Capítulo XVI - Corações rompidos

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Era como se a morte em pessoa tivesse vindo nos arrastar para o fim. Agarrando nossas almas acorrentadas pelo amor. 

Hermanni me acordou com sua doce voz gentil.

- Acorde, meu amor, já está na hora. - disse me acariciando na face. 

Abri meus olhos e aceitei o meu destino, segurei suas mãos, seu rosto melancólico invadia meus pensamentos. Por ele eu poderia partir, não senti medo, seu amor me abraçava com todas as forças. 

- Katherine, me abrace... - disse Hermanni me envolvendo contra seu corpo.

Fechei meus olhos e o abracei no peito, esperei pelo pior. Senti uma pressão atravessando as paredes do cômodo, apertei meus olhos e me afundei o mais perto possível de seu coração. Suas batidas eram como melodia, me acalmavam como uma criança pronta para adormecer em sua cama quente e confortável. Seus braços me envolviam com todas as forças enquanto a escuridão nos cobria com toda a fúria. 

- Levo comigo todo seu amor, e isso é algo que nunca irá morrer, é tudo o que importa... A coisa mais preciosa que eu carrego.  - disse Hermanni tocando meu rosto com seus lábios. 

- Eu te amo, Hermanni... não queria estar em outro lugar, e esse talvez seja o nosso adeus definitivo, mas nosso amor ficará intacto. Florescerá como rosas vermelhas no jardim a cada estação, meu querido.

- Eu te amo, Katherine... 

Nos beijamos entre as sombras que nos consumiam, sumindo na escuridão eterna.. Ouvia-se apenas batidas de corações feridos apaixonados, depois.. nada mais. 

Silêncio.

Funeral dos CoraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora