Capítulo 11 - De conchinha no meio fio

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Bom dia amados e amadas. 

Enjoy!

...

Por Luna...

- Ai, que exagerado. Eu não ia pular.

Rod me joga pra cima.

- Você pulou... É uma maluca!

Que exagerado.

- Eu não pulei. Só sentei na grade para apreciar a vista... O dia está lindo.

- Você tentou pular!

- Eu não! Mas pense se tivéssemos caído sacada abaixo, que cena feliz!

- Não vejo onde isso seria feliz.

- Rsrsrs... Ouça: Na autópsia daria pra ver como você só morri por mim! – Cantarolo em português e ele ergue as sobrancelhas.

- Fez uma música para nossa morte. Tinhas tudo planejado.

- Unhummmmm... E ai, só nos dois no chão frio. De conchinha bem no meio fio. No asfalto riscados de giz. Imagina que cena feliz.

- HAHAHAHAHA – Ele ri alto e eu me empolgo.

- Quando os paramédicos chegassem e os bombeiros retirassem nossos corpos do Leblon. A gente ia para o necrotério, ficar brincando de sério deitadinhos no bem-bom. Cada um feito um picolé-éeeeeeeeeeeh, com a mesma etiqueta no pé. Na autópsia daria pra ve-eeeeer, como eu só morri por?

- Mim!

Convencido, claro que não. Eu pulo, ele pula atrás, nós morremos porque ele pulou por mim.

- Nãoooo... Você por mim. Eu , independente.

- Quem se atirou foi você.

E iremos longe nessa discussão.

- Mas quem ia pular atrás era você. Quem morre por quem?

- Não íamos morrer!

Como ele pode afirmar, se nem caímos.

- Iramos sim!

- No Leblon?! Não, estás a viajar para bem longe daqui.

Nossa, que homem cheio de barreiras. O Leblon é logo ali e a música não é minha, a compositora certamente vive no Leblon.

- Na autópsia daria pra ver, que você só morreu por mim! Daria sim.

Acho que posso estar exagerando na brincadeira, ele pode não entender assim.

Ouço a porta destravar e olhamos para trás.

- Se resolveram! Beleza! – Robert comemora me vendo no colo de Di Cello.

- Acho que já pode me colocar no chão.

Não queria descer, mas Betinho tinha que aparecer. Empata PP, esse Betinho. Sempre, sempre me atrapalhando.Ele anda em nossa direção e tenta me roubar. Rod gira o corpo o impedindo de me alcançar. Meu irmão insiste e Rod volta girar para o outro lado. Começo a ficar tonta, mas não me importo, está engraçado os dois brigando em silêncio por mim.

- Me dá ela aqui! – Betinho exige com autoridade sobre mim.

DiCello me deixa de pé, distante de Betinho e guia-me até a porta com as mãos na minha cintura.

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