Capitulo 2

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A viagem até Sampa foi tranquila, e apesar de ter tomado remédio para não enjoar e que dá sono, eu não dormi, vim olhando as nuvens. Desci do avião e fui até uma lanchonete comer coxinha. Depois de alimentada, fui até o banheiro e escovei os dentes, passei batom e fui até a moça da TAM e perguntei quanto seria a taxa para sair do aeroporto. Ela respondeu um preço acima do que eu gostaria de ter ouvido e minhas esperanças foram por água abaixo, pois o aeroporto fica próximo de onde ele mora. Sento em algum lugar e mando mensagem pra Maju.
~ Mensagem on ~
Eu: Acho que vou dar um jeito.
Maju: O que vai fazer?
Eu: Vou dar uma fugida.
Maju: Não faz isso. E se te prenderem?
Eu: KKKK relaxa. Vai dar tudo certo.
Maju: PANDORA...
Eu: PENSA POSITIVO MARIA JULIA.
Maju: Ok. Mas eu vou estar te esperando no aeroporto.
Eu: Espera mesmo. Vou ligar pra minha mãe, depois nos falamos.
Maju: Tá bom.
~ Mensagem off ~
Liguei pra minha mãe e quase gastei meus créditos porque ela não parava de falar. Encontrei uma janela grande de emergências e consegui sair de lá. Eu só trouxe uma bolsa de mão grande, então sem problemas. Tinha um segurança batendo papo com um senhor, e ele não me falou nada, saí na maior tranquilidade. Chamei um taxi e dei o endereço a ele. O trânsito em Sampa é infernal, por isso demorei um pouco pra chegar. Imaginei que ele estivesse dormindo ou almoçando, e a cada passo que eu dava me sentia com mais medo. O cara do taxi me chamou e eu paguei, então ele saiu e eu fiquei sozinha em frente ao prédio do Christian. Fiquei criando coragem, até o porteiro aparecer.
Porteiro: Posso ajudar?
Eu: Eu... É que... Eu... – respirei fundo. – Eu estou procurando o Christian Figueiredo.
Porteiro: Já imaginei. – ele riu. – Acho que ele foi almoçar. Não tenho certeza, mas vou conferir.
Eu: Obrigada. – ele adentrou no edifício, mas era difícil saber o que ele estava fazendo. Logo ele voltou.
Porteiro: Ele já está descendo. Quer esperar aqui dentro?
Eu: Sim. – sorri e ele abriu o portão. Entrei e fiquei esperando na recepção. Cada vez que o elevador abria e saia alguém, meu coração pulava. O tempo aqui é frio, e eu vim preparada pro calor de Salvador. Vestido, meia calça, coturno e jaqueta. Lá eu tiro tudo. Menos o vestido. Vou procurar meu celular na bolsa, quando sinto a presença de alguém.     

All for you - Christian FigueiredoOnde histórias criam vida. Descubra agora