem, na verdade é uma grande honra, mas também é meio triste. Sabe, há um garoto que vai entrar para a escola este ano, e ele nunca estudou em um colégio de verdade antes, porque tinha aulas em casa. Então o Sr. Calum pediu a alguns professores que indicassem quem eram os alunos mais legais que estavam indo para o quinto ano, e devem ter dito que você é um garoto especialmente gentil, o que eu já sabia, é claro. Por isso o Sr. Calum gostaria de saber se pode contar com você para receber o menino.
— Tipo deixar que ele ande comigo? — perguntei.
— Isso mesmo. O Sr. Calum chamou de "colega de boas-vindas".
— Mas por que eu?
— Já falei. Seus professores disseram que você é um garoto muito gentil. Estou tão orgulhosa que eles o tenham em tão alta conta...
— Por que é triste?
— Como assim?
— Você disse que era uma honra, mas também meio triste.
— Ah! — A mamãe assentiu. — Bem, parece que o garoto tem algum tipo de... hum... acho que há alguma coisa errada com o o jeito que ele se veste... ou algo assim. Não tenho certeza. Talvez ele prefere usar roupas femininas do que masculinas. O Sr. Calum disse que vai explicar melhor quando você for à escola na semana que vem.
— Mas as aulas só começam em setembro!
— Ele quer que você conheça o garoto antes de as aulas começarem.
— Eu sou obrigado a fazer isso?
Mamãe pareceu um pouco surpresa.
— Bem, não. Claro que não. Mas seria legal da sua parte, Louis.
— Se não sou obrigado, não quero.
— Você pode ao menos pensar no assunto?
— Estou pensando, e não quero.
— Bem, não vou obrigá-lo a nada — disse ela —, mas pelo menos pense um pouco mais, está bem? Só vou dar a resposta ao Sr. Calum amanhã, então apenas reflita um pouco. Quer dizer, Louis, realmente não acho que seja pedir demais que você passe um pouco de tempo com um aluno novo...
— Não é só porque ele é novo, mãe — rebati. — Ele é afeminado.
— Que coisa horrível de dizer, Louis!
— Mas ele é, mãe.
— Você nem sabe quem é ele!
— Sei, sim — respondi, porque, no instante em que ela começou a falar, percebi que se tratava daquele garoto chamado Harry.- X -
Eu me lembro de tê-lo visto pela primeira vez em frente à sorveteria Carvel, quando tinha uns cinco ou seis anos. Minha babá, Veronica, e eu estávamos sentados em um banco do lado de fora da loja, com o Ernest, meu irmão menor, no carrinho, de frente para nós. Acho que eu estava ocupado comendo minha casquinha, porque nem reparei nas pessoas que se sentaram do nosso lado.
Em certo momento virei a cabeça para sugar o sorvete pela ponta da casquinha, e foi então que vi o Harry. Ele estava bem do meu lado. Sei que isso não é legal, mas ao vê-lo eu meio que encarei ele, porque achei muito estranho aquilo. Achei que estivesse usando uma fantasia ou algo assim. De todo modo, sei que fazer isso não foi legal da minha parte e, embora o menino não tenha me visto, sei que a irmã dele ouviu.
— Louis! Temos que ir! — disse a Veronica.
Ela havia se levantado e estava virando o carrinho, porque o Ernest, que obviamente também tinha acabado de notar o garoto, poderia dizer algo constrangedor. Então levantei meio de repente, como se uma abelha tivesse pousado em mim, e fui atrás da babá, que tinha saído correndo. Ouvi a mãe do garoto dizer às nossas costas:
— Certo, crianças, acho que é hora de irmos.
Então virei para trás e olhei para eles mais uma vez. O menino estava lambendo seu sorvete de casquinha, a mãe pegava o patinete dele e a irmã olhava para mim como se fosse me matar. Desviei os olhos depressa.
— Veronica, o que aquele menino tinha? — sussurrei.
— Shhh, menino! — disse ela, zangada.
Adoro a Veronica, mas quando ela fica brava, fica brava mesmo. Enquanto isso o Ernest estava praticamente caindo do carrinho, tentando dar mais uma olhada, mas ela o pôs no lugar.
— Mas, Vonica... — protestou meu irmão.
— Vocês se comportaram mal! Muito mal! — brigou a Veronica, assim que nos afastamos um pouco mais. — Ficar olhando daquele jeito!
— Foi sem querer! — falei.
— Vonica — chamou Ernest.
— E a gente saindo como saiu... — murmurou ela. — Meu Deus, coitada daquela moça. É o que sempre digo, meninos: todos os dias temos que agradecer ao Senhor por nossas bênçãos, estão ouvindo?
— Vonica!
— O que foi, Ernest?
— Era uma menina?
— Não, Ernest.
— Então por que aquele garoto estava usando roupa de menina?
A Veronica não respondeu. Às vezes, quando ela ficava zangada com alguma coisa, fazia isso. — Por que ele quer. — expliquei ao Ernest.
— Chega, Louis! — disse ela.
— Por que está tão brava, Veronica?
Não pude deixar de perguntar. Achei que isso fosse deixá-la ainda mais zangada, mas ela só balançou a cabeça.
— Foi horrível o que a gente fez. Levantar daquele jeito, como se tivesse acabado de ver o diabo. Eu estava com medo do que o Ernest poderia dizer, sabe? Não queria que ele falasse algo que pudesse magoar o menino. Mas foi muito ruim ir embora daquele jeito. A mãe dele percebeu o que estava acontecendo.
— Mas não fizemos de propósito — retruquei.
— Louis, às vezes magoamos as pessoas sem querer. Entende?
Aquela foi a primeira vez que vi o Harry na vizinhança, pelo menos que eu lembre. Mas desde então o vi por ali, algumas vezes na pracinha, outras no parque. Às vezes ele estava com uma coroa de princesa. Todas as crianças do bairro sabiam que era ele. Todo mundo tinha visto Harry em algum momento. Todos nós sabíamos seu nome, embora ele não soubesse os nossos.
E, sempre que eu o via, tentava me lembrar do que a Veronica dissera. Mas era difícil. É difícil não dar uma segunda olhada. É difícil agir normalmente quando você vê o Harry.
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Extraordinário|| Ls
Teen Fiction→ Larry Stylinson Fanfiction ← Harry (Hazz) Styles nasceu com gostos peculiares, ditos como "inapropriados"para seu gênero, o que lhe impôs diversos olhares curiosos e cochichos maldosos. Por isso ele nunca freqüentou uma escola de verdade ... até...