Capítulo Três

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Narrador

Leondre sentia que não deveria ter desafiado Kennedy, e percebeu que não deveria ter o provocado, mas ele tinha que revidar, ao menos uma vez, só para não parecer tão fraco. Kennedy chutou sua barriga assim que o garoto menor caiu no chão.

- Será que você aguenta por bastante tempo? - Kennedy perguntou baixo mas Leondre escutou, o garoto menos arfava de dor. Kennedy segurou novamente os cabelos de leondre e começou a bater a cabeça do outro no chão. - Implore para eu parar, seja fraco e implore para um superior. - Kennedy falou e bateu a cabeça de leondre com mais força no chão. Leondre sentia o seu corpo fraco, leve. Estava escutando o que Kennedy falava mas a voz do garoto maior estava longe, tão distante que ele imaginou estar ouvindo a voz. Mais uma batida e então Kennedy parou quando viu um líquido vermelho escorrer da cabeça de leondre, o garoto maior se desesperou, soltou o garoto menor no chão e correu para fora da sala deixando o corpo de leondre ali.

Por mais que Leondre sentia seu corpo leve, ele sentiu-se levantar, suas pernas pareceram ter vontade própria, levando-o para fora da sala, a escola estava completamente vazia, todos já haviam ido embora a meia hora. Leondre olhava para o corredor onde estava mas o mesmo parecia girar, ele parecia tão irreal. Leondre levou uma mão até a cabeça já que sentia algo escorrer por ali, quando colocou a mão perto do rosto seus olhos se arregalaram. O garoto ficou desesperado, tentou falar mas sua garganta parecia fechado. A sua visão ficou turva e ele perdeu a noção do chão, seu corpo caiu, seus olhos estavam pesados e seu corpo leve e então a escuridão veio, acolhendo qualquer sensação do seu corpo.

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Victoria Devries mãe de leondre estava no trabalho quando o seu celular tocou.

- Alô.

- É a senhora Devries? - Perguntou a voz do outro lado da linha.

- Ela mesma, o que gostaria?

- A senhora poderia comparecer ao hospital.

- Ao hospital? Por que? Qual o motivo? - Victoria perguntou preocupada.

- Seu filho minha senhora, ele foi encontrado desmaiado na escola ele recebeu alguns medicamentos mas precisará ficar alguns dias de observação, fizemos alguns exames e ele está com duas costelas fraturadas e com o corpo cheio de marcas...

- Estou indo para o hospital nesse exato momento! - Victoria Exclamou desligando a ligação.

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Chegando no hospital Victoria deu o nome do filho e logo lhe falaram qual era o número do quarto onde ele estava. Ao entrar no quarto Victoria já chorava, ela viu o estado do filho, Leondre estava péssimo, seu lábio inferior estava inchado e com um corte e seu rosto estava vermelho.

- Meu filho o que aconteceu? - Victoria perguntou enquanto abraçava e beijava Leondre, o garoto soltou alguns gemidos de dor. - Você está bem? Quem fez isso com você?

- Calma Mamãe, eu estou melhor. Um garoto da escola me espancou, eu... Eu - Nessa hora Leondre começa a chorar desesperadamente , seus soluços eram altos e seus ombros tremiam violentamente.

- Shhiii, está tudo bem meu filho, eu estou aqui agora, está tudo bem... - Victoria repetia que estava tudo bem várias vezes tentando acalmar Leondre. O garoto estava tentando uma crise de choro. Ela ficou abraçada ao garoto mais algum tempo até um médico entrar na sala e a chamar. - Meu filho está bem doutor?

- Sim ele está, mas precisará passar três dias em observação, seu filho levou cinco pontos na cabeça, como ele foi espancado ele pode sofrer algum dano então temos que o deixar em observação, sem falar que ele teve duas costelas fraturadas. - O médico explicou e saiu para ver outro paciente.

- Com licença minha senhora, precisamos falar com o seu filho sobre o que aconteceu. - Falou um policial chegando perto de Victoria.

- Espere um minuto meu senhor, vou ver se ele está de acordo em falar com vocês. - Victoria falou e o policial assentiu, Victoria estou no quarto do filho e Leondre estava deitado de lado, olhando para a janela. - Meu filho?

- Sim!

- Tem um policial aí fora querendo te fazer algumas perguntas, deixa ele entrar? - Victoria perguntou, ela não faria nada sem o consentimento do filho. Ele tinha que aceitar por livre e espontânea vontade.

- Tudo bem Mamãe, deixe-o entrar. - Leondre falou sentando-se na cama, ele odiava aquele lugar, a cama, tudo em cores claras.

- Tudo bem meu rapaz? - O policial perguntou e Leodre assentiu. O policial lhe fez um monte de perguntas. Leondre contou que sempre apanhava dos garotos da escola e quem era eles, o policial perguntou quem o havia espancado para ele estar ali e Leondre entregou Kennedy como o responsável. O policial saiu e Leondre suspirou, ele estava cansado, seu dia não foi dos melhores, ele não entendia como Kennedy havia chegado tão longe. Logo a noite caiu, Leondre jantou a comida do hospital que nem era tão ruim, mas mesmo não sendo ruin lhe fez mal durante a madrugada e ele acabou vomitando todo o conteúdo. Victoria dormia um uma poltrona ao lado da cama, Leondre suspirou e ficou olhando para a janela, parecia estar concentrado nela mas seus pensamentos estavam levando ele longe. Sem que percebesse algumas lágrimas silenciosas rolaram pelo rosto do garoto, ele encostou sua mão no vidro frio da janela e logo que a tirou sua mão estava marcada na janela.
O garoto voltou para a cama e dormiu, mas teve que ser acordado algumas vezes durante a noite só para terem certeza de que ele estava bem.

Shelter // Chardre Gay Love Story Onde histórias criam vida. Descubra agora