Capítulo 6 - De chocolate...

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PARTE 1 - Rod DiCello.

- Senhor DiCello, permita-me que me apresente

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- Senhor DiCello, permita-me que me apresente. – Ela me estende a mão e receio ter me exposto além do que podia para ela.

- Sim. – A encorajo continuar, mesmo que desconfiado.

- Gabriele dos Santos Silva, estagiária da Mind soluções empresariais. A seu dispor Senhor.

Apertei sua mão gostando de sentir seu toque. Sua palma é delicada e macia. Senti-a tremer e ela retirou a mão. Encaro Gabriele e tem os os olhos alarmados. Ela dá um breve sorriso e esconde as mãos atrás de seu corpo. Não pretendia, mas fiquei satisfeito ao ver que eu mexia com ela. Pensei que fosse indiferente a mim, mas não é. E depois de sua explosão de sinceridade mais cedo, a olho com outros olhos.

Arrependo-me do comentário infeliz á garota Luna, levei meu arrependimento ao conhecimento de Gabriele e ela reconsiderou o ocorrido. Não costumo me importar com o que as pessoas em geral sentem ou pensam a meu respeito, poucas vezes na vida me arrependi de alguma atitude tomada, mas estranhamente não quero ser odiado por Gabriele. Talvez pela sua imagem ingênua até demais eu tenha me sentido mal por uma coisa tão banal. Ela não conhece a Michelini, mas a forma como a defendeu mostra que é uma pessoa do bem.

Acredito que zeramos o placar com esse aperto de mãos. De hoje em diante ela é a estagiária da Minds que  ocupa uma sala no prédio de minha empresa. Tentarei não mais enxergá-la como como uma criatura saída de um anime japonês.

- Rod DiCello, - Me apresento á Gabriele. - Seja bem vinda. Rubi, por favor, acompanhe a Senhorita dos Santos até a sala que ocupará.

- Sim Rod. – Gabriele olha curiosa para Rubi e a cumprimenta. – Me acompanhe Dos Santos.

Gabriele pode ter notado que Rubi me chamou pelo primeiro nome. Na minha empresa ninguém me chama de Senhor, simplesmente porque não sou um Senhor. Sigo um modelo de gestão informal e flexível. Os funcionários trabalham nas mesas, em pé, ou até largados no sofá. Não importa, desde que estejam produzindo. A empresa é novata — com apenas quatro anos de fundação — ainda estou trabalhando o ambiente institucional. Mas por enquanto o informal funciona bem.

- Pode me chamar de Gabi. – Ela diz para Rubi.

Para Rubi é Gabi, para mim Senhorita dos Santos. É bem doidinha, mas parece responsável. Espero que não foda com a minha empresa. Observando Gabriele sair penso no quanto Paola é feliz tendo Gabriele á disposição, já que tem casos com suas estagiárias.

Gabriele não faz o tipo das mulheres com quem estou acostumado sair, mas é bonita. As tardes delas no escritório devem ser muito interessantes. Posso estar enganado sobre o estágio na Minds, algo em Gabriele me diz que ela não é mais uma das funcionárias objeto de Paola. Ela é diferente. Não imagino-a entre as pernas de Paola depois de me revelar ser feminista. Uma feminista não trocaria sexo por estágio.

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