Capítulo 29 - Penúltimo capítulo

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Depois de me despedir do Igor, vou para casa. Recebo uma mensagem do Pietro perguntando se eu quero que ele fique comigo, falo que não é necessário. Sento no sofá e começo a chorar muito. Alguém toca a campainha e eu fico receosa de atender, porém vou até a porta. Olho no olho-mágico e vejo o Rafa e o Chris. Seco meu rosto e abro a porta.
Rafa: Oi. É... – ele nem terminou de falar e o Chris entrou e me abraçou forte. Fico chorando no abraço dele, até me acalmar. – Viemos ver como você ta.
Eu: To bem.
Chris: Não parece muito. – dou de ombros. – Eu já soube. – ele põe a mão na minha barriga e eu tiro.
Rafa: Você ta precisando de alguma coisa?
Eu: Não... Só ficar sozinha.
Rafa: Tudo bem. – ele me abraça. – Qualquer coisa nos avise. – assenti.
Chris: Posso conversar com você?
Eu: Agora não é um bom momento...
Chris: Tudo bem. – ele dá um beijo em minha testa e os dois saem.

Os dias e os meses estavam passando muito depressa. Depois que minha mãe soube o que tinha acontecido, veio passar um tempo comigo. Ela não ficou feliz por eu estar grávida, mas agora não tinha mais o que fazer. Faço os exames todo mês certinho, e os pais do Igor vêm me ver todos os dias. Eu e o Chris não chegamos a ter a conversa que ele queria. Soube pelo Rafa que ele pretende se mudar para a Europa. Sentirei muita falta dele. Se já sinto com ele aqui, imagina longe. Estou indo fazer a ultrassom para saber o sexo do meu bebê. Minha mãe e a mãe do Igor estão indo comigo. Entramos na clínica, faço uma ficha e aguardamos nas poltronas. Logo a Dra. Adriana me chama.
Dra.: Pandora Duarte. – levanto e elas vêm junto. Entro na sala e deito naquela caminha. Ela ergue minha blusa e começa a perguntar sobre minha alimentação. Ela passa o gel e logo põe o aparelho e passa pela minha barriga. – Você está de 6 meses?
Eu: Isso. – ela vira a TV pra mim, e o bebê está chupando o dedo.
Dra.: Já escolheu nomes?
Eu: Não... Ainda não.
Dra.: Isso aqui. – ela aponta para o meio das pernas do bebê. – É o pintinho dele. – rimos.
Eu: Então é um menino?
Dra.: É sim. – minha mãe e a mãe dele ficam felizes. Depois que ela limpa minha barriga, vamos para casa...

Já estou no último mês da gestação, e daqui a pouco o Yuri vai vir a esse mundo. Nesse último mês, os pais deles estão aqui no apartamento, pois quando a bolsa estourar temos o carro. Estamos na sala assistindo TV.
Eu: Mãe... Acho que eu to fazendo xixi na calça. – minha mãe e a mãe do Igor se olham e chamam o pai dele. Elas pegam minhas coisas e as do Yuri correndo, enquanto to bem tranqüila. Vamos até o carro, e o pai do Igor vai bem rápido. Chegamos no hospital e eu começo a sentir muita dor. Minha mãe entra comigo na sala do parto e eu seguro forte na mão dela. Depois de fazer tanta força e chegar no meu limite, escuto o choro dele. Fico um pouco mais aliviada, e as enfermeiras trazem ele para eu ver. Fico feliz em vê-lo, mas não consigo ter forças para segurá-lo. Elas vão e dão banho nele e depois de um tempo trazem para eu amamentar. A sensação é estranha e ao mesmo tempo legal. Peço pra minha mãe avisar aos meninos que ele nasceu. Depois os pais do Igor vêm vê-lo... Acordo várias vezes na madrugada para amamentar o Yuri, e logo cedo recebo apenas a visita do Rafa. Ele senta na cama.
Rafa: Como você ta?
Eu: Bem... Cansada, mas bem. – ele vai até o Yuri e faz carinho em sua bochecha.
Rafa: Ele é tão fofo. – sorrio. – Os meninos acharam melhor ir ver ele quando você for pra casa, se não esse hospital ia lotar. – rimos.
Eu: Não tem problema. – ficamos conversando até a enfermeira ir avisar que acabou o horário da visita. Antes de ir, ele me entrega um envelope.
Rafa: Pediram pra te entregar. – já imaginei quem tinha mandado. Ele saiu e eu abri o envelope. Porém o Yuri não deixou eu ler. Amamentei ele e depois li. Havia apenas um cartão escrito "Vêm pra Europa comigo?" e em baixo estava "Vocês dois, claro". Fiquei pensando, mas no fim joguei o cartão no lixo... Mais tarde recebemos alta e fomos pra casa. O quartinho dele estava todo bonitinho, porém ele nem vai dormir lá. Quero ficar ao lado dele o tempo todo.

All for you - Christian FigueiredoOnde histórias criam vida. Descubra agora