7° Capítulo

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OI GENTE, VOLTEI!!!

Demorei um pouquinho, mas voltei haha, e como prometido, o capítulo está um pouquinho maior. Mas só um pouquinho, em.

Espero que gostem.

Beijos e boa Leitura.

SEM REVISÃO!!!

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Alexia

- Será que eu posso saber o que a maluca fez pra quase ser morta asfixiada?

- Ah Bernardo eu não aguento mais isso. – digo deixando a minha cabeça cair no encosto do sofá e junto, algumas lágrimas. – Eu não aguento mais ser uma bandida, não aguento mais ajudar a ferrar com a vida das pessoas, não aguento mais isso tudo... eu quero ter uma vida direita, honesta.

- E você realmente achou que seria tão fácil assim? – pergunta me encarado.

E não foi em tom de ameaça como o Marcelinho fez minutos atrás.

- Ele me disse que quando eu quisesse sair eu poderia. – digo enxugando as lágrimas.

- E você realmente acreditou nele?! – ele agora está espantado.

- Porra eu estava desesperada, Bernardo, você ia matar o meu pai. – ele abaixa o seu olhar do meu parecendo envergonhado. Isso é novo pra mim.

- Ou eu aceitava, ou ele morria e eu ficaria sozinha de vez...– solto um sorriso sem humor. – hum... Ficar sozinha... eu já sou sozinha, eu fiz isso pela minha família, mas a minha família, ou o resto dela, não está nem ai pra mim... Escolha de bosta essa que eu fiz. – olho para ele que tinha sua atenção total voltada pra mim. – Pode parecer cruel e desumano o que eu vou dizer agora, mas eu precisei passar por isso tudo pra perceber que, o meu pai estando vivo ou morto não faz diferença, eu vou continuar me sentindo sozinha do mesmo jeito.

Não, eu não sou tão cruel quanto eu pensei que seria por falar algo assim. Apenas se coloque no meu lugar, conviva com uma pessoa que diz ser seu pai por dezenove anos, sinta tudo que eu senti, ou tudo que eu não senti. A falta de amor, de atenção, carinho e tudo que um pai de verdade deveria dar para os seus filhos. Mas o foda é que mesmo com toda essa falta de atenção, eu o amo, eu o amo porque ele é o meu pai, nem se eu quisesse eu poderia odiá-lo. Se ele morrer eu vou sofrer, pois é o meu pai, mas isso realmente não fará tanta diferença na minha vida, pois ele já é tão distante que nem parece que existe.

E se hoje eu tenho esse pensamento a culpa é única e exclusivamente dele, que sempre fez questão... ou melhor, nunca fez questão de demonstrar carinho nenhum por mim ou ser realmente presente na minha vida.

Isso é tão irônico, pois nem parece que moramos de baixo do mesmo teto.

Existem muitas pessoas que têm os pais separados, e mesmo o pai morando quilômetros de distancia, da mais atenção, amor e carinho para o seu filho, do que o meu que mora de baixo do mesmo teto que eu.

. - Realmente, isso foi cruel, ele é o seu pai.

- A tá, falou o cara que até três anos atrás queria meter uma bala na cabeça dele.

- Sim, Alexia, mas ele não é o meu pai. Parece que você não o ama.

- Se eu não o amasse de verdade eu não estaria passando por isso, se eu realmente não o amasse eu teria deixado você mata-lo.

- Então por que você disse que não sentiria diferença?

- Por que pra mim ele realmente parece que não existe e nunca existiu, mas isso tudo por escolha dele, não minha. Você acha que eu não tentei ter uma relação boa com o meu pai? – ele nada diz. – Tentei, tentei muitas vezes, mas acontece, Bernardo, que amor e atenção não se cobra, não se mendiga, se ele não vem de livre e espontânea vontade, nem vale a pena.

Entre o Amor e a LeiOnde histórias criam vida. Descubra agora