Prefácio

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Louis sentiu seu coração bater rápido, enquanto corria pelos degraus até a porta da frente. Tropeçando na varanda, ele chegou até a porta. Ele bateu com as duas mãos em punho contra a madeira o mais forte que ele podia.

– Por favor! Por favor, abra a porta! Eu tenho que falar com você! – ele gritou. Sua mão deslizou para baixo do batente até a campainha. Seu dedo perfurava incansavelmente como uma chamada de SOS em Código Morse. Finalmente, suas orações foram atendidas, com a porta da frente abrindo. Na visão dele com o rosto manchado em lágrimas, sua alma torceu em agonia.

– Por favor... por favor, deixe–me falar com você!

Ele balançou a cabeça. – Não há nada a dizer, Louis. Passamos por isso muitas vezes. Cheguei à conclusão de que as suas ações sempre falam mais alto que suas palavras.

– Não, ontem à noite não era o que eu queria. É que eu estava com medo, com o bebê e tudo o que aconteceu entre nós nas últimas semanas.

Quando ele tentou fechar a porta, Louis se empurrou na frente dela como um escudo.

– Louis, saia. Eu tenho que começar a trabalhar. Nada que você me diga vai mudar o que eu sinto agora.

– Você tem que me ouvir! Eu amo você, e eu quero fazer isso direito. Ele passou uma mão trêmula pelo seu cabelo já desgrenhado. Ele ainda estava com as roupas amassadas que havia usado no dia anterior. Ele não tinha dormido nem comido. Ele passou a noite se consumindo por alguma forma de reconquistá–lo.

– Não importa o que você pensa, eu amo você e eu... quero o bebê.

Ele levantou a cabeça para olhar para Louis. Louis deu um passo para trás com a raiva que ardia em seus olhos.

– Não se atreva a dizer isso! Eu sei como você realmente se sente sobre minha gravidez, como um peso em sua vida. Aliás, foi a razão principal pela qual você estava fodendo aquela garota! Porque quando você está com medo, você sempre consegue estragar!

Empurrando–o para fora do caminho, ele desceu os degraus da varanda. Louis o seguiu de perto, colado em seus calcanhares.

– Ok, você está certo. Era um peso para mim, talvez ainda seja. Mas agora percebo que eu estava sendo apenas estúpido. Eu te amo, e eu quero me casar com você e criar o nosso filho.

Ele derrapou até parar. Seus ombros caíram antes que ele lentamente se virasse – Agora você pensa que é isso que você quer. Mas eu te conheço muito bem. Antes de nos casarmos ou antes do bebê nascer, você vai ter medo e me trair novamente. Ele balançou a cabeça tristemente. – Eu fui estúpido por pensar que minha gravidez iria mudar você. Que de alguma forma não teria medo de se comprometer. Mas você não consegue ser leal nem a seu filho.

Louis estendeu a mão para ele, mas ele se afastou e correu pela calçada. Quando Louis finalmente o alcançou, ele se trancou no carro. Louis bateu com o punho contra a janela.

– Por favor. Por favor, não faça isto!

Ele jogou o carro em sentido inverso e acelerou para fora da garagem. O motor rugiu, enquanto ele corria rua abaixo. Louis fechou os olhos em derrota. Ele cambaleou para trás, tentando desesperadamente se impedir de hiperventilar.

Então o som de pneus cantando e o barulho de vidros arrebentando fez o coração de Louis tremer e parar de bater. Ele correu para a beira da calçada. Seu mundo inteiro desapareceu com a visão da pilha de metal mutilada e retorcida à distância.

Matthew! Ele gritou.    

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O Pedido - l.s *m.preg {2}Onde histórias criam vida. Descubra agora