XXVIII- Incontrolável

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Parece que os ventos da sorte passaram repentinamente à soprar em minhas velas.

Eu mal podia crer na noite espetacular que tivéramos...

Desde que nos conhecemos, encantei-me inexplicavelmente por Alice.

Sempre fui um tanto romântico, mas nada que ultrapassasse o nascer do sol. Evitava compromissos, porque queria manter o foco em minha carreira. Passei tanto tempo estudando e me especializando e agora a construtora exigia bastante de mim.

Namorar era um plano longínquo. Encontrar uma candidata ideal também. Que dirá casar...

Tudo isso até conhecer Alice.

Minha estrutura mental desmoronou como um castelo de cartas junto com as minhas convicções no instante em que meus olhos encararam os dela.

Eu estava instantaneamente enfeitiçado e nervoso, me sentindo homero em meio às sereias.

Algo que ainda hoje, passado um ano, ainda não consigo olhar com distância e explicar com fidelidade.

Não posso tampouco enumerar, se foram os enormes olhos castanhos que carregavam tamanha ternura, deixando-a com ares de menininha inocente, se foi a pele branca e lisa como porcelana, com suas bochechas rosadas de boneca russa ou se pela voz grave, que surpreende ao falarmos com ela, que impõe respeito e que comprova que por trás do semblante quase adolescente que à compõe, existe uma mulher tão sexy e irresistível que à torna singular perante às demais.

Que me fez querê-la à primeira vista...

Por todo esse ano em que estivemos juntos, não houve nenhuma noite igual à outra.

Ela consegue me surpreender ainda que eu me prepare para ser surpreendido, me desarma. Porém esta noite foi além das expectativas.

Confesso que me senti preocupado com Alice logo ao despertar.

O modo como parecia abalada, o fato chocante do homicídio no pub e a maneira estranha como ela sabia de tudo que houvera se passado, me causaram estranheza.

Mas... Bastou que ela levantasse nua da cama, em direção ao banheiro para que eu esquecesse qualquer coisa na qual pudesse estar pensando.

Definitivamente essa mulher não podia ser normal. E não era normal a reação que causava nas pessoas.

Sobretudo em mim...

Como se o seu carisma fosse epidêmico e contagiasse à todos à sua volta com uma espécie de paixonite crônica.

Ela carrega algo que identifico com o que os astros do rock têm.
Uma estrela própria que tem um poder sobrenatural de tocar os corações humanos.

Um brilho intenso que parece magia.

Mágico... Eis o conceito aproximado do amor que me toma por ela.

Há muitas semanas eu já havia planejado pedi-la em casamento. Só não imaginava que seria de forma tão pouco convencional e... Sem roupas.

Quando cheguei de volta ao banheiro, após ter ido buscar o anel que daria à Alice, no momento em que derrubei o roupão, com apenas um rápido olhar, através do qual pude senti-la medindo meu corpo, não consegui controlar meu sexo já entumescido de tesão.

O que era para ser romântico passou à ser sexy, e precisei respirar fundo ao ver seus mamilos rosados e duros despontando dos seios redondos e firmes, semi-cobertos pela água com espuma já desfeita.

Meus pensamentos eram soterrados por um terremoto de sensações em larga escala, e no momento em que pus o anel em seu dedo, minha memória me traiu, fazendo com que eu só conseguisse pensar no meu sexo duro e quente invadindo o dela, numa associação mental quase covarde, porque me impedia de desviar os olhos do seu corpo, querendo penetrá-lo com urgência.

A felicidade fez meu peito latejar quando Alice aceitou meu pedido e nos beijamos intensamente por longos minutos, até que, deixando de lado o lance romântico, num impulso quase irracional, entrei na banheira, sobre ela, com os joelhos pressionando seus quadris e penetrando seu sexo pulsante e apertado sem aviso, fazendo com que ela não pudesse evitar os gemidos.

Jogamos água no banheiro todo e o que começamos na banheira, terminou sobre a pia de mármore, deixando as digitais de Alice, impressas no espelho.

Eu só sabia desejá-la... Alice fora a mulher da minha vida, desde o primeiro segundo em que à vi...

As Crônicas de Ostara.  Livro 1- UM CONTO DE BRUXAS (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora