OI GENTE, VOLTEI!!!
Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura, beijinhos.
SEM REVISÃO!!!
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Alexia
Atualmente...
Não aguento mais essa vida, não aguento mais ser uma criminosa, pois é isso que eu sou.
Uma criminosa.
Eu tento colocar na minha cabeça que eu faço isso apenas para sobreviver, que eu não estou fazendo mal a ninguém, mas não é verdade.
Tem tantas pessoas que estavam e/ou estão em situações piores que a minha e não viraram traficantes.
Quando eu resolvi procurar o Marcelinho pra tentar resolver a situação do meu pai e acabei pedindo um emprego a ele, eu estava completamente desesperada, estava com medo dos bandidos matarem o meu pai, com medo de eu ficar realmente sozinha no mundo e acabei agindo sem pensar, acabei agarrando a primeira oportunidade que eu vi na minha frente, para não perder a minha "família".
O meu pai depois de um tempo não se importou mais com o fato de eu ser uma traficante, muito pelo contrário, parece que ele viu em mim uma maneira de sustentar mais ainda o seu vicio.
Eu consegui pagar a bendita divida, mas isso não o impediu de fazer outras, o que acabou virando o ciclo vicioso para que eu não conseguisse de jeito nenhum largar essa vida. E fora o dinheiro fácil e rápido que eu ganho esse é um dos motivos para que eu continue no tráfico, mesmo depois de três anos.
O dinheiro que eu ganho é bom, não é honesto, mas é bom. Eu consegui fazer coisas na minha casa durante três anos que o meu pai não conseguiu fazer a vida inteira dele, não me orgulho tanto assim de ter tido que recorrer á esse meio para conseguir o pouquinho a mais que eu consegui.
Mas eu coloquei na minha cabeça que se eu estava na chuva era pra eu me molhar, se eu entrei nessa vida eu não ficaria me lamentando pelos cantos pela escolha errada que fiz. Fiz e está feito.
Acho que com esse tempo que passou esse meu contato com o trafico me mudou um pouco, eu ainda tenho sim vontade de ter uma vida melhor e sair daqui, mas cada dia que passa a esperança de que isso realmente vá acontecer um dia vai indo embora. Mas eu não vou desistir, mesmo com todas essas dificuldades eu vou consegui me formar e sair daqui.
Eu não sou mais uma menina boba, eu aprendi na marra a ser esperta, aprendi na marra que nem todo mundo quer o seu bem, como eu achava que era.
Apesar de todos esses anos em contato constante com drogas, armas e bandidos – mais que o normal – eu nunca usei nenhum tipo de droga, o que não foi por falta de insistência dos meninos da boca. É que eu realmente tenho nojo disso, eu nunca nem sequer coloquei um cigarro normal na boca e não vai ser um de maconha que colocarei.
Nem mesmo os playboyzinhos para quem eu vendo as drogas acreditam que eu nunca usei.
Digo playboyzinhos, porque eu não vendo aqui no morro – exceto quando tem baile – eu sou uma "aviãozinho", o que pra quem não sabe, aviãozinho é o traficante que transporta as drogas para as outras pessoas, mas especificamente fora do morro, e é um pouco diferente do traficante que fica apenas na boca de fumo.
O meu lado é bem mais arriscado, pois eu levo as drogas para fora, muita das vezes em faculdades e nas casas de muitos viciados também, o que torna tudo ainda mais perigoso pra mim.
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Entre o Amor e a Lei
RomanceGustavo Albuquerque, agora com seus 26 anos de idade, é um homem maduro, sério e muito realizado em sua carreira profissional. O seu pai, Rodrigo Albuquerque, sempre foi sua inspiração e isso nunca foi segredo pra ninguém, o que o levou a seguir a m...