De Cabeça Para Baixo - PJ

*7* Alex

Respirei fundo. O garoto doidão gótico vampiro rokeiro do submundo parecia de uns 14 ou 15 anos. Disse que era filho de Hades, mas não se parecia nem um pouco com Sam.
- Estamos com problemas no acampamento. Quíron não sabe que eu saí, então não posso demorar muito. Érobos mandou Ari para um tipo de universo alternativo. - Diz o garoto, escorado em uma árvore e girando um anel de prata com uma caveira na o dedo.
- Por que é sempre a Ari que some? Macumba? Pareça que... é vicio... de Érobos... - Comecei à dizer, mas a resposta me veio à cabeça. - A profecia.
Ninguém disse nada. Não tinha nada pra ser dito. Era esse o plano. Logan foi uma distração. E parece que deu certo.
- Não podemos voltar. - Eu disse finalmente. - Pelo menos eu não vou. Se vocês quiserem, não posso obrigá-los a virem comigo. Mas eu não volto. Não sem o Logan.
Me levantei do chão e caminhei até torrão.
- O Nemo precisa de mim. Sendo uma armadilha ou não. Não posso deichar uma pessoa que precisa de mim. - Completo, já montada no pégaso.
- Alex, se é uma armadilha, talvez Érobos não mate Logan, ou talvez ele nem esteja em Las Vegas. Se Ari sumiu... quer dizer, a primeira professia, ela... Alex, você ir sozinha é... muito arriscado.
Olho para cima. O céu estava escuro, como se fosse chover. Respirei fundo e respondo Annabeth:
- Ousar é a melhor maneira de vencer. - Assim que termino de falar, Torrão sobe para o céu nublado e de da Annabeth, Percy, Nico, todos lá em baixo. Diminuindo de tamanho.

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Em Las Vegas chovia forte. Eu me segurava forte pra não cair em uma queda livre de 200m. Eu viraria uma manchinhas de semideusa na rua de Las Vegas. Não seria legal. E seria nojento.
Deveria ser umas 23:00. Estava relativamente claro, se comparar com as cidades "normais". A cidade grande. Luzes. Hotéis. Casinos. Carros. Turistas.
Pensei como seria se eu ainda só fosse uma pessoa como as outras. Apenas se preocupando em passar de ano, não ser espulsa (de novo) de mais uma escola, aturando meu pai, limpando o cocô do cachorro. Se fosse assim não teria nem metade de meus problemas.
O que me despertou de meus pensamentos foi o prédio negro no horizonte. O mesmo de meu sonho. Estava em construção. Havia algumas máquinas espalhadas pelo terreno.
Pouso no telhado. Torrão fica me encarando, como se esperasse alguma coisa.
- Fique por perto. - Ao dizer isso, o cavalo bufou e balançau a cabeça. Respirei fundo, não acretido que estava discutindo com um cavalo.
- Ou... vem comigo. Uma mãoz... ãnh... casco seria uma boa. - Digo. OK. Preciso de um dicionário porque eu não sei falar cavalês. O que siguinica raspar a pata no chão e relinchar? Não importa.
Fui em direção à uma porta, destrancada, que dava em uma escada que levava até um, corredor largo. No final uma sala.
Uma das paredes ainda estava aberta, uma queda de uns 60m até a rua de Las Vegas. Andei pelo lugar ( era meio irritante ter um cavalo andando atrás de você tempo todo).
Algumas pilastras estavam cobertas por plastico, o chão por uma lona preta e rasgada que fazia barulho com a chuva e o vento. Eu tava.encharcada e morrendo de frio. Melhor situação impossível. Que legal.
Ouvi alguns ruídos no final da sala. Peguei o tubinho de bronze e apertei. Uma espada de bronze com entalhes de prata e empunhadura revestida em couro macio.
Fui andando lentamente em direção do barulho.
- Logan! - Corri em direção ao garoto amarrado. Em uma das pilastras. - Aí, acorda, lerdão.
Ele levanta a cabeça e me olha nos olhos.
- O que você tá fazendo aqui? Não... é uma armadilha.
- Que se dane a armadilha. Você que é lerdo o suficiente pra ser segueatrado.
Logan dá um sorriso fraco.
- Então, tá esperando o que pra me desamarrar?
- Nada.
Dou a volta e corto as cordas que prendiam as mãos de Logan.
- Aaah... que cena adorável... devem estar felizes por poderem morrer juntos, não? - Pergunta Érobos, em uma versão "mini" de 1,80m de altura. Ele estava com um sorriso psicopata no rosto.
- É bom aproveitar e sorrir bastante enquanto eu não arranco esses dentes que você tem na boca. - Respondo levantando a espada.
A raiva apareceu em seu rosto.
- Sua morte será lenda e dolorosa, filha de Atena. E seu amigo terá uma bela vista de sua morte.
- OU NÃO!!! - Grita uma voz familiar entrando pela janela.
Percy entra pela janela. Annabeth pula de blackjack e derruba o deus. Percy se aproxima e me ajuda a colocar Logan em Torrão.
- Pensei que tivessem voltado ao acampamento! Não que eu esteja reclamando. - Digo, também subindo no pégaso.
- Uma vez alguem me disse que se tem uma pessoa precisando de ajuda, eu não posso deichar ela na mão. - Sorrio.
- Valeu, Chase. - Respondo.
Annabeth corre até Blackjack, unto com Percy e saímos pela "parede sem parede" em direção ao céu chuvoso e escuro e deichamos Érobos gritando sozinho.