Capítulo Quatorze

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CHARLIE

Assim que saí do quarto e fechei a porta atrás de mim, eu apoiei minha testa na porta e fechei os olhos.

Ainda absorvia tudo o que aconteceu ou quase aconteceu.

Leondre era um caos como ele mesmo havia dito. Mas todo caos uma hora acaba, e se ele precisar de ajuda eu o ajudaria.

Suspirei. Me afastei da porta e fui para a sala, liguei para a minha mãe e avisei a ela que iria dormir na casa de uma amigo.

Ela me perguntou quem era esse amigo, quanto citei o nome de leondre minha mãe ficou toda... Contente?!

Parecia sorrir do outro lado da linha enquanto falava. Ela por algum motivo parecia adorar Leondre.

Mas quem não adoraria aquele garoto?
Encerramos a ligação com um " Te amo e se cuida! ". Eu sorria, minha mãe sempre foi bastante agitada. Adorava conversar.

Ela era uma ótima amiga.

Subi a escada e entrei no quarto de leondre, eu havia demorado umas meia hora no celular.

Procurei Leondre pelo quarto mas não o encontrei. Escutei o barulho da água caindo do chuveiro.

Me sentei na poltrona e fiquei olhando para a cama. Recordando de alguns momentos atrás. Leondre sentado à minha frente.

Eu tomando o primeiro passo. Ele meio inseguro se aproximando. Sua testa colada a minha.

Sua respiração se chocando contra a minha e no final nossas respiração se juntando. Esse momento ficaria guardado em minha mente por um longo tempo.

Talvez a vida toda. Não consegui não sorrir com esse pensamento.

Pensar em Leondre me deixava com um sorriso bobo nos lábios.

Escutei um barulho na porta do banheiro e ela foi aberta. Leondre parecia distraído. Envolvido em seu próprio mundo enquanto secava os cabelos com uma toalha pequena e mantinha uma outra amarrada a sua cintura.

Eu observava seu corpo atentamente. Era era realmente lindo. Aquela pele branca. Agora sem mais nenhum hematoma. Aquele corpo pequeno mas forte, com poucos músculos delineados.
Aqueles cabelos castanhos chocolate. Aquele olhos que agora estávam fechados. Aqueles lábios róseos.

Leondre parecia ser um anjo. Eu se estivesse sonhado poderia jurar que teria duas asas que variaram do branco ao dourado. Elas chegariam até o chão.

Mas como eu não estáva sonhado, a realidade parecia ser ainda mais perfeita que o sonho. Qualquer um que realmente enxergasse Leondre, com todas as sua pequenas qualidades. Seus pequenos medos. Seus pequenos sonhos.

Todas essas pequenas coisas. Tenho certeza que qualquer pessoa no mundo se apaixonaria por esse garoto.

Aquela expressão distraída em seu rosto. O modo como ele andava automaticamente. Eu estáva ipnotizado.

Leondre abriu os olhos lentamente e seu olhar parou em mim. Ele sorriu envergonhado, suas bochechas coraram. Um tomate sentiria vergonha da sua cor avermelhada perto de leondre.

Shelter // Chardre Gay Love Story Onde histórias criam vida. Descubra agora