Capítulo 5

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O peito de Louis se contraiu com a perspectiva de deixar Harry fora de sua vista por um segundo sequer. Eles tinham ido tão longe nas últimas horas, que ele tinha medo de que tudo pudesse desaparecer como um sonho, se não permanecessem juntos.

Ele estava desesperado por qualquer coisa para mantê–lo com ele. Um pensamento passou em sua mente, e ele exclamou: – Posso ver Beau?

Harry olhou para seu colo. Louis poderia dizer que ele estava no auge de uma batalha interna sobre a possibilidade de deixar ele ir. – Por favor. – ele pressionou.

Seus ombros caíram, mas Harry levantou a cabeça e sorriu. – É claro. Quero dizer, ele sente a sua falta. – Louis deu uma risada. – Eu duvido. Ele escolheu você e não eu, certo?

Ele então foi agredido com a memória dolorosa da noite que Harry o pegou com Heather. A visão de Beau correndo atrás de Harry, cutucando sua barriga e choramingando para ir com ele, cortou agora seu coração, da mesma forma que fez naquela noite.

Tremendo, ele forçou um sorriso em seu rosto –Tenho certeza que ele está muito ocupado raspando as sobras de sua comida e se jogando em cima do seu sofá, para sentir minha falta.

– Não, ele realmente sente. Afinal, você foi seu pai por dois anos.

– Bom, mas eu o perdi. – Louis se inclinou sobre a alavanca de câmbio para ele. Eu sentia falta dele em cada momentos, todos os dias.

Os olhos verdes de Harry cresceram, tanto pela proximidade, como o fato de que ambos sabiam que Louis não estava falando mais de Beau.

A eletricidade crepitava em torno dos dois.

– Você pode me seguir até em casa.

– Obrigado.

Ele esperou até que Harry estivesse em segurança dentro do seu carro e ligasse o motor, antes que saísse para fora do estacionamento. Durante o caminho para a casa dele, os seus dedos tamborilavam ansiosamente no volante. Mesmo que não tenha sido mais que dez minutos, ele não parecia chegar lá rápido o suficiente. Esperança pulsava através dele, que talvez Harry finalmente o perdoasse, e o deixaria entrar completamente na sua vida novamente.

Quando ele começou a puxar para o entrada, uma placa na escuridão chamou sua atenção.

Olhando para ela, ficou sem fôlego ao ler as palavras "A VENDA" , enviando ondas de estremecimento através de seu coração. A animosidade suplantou os sentimentos amorosos, que antes pulsavam dentro dele.

Ele freou bruscamente, mal parando fora da rua. Seu sangue batia em seus ouvidos, quando ele saiu do carro e bateu a porta. Ele estava ao lado de Harry antes que ele tivesse fechado a porta do seu carro.

– Você está partindo? – Ele gritou

Encolhendo diante de sua raiva, Harry apertou–se contra o carro.

– Sim. – sussurrou.

A vergonha o assaltou, por sua reação tê–lo assustado. – Me desculpe por gritar com você, mas como você pôde não me contar isto?

– Eu iria contar. – argumentou.

– Quando? O dia em que a transportadora viesse pegar suas coisas? Cristo, Harry, ficamos juntos a noite toda! Eu abri meu coração e alma, e ainda assim, você não pensou em me contar este pequeno detalhe?

– Eu sinto muito.

Ele tinha medo de fazer a próxima pergunta, porque no fundo ele já sabia a resposta.

– E para onde você está indo?

– Eu estou voltando para casa em Ellijay. Eu vou viver com meus avós por um tempo, até que eu venda a casa, e então eu poderia encontrar uma para mim, que seja próxima deles. Eles estão ficando mais velhos. Vovô caiu da escada, há uma semana e teve que fazer uma cirurgia no quadril. Eles precisam de mim, mas o mais importante, eu preciso deles.

O Pedido - l.s *m.preg {2}Onde histórias criam vida. Descubra agora