Capítulo III - Serena

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Depois de os demónios terem arrombado a porta, prenderam a minha mãe. Esta não se defendeu.
Um demónio de cada lado prendia os braços dela.

Através do eco do som dos sapatos, conseguia ver pela fechadura da porta, que vinha um rapaz, só que eu não conseguia ver o rosto, nem o corpo dele, porque a fechadura impedia-me de o ver, já que era tão mini o espaço de abertura.

xxx: Onde está ela?

Minha mãe olhou para ele com um olhar frio.

Vanessa: Tu nunca irás encontrá-la - disse isso e começou a sorrir.

Ele está a referir-se a mim?

Depois da minha mãe rir na cara dele, ela começou a deitar sangue pela boca.

Fiquei chocada com aquela atitude inesperada e estranha da minha mãe, começei a entrar em pânico.

Apercebi-me, então, que a poção que a minha mãe tinha tomado era uma poção da morte.

Como descobri? Toda gente sabe que a cor preta é a cor da morte.

Voltando para a história...

xxx: O QUE É QUE TU TOMASTE?!

xxx: Tragam ela para mais próximo de mim - disse o rapaz desconhecido aos demônios que seguravam nos braços da minha mãe.

Vanessa: Uma coisa que não irás saber - a minha mãe disse perto do ouvido.

Após ter proferido estas palavras misteriosas, a minha mãe tombou brutalmente no chão, um demónio foi ver o que se passava e exclama, desesperado:

Demon: Senhor, ela está morta.

xxx:  Procurem por toda a casa aquela que eu pretendo encontrar. Eu sinto que ela ainda está aqui - dito isso.

Os demónios obedeceram de imediato à ordem que tinham acabado de ouvir e desapareceram como fumos pela casa.

Dez segundos depois, a poção fez efeito e eu desapareci da minha casa.

Demorei dois minutos a passar por um portal escuro e fui parar à entrada de uma floresta.

Gritei de tristeza:

Eu: MÃE !.. Porquê mãe?! Porquê é que fizeste isso..  - disse sentando me no chão e dobrei as minhas pernas, sentido que todo à minha volta desabou ficando sem forças de continuar.

Chorei, chorei e chorei...

As imagens do que aconteceu com os meus pais, não parava de voltar à minha mente.

Fiquei assim, parada durante uma hora, duas horas ou talvez 15 minutos?..

Não consigo dizer exatamente quanto tempo, mas o que me deu forças de continuar a seguir para frente, foi as últimas palavras da minha mãe.

Ela queria que eu estivesse em segurança. Não vou deixar que ela tenha sacrificado em vão.

Eu prometo, que um dia, ei de vingar por vocês!

Serena, tens que ser forte!

Levantei-me devagar e comecei a correr em direção à floresta como se tivesse asas nos pés.

A minha mãe tinha-me dito para sempre seguir em frente, então corri sem olhar para atrás.

Parei mesmo à frente de uma casa velha. Bati à porta e um senhor muito velho com barba comprida, olhos castanhos e corpo alto e magro atendeu-me dizendo assim:

xxx- Olá senhorita, o que deseja? - disse olhando para mim.

Eu: Na verdade sim, desejo falar consigo - disse sentido que vou voltar a transbordar me de tristeza e então comecei a chorar pela milésima vez, desde que vim para aqui.

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