Capítulo Vinte

452 30 6
                                    

LEONDRE

Eu não sei bem o o que aconteceu ou como aconteceu, na verdade lembro-me de alguns flashes em minha cabeça. Era Kennedy, culpa de Kennedy, tudo culpa dele. Ele havia feito isso comigo.

Ele havia novamente me feito acordar em uma cama de hospital. Ele havia tirado minha inocência, tirado a minha virgindade a força. Eu odiava ele. Eu odeio ele.

Lembro-me de abrir os olhos lentamente, sentia uma sede horrível. Tentei me sentar mais meu estômago embrulhou e eu vomitei tudo o que eu não tinha em minha barriga.

- Leo... - Ouvi minha mãe me chamar e olhei para o lado. Ela parecia ter acabado de acordar, provavelmente havia dormido na cadeira em que estava sentada. - Oh meu filho, graças a Deus você acordou.

Ela falou vindo até mim e me abraçando fracamente mas mesmo assim eu senti dor e gemi baixo e ela se afastou limpando o rosto.

- Você estava chorando mamãe? O que aconteceu? - Perguntei preocupado, minha voz estava fraca. Minha mãe ficou me encarando por um tempo.

- Você estava em coma meu filho. Coma.

Coma? Como assim em coma?

- Por quanto tempo eu fiquei desacordado? - Perguntei finalmente me sentando melhor na cama.

- Quatro dias.

- Quatro dias? - Perguntei quase gritando. Eu não conseguia acreditar. - Eu... Eu pensei que fosse penas algumas horas.

Comentei e minha mãe negou. Ela falou que iria falar para o médico que eu havia acordado. Eu pensei que fosse algumas horas. Eu havia sonhado com Charlie. Eu havia sonhado com ele. Eu havia me comunicado com ele.

Charlie. Ele deve estar preocupado. Minha mãe logo voltou ao quarto junto de um médico. Ele me examinou rapidamente, ele me deu alguns remédios e logo depois saiu.

- Mamãe?

- Sim meu filho. - Ela falou olhando para mim, ela parecia aliviada.

- Será que eu posso ligar para o Charlie? Ele deve estar preocupado.

- Claro meu filho, eu vou lá na cantina pegar algo para você comer e já volto. - Ela falou sorrindo enquanto me entregava meu celular, logo depois ela saiu do quarto.

Suspirei e liguei para o número do meu loiro. Ele demorou um pouco para atender.

- Alô. - Ele atendeu o celular com a voz grave e rouca, deveria ter acabado de acordar. Sua voz fez o meu coração disparar.

- Char... - Minha voz ainda estava fraca.

Charlie ficou alguns segundos mudo.

- Le-leo? - Ele me perguntou com a voz trêmula. O tom esperançoso em sua voz me fez sorrir minimamente ao celular.

- Eu acordei Char... Estou acordado! - Exclamei calmamente, Charlie pareceu prender a respiração ao outro lado da linha. - Ainda est...

- Oh meu Deus Leo eu... Eu estou indo para o hospital. - Charlie falou rapidamente, parecia estar lutando contra suas roupas do outro lado da linha.

Shelter // Chardre Gay Love Story Onde histórias criam vida. Descubra agora