Capítulo 4 - Cupcake ou Et?

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PARTE 1 - Luna/Gabi...

- Cobra ... NÃO!

Ele pegou a luminária que fica no canto do quarto e a quebrou na cabeça de Amô!

- Não! – Falo me levantando. – O senhor peladão não fez isso com um animal inofensivo! Amô chega de show. Mala, agora!

Amô que é uma cobra velha de guerra se recompõe e prepara-se para dar o bote, mas depois de meu pedido ela abaixa a cabeça e entra na mala.

- Boa menina. – Falo discando o número da policia. - E você peladão... Parado aí. – Corro rapidinho e tranco a porta. – Um homem nu tentou atacar-me e agrediu meu animal de estimação. – Falo para a policia no telefone.

- Você sabe quem EU sou? – Ele grita sem se mover. – Desligue esse telefone garotinha.

Porque ele não sai?

Ah, eu tranquei a porta.

- Sim senhor oficial. Ele está me coagindo. Agrediu meu animal doméstico e está aqui nu. – Ouço o atendente me perguntar o que ele tem nas mãos. – Nas mãos? Bom, ele tem as mãos sobre o pênis.... Sim, é violento e pervertido . Ok...

Passo o endereço de Senhor Castilho para a polícia e o peladão roubam-me as chaves.

- Só não te dou uma lição porque és uma criança.

Eu criança! Ora essa! Criança nenhuma é capaz de fazer tudo que eu faço em cima de uma PI....

- Tamanho não é documento. Fuja, corra cafajeste, eu gravo faces. FAREI UM RETRATO FALADO!

Ele para, se vira e me mostra o dedo do meio.

- Vai se foder!

O.O

- Ora essa!

Volto para o quarto e encaro Amô.

- Ora essa Amô! Não pode ficar medindo as pessoas para comê-las. Não pode Amô! Para você, só ratos! – Penso que meu pai a deixava comer pessoas. - Ah é? Meu pai deixava você comer pessoas? Mas eu não sou meu pai e enquanto você viver dentro da minha mala vai comer rato, ovos e inhame!

Ela se enrola toda e esconde a cabeça.

- Deve mesmo se envergonhar. – Falo para ela fechando a mala. – E inhame é bom para sua pele. Não me olhe assim.

Coloco-a de pé (mala) e saio puxando! Desço e encontro Senhor Castilho de pijamas em companhia de policiais.

- Gabi, você chamou a policia?

- Sim Senhor. Invadiram meu antigo quarto e agrediram meu animal de estimação.

Ele se apressa para me amparar e eu deito minha cabeça em seu ombro.

- Foi ele. – Aponto para o homem que dividia a minha cama com Amô e outra mulher.

- O animal foi abatido? – O policial pergunta-me.

- Não, está de castigo dentro da mala. – Respondo.

- Abra a mala Senhorita.

- Meu animal não gosta de gente e está com fome.

- Alimente-o. – Um segundo policial sugere.

Abri a mala e todos saíram correndo quando Amô saltou nervosa de dentro dela.

- Eu avisei. Ela é arisca.

...

Fui levada para delegacia e tive que apresentar a documentação de meus animais, além de ouvir sermão de delegado, policiais, psicólogas, Senhor Castilho, Senhora Castilho.

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