Capítulo Dez

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Bom espero que gostem, fiz com carinho, desculpe os erros e aproveitem...
Xx Chardyezinho

Leondre

Assim que cheguei na escola, todos me olhavam, alguns penas olhavam e ignoravam, outros olhavam e ficavam cochichando. A experiência era aterrorizante, eu me sentia a ponto de sair correndo, mas me controlava. Andei calmamente até a secretária da escola, uma mulher qualquer me atendeu, ela me deu minha grade de aulas e para minha maior derrota minha primeira aula era educação física. A mulher me explicou como chegar a quadra e me deu outro papel com o número do meu armário. Antes de ir para a quadra eu passei no meu armário para guardar minhas coisas, bom pelo menos posso usar a desculpa de ser aluno novo para não fazer a aula pois não trouxe roupa para fazer a aula. O sinal havia batido a alguns minutos, andei pelos corredores até esbarrar em alguém. Na verdade a pessoa que esbarrou em mim. Era um garoto alto, forte e moreno, ele tinha os cabelos cortados em um topete perfeito, tinha olhos azuis e a pele clara igual a minha. Seus olhos demonstraram que ele estáva irritado.

- Olha por onde anda novato. - Ele disse com a sua voz grossa e raivosa.

- De-descupa. - Gaguejei, se eu estáva apavorado? Logicamente, pois conhecia bem esse tipo de garoto. Ele pareceu relevar.

- Não acredito que não irá fazer nada contra o novato Chase, ele esbarrou em você. - Um garoto falou com um sorriso divertido nos lábios e percebi que todos os cinco garotos que estávam ali juntos daquele tal de Chase usavam jaquetas do time da escola. Eu congelei no lugar.

- Tem razão, esse novato tem que pagar para que isso não se repita. - Chase falou me olhando com raiva, eu agora estáva ainda mais do que apavorado.

- Chase você não pode fazer isso, foi você que esbarrou nele e não o contrário, dessa vez você está errado. - Àquela já conhecida voz soou atrás de mim, o tal de Chase olhou com pouco caso para trás de mim, deu de ombros e foi embora junto dos seus seguidores. Caramba até aqui existe esse tipo de pessoa. - Você está bem? - Charlie perguntou colocando uma mão sobre meu ombro e eu pude soltar a respiração que nem sabia que havia prendido.

- A-acho que sim. - Falei gaguejando no começo e me senti patético por isso.

- Você também têm aula de educação física? - Charlie perguntou e eu acenei que sim. - Bom já que você é o novato e eu sou o presidente do Conselho escolar estudantil eu fui convocado para lhe mostrar a escola e lhe ajudar com o que for necessário, então siga-me pois temos a mesma aula.

- Você não precisa fazer isso se não quiser. - Falei e Charlie me olhou demonstrando que não havia entendido o que eu havia dito e eu o interrompi antes que ele questionasse sobre o que eu estava falando. - Você não é obrigado a me acompanhar ou me ajudar, não precisa fazer isso.

- É eu não sou obrigado. - Charlie comentou e eu não sei porque mas só de imaginar que ele poderia não me ajudar, só de pensar que ele poderia ser como os outros eu senti uma pontada de tristeza no peito. Depois de um tempo ele sorriu gentilmente para mim. - Mas seria uma honra te ajudar. - Naquele momento constatei que o sorriso de Charlie era realmente lindo.

- Vo-você não tem vergonha de andar comigo? - Perguntei já sentindo minha voz embargar.

- Por quê teria?! - Charlie exclamou sorrindo. Ele não era comum, todos os garotos da minha antiga escola tinham vergonha até de falar comigo. - Vamos? - Ele perguntou e eu concordei, começamos a andar lado a lado, minha mão vez ou outra encostava na de Charlie enquanto andavamos, mas ele não pareceu ligar muito. Assim que chegamos na quadra ao ar livre da escola eu fui para a arquibancada me sentar, tentando inutilmente não ser notado, mas era impossível isso já que todos cismavam em me olhar. Me sentia constrangido, quando iria colocar meu fone para escutar música Charlie sentou-se ao meu lado.

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Charlie

Quando cheguei na escola fui chamado na secretária, mais um novo aluno na escola e mais uma vez eu teria que acompanhar ele em um tour pela escola e coisas do gênero. Esse era uma das coisas ruins de fazer parte da presidência da escola. Suspiro cansado e olha que ainda é oito da manhã. Saí em busca do tal aluno novo, eles nem ao menos me falaram o nome do garoto, olhei para a ficha do aluno novo e senti meu coração se agitar. Leondre iria estudar aqui, sorri para a folha de papel como se ela fosse mágica e saí andando rapidamente na busca por Leondre. E assim que o encontro vejo uma cena não muito legal, Chase e os outros valentões idiotas estão apavorando meu pequeno. Chego a tempo de impedir que Chase batesse em Leondre. Falo com Chase e ele vai embora com os outros idiotas. Pergunto se Leondre está bem e ele acena que sim. Quando digo que vou ajudá-lo ele meio que desconfia e tenta recusar. Mal sabe ele que não era uma obrigação para mim, eu o ajudaria mesmo que não fosse preciso. Fomos juntos para a aula de educação física, Leondre seguiu diretamente para a arquibancada tentando se manter escondido de todos. Mal sabe ele que seria impossível não ser notado com tanta beleza. Seria impossível não notar àquele garoto. Sento ao lado dele assim que ele vai colocar o fone de ouvido. Ele me encara e depois cora desviando o olhar para a tela do celular. Aparentemente ele se lembra do sonho. Sorrio com a idéia dele se lembrar e se sentir envergonhado por isso. Leondre é extremamente fácil de ler, basta apenas alguém querer ver o que ele "diz" sem estar realmente dizendo.

- Você está realmente bem? - Perguntei calmamente e ele se virou para mim, avaliando cada detalhe do meu rosto, seu olhar se fixa em algum ponto atrás das minhas costas.

- Isso realmente importa? - Ele perguntou baixo, sua voz vacilava, seu olhar era intenso sobre mim.

- Como assim? - Pergunto calmamente.

- Você... Por que faz isso ? - Perguntou novamente, sua pergunta era incoerente.

- Isso o que?

- Por quê finge que se importa? - Leondre perguntou desviando seu olhar para o chão.

- Por quê não me importaria? - Tento fazer com que ele me responda mas ele não o faz.

- Por favor não faz isso. - Ele sussurra baixinho e se eu não estivesse perto teria certeza de que não ouviria.

- Isso o que? - Pergunto e Leo fica pensativo. - Por favor Leo me responde. - Falo e Leondre me encara com os olhos marejados e a ponta do nariz vermelha.

- Não finja que se importa, eu não quero que brinquem comigo de novo. Você vai falar que se importa, então eu vou confiar em você mas em algum momento vai me magoar, em algum momento vai me deixar e eu não quero isso, eu não quero sofrer. - Leondre falou com uma calma fingida, eu o conhecia bem o suficiente para saber que ele queria chorar. Mas conhecia ele bem o bastante para saber que aquilo era um pedido de socorro escondido. E então eu fiz o que tinha que fazer naquele momento. Eu abracei Leondre, e mesmo que todos olhassem para a gente, no meu mundo só pareceu ter eu e ele...

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