Escolhas Francesas

Capitulo 9

Jordan

Hoje é o dia decisivo para Amelie, o dia em que encontraria seus pais e colocaria as cartas na mesa. Quero conversar com ela e ter certeza de que está bem, mas não a encontro em lugar algum. Não faço a mínima ideia de onde ela esteja, mas então me dou conta de que não procurei no jardim e vou até lá.

Ela está na estufa ao lado da casa, encontrada na janelinha próxima à porta. Me aproximo e ela se surpreende.

- Oi! - Ela diz, alarmada.

- Oi - Digo.

- Estava me procurando?

- Na verdade, sim. Temos que nos preparar, voltar à França.

- Mas eu achei...

- Que se encontrariam aqui? Não. Viemos aqui, porque eles estão viajando, essa é a segunda casa deles. Sabia que meus pais estariam aqui, do jeito que sempre é quando seu pai viaja, mas ele voltou para a França, e é para lá que estamos indo.

- Entendi.

- Acho melhor você se preparar, iremos em torno de 1 hora. - Me viro para sair e a ouço chamando por mim.

- O que foi? - Pergunto e vai um sorriso e canto se formar em seu rosto.

- Sabe, Jordan? Eu sinto que a nossa amizade era pra acontecer, e eu fico muito feliz com isso. Não escolheria outra pessoa para fazer parte de todas essas coisas. Espero que saiba disso.

- Eu sinto o mesmo em relação a você, Amelie. - Nos abraçamos e ficamos assim por um tempo, até que a livro de meus braços e volto para casa.

Entrando na sala principal, avisto meu pai e antes que possa pensar em escapar de seus comentários, ele me para e profere ameaças para mim.

- Eu espero que você saiba o que está fazendo. Eu não criei o meu filho em linha reta, focado em seus objetivos para quando ele crescesse, fizesse papel de moleque ingrato.

- Achei que eu tivesse deixado bem claro quando disse que não queria mais vínculos com o senhor, e não se preocupe, é o contrário, eu é que me sinto manchado sendo comparado com alguém como você.

Ele dá um soco em meu rosto e sinto o sangue escorrer em meu nariz, mas felizmente não está quebrado.

- Eu vou fazer o que bem entender, o senhor ouviu bem? Eu vivia como um marionete em suas mãos, mas agora me libertei e não é você - Friso muito bem essa palavra, deixando claro que ele não merece que eu lhe dê meu respeito - que vai me dizer o que fazer com a minha vida!

- Seu moleque petulante! Um dia, meu rapaz, você irá pagar caro por ter virado as costas para mim. Eu não ensinarei mais nada a você, mas acredite em mim: a vida fará isso em meu lugar! - Deixo a sala, se eu falar algo, pode ser que isso dure o dia todo e Amelie precisa de mim para passar pelo dia e hoje.

Arrumo minhas coisas e tranco o quarto. Não devo voltar aqui tão cedo, o que em parte me entristece. Não sei se Ameilie voltou ao quarto, passo em frente a ele e ela está lá.

- Está pronta? - Ela se surpreende com minha presença, mas logo se recompõe.

- Não vou mentir - Ela sorri, e é um sorriso nervoso - Estou MUITO nervosa.

- Eu vou estar do seu lado, o tempo todo. Confia em mim?

- Bem, acho que sim..

- Acha? - Finjo incredulidade e ela ri.

- Eu confio em você

- Ótimo, agora vamos, precisamos voltar para a França.

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