Capítulo Oito

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Charlie Lenehan

E então eu desci a escada, eu realmente não queria estar nesse jantar, mas quando eu o vi, bem ali, parado, sentado, eu me senti bem, Senti uma boa sensação. E então era isso? Eu estava ali, no mesmo lugar que ele, e ele nunca esteve tão lindo.

E você deve estar se perguntando "Do que esse garoto está falando?". Bom eu meio que sonho com esse garoto há cinco anos. Sonho com ele chorando, sonho com ele sozinho em seu quarto, sonho com ele apanhando de alguns garotos. Eu não sei o porque de sonhar com ele, mas desde que esses sonhos começaram eu me sinto intensamente atraído por esse garoto, a maioria das vezes que tenho esses sonhos eu acordo desesperado, querendo a todo custo achar e ajudar ele. Depois que esses sonhos começaram, eu coloquei na minha cabeça que estamos destinados ou ligados de algum jeito, nem que seja só para nos vermos uma vez, e eu nunca estive tão certo. Quando meu pai me falou que tinha contratado uma gerente nova e que iríamos ter um jantar com ela e com seu filho eu fiquei inconformado, mas eu aceitei. Eu não gostava desses jantares de negócios, mas com aquele garoto ao qual eu só sabia o nome, a história e conhecia quase que melhor que a mim mesmo ( Graças aos sonhos) , com ele ali eu poderia até que gostar.

Depois de ficar um bom tempo parado na ponta da escada olhando para aquele garoto, eu finalmente tomo a iniciativa de ir falar com ele. Me apresento sorrindo e ele aperta a minha mão, Senti uma onde de eletricidade cruzar nossos corpos e sinto o meu coração acelerar, e então ficamos um bom tempo assim, eu segurando a mão dele e ele a minha, sem quebrar o contato visual. E então ele se apresentou, sua voz era linda, exatamente como no sonho. Ele gaguejou e ficou corado, e eu nunca tive tanta vontade de abraçar e morder alguém como senti com ele. LEONDRE DEVRIES . Depois que ele se apresentou seu nome ficou rodeando minha cabeça. Então era esse o nome do garoto com o qual eu sonhava.

E então meu último sonho passou pela minha cabeça, no sonho eu observava meio que de longe, era Leondre, ele estava correndo, e então parou encima de um lago congelado, foi questão de segundos e o gelo abaixo dos pés dele se quebrou e ele afundou no lago congelado. Eu corri para ajudá-lo e então entrei na água, ela não parecia me afetar tanto quanto afetava ele, que estava extremamente branco e com os lábios roxo. Ele batia desesperado no gelo tentando voltar para a superfície, mas não conseguia. Então eu me aproximei , sussurrei em seu ouvido que tudo estava bem e que eu estava ali e o abracei , ele pareceu se acalmar, eu me sentia conectado a ele. O sonho mudou e estávamos em um campo florido, eu perguntava se estava tudo bem e ele me respondia gaguejando. Eu sorri e então ele perguntava quem eu era, minha boca pareceu ganhar vida própria e respondeu que ele me reconheceria quando me visse. E então ele reparou nas minhas asas e eu começei a voar, ele me perguntava se eu era um anjo e novamente minha boca respondeu sem o meu consentimento que eu era o anjo dele. E então eu voava para longe e o sonho acabava. Esse sonho ocorreu ontem e então mais nada de sonhos, só uma boa sensação.

- Tudo bem? - Ele me perguntou logo que soltamos nossas mãos e eu me senti incompleto. Dessa vez ele não havia gaguejado.

- Sim, e você?

- Bem. - Ele respondeu rapidamente e mordeu levemente o lábio inferior. De tanto sonhar com ele, eu sabia que ele estava mentindo. Quando ele mentia ele mordia o lábio inferior ou desviava os olhos da pessoa. Mas eu não comentaria nada por agora. Concordei e ele pareceu ficar pensativo.

- Ãhm... Então... - Tentei puxar assunto mais nada me veio a cabeça então sorri envergonhado e ele solta um riso baixo. Em todos os cinco anos que sonho com o Leo eu nunca o vi sorrir ou rir, nunca, em nenhum dos sonhos. Ele sempre mantinha uma expressão abatida, triste, cansada ou de dor. Mas sorrir, mesmo que minimamente, eu nunca tinha visto ou no caso sonhado.

Sobre os sonhos, eu sempre via a cena de longe, como se fosse um telespectador, eu tentava me mover ou fazer algo, mas é igual quando meu pai grita com os jogadores da televisão quando está assistindo futebol. Nunca dava em nada, a não ser a noite passada onde consegui intervir no pesadelo.

- Então... - Ele falou me incentivando a continuar.

- Que tal um passeio pelo jardim? Por enquanto que a mesa do jantar não está preparada. - Falei sugestivo e ele pareceu pensar mais um pouco, parecia estar em um conflito interno. Ele apenas concordou e me seguiu até o jardim dos fundos. O jardim ali era lindo, grande. Tinha muitas flores, rosas, tulipas, copo-de-leite, e outras das quais não sabia o nome. Tinha tambem algumas árvores, grandes e pequenas. Tinha luzes e bancos de ferro na cor branca espalhados por todo local. Tinha uma piscina, uma mesa redonda com um guarda-sol e algumas cadeiras. O jardim era impressionante, e ver o olhar impressionado do pequeno garoto ao meu lado foi gratificante. Fomos andando até um dos bancos, ele estava de baixo de uma grande árvores, e nos sentamos. - Me conte um pouco de você. - Falei e ele me olhou intrigado, parecia pensar se realmente deveria. Eu não me surpreenderia se ele se negasse e voltasse para dentro da casa.

- Não tenho muito o que falar, somos apenas minha mãe e eu, eu tenho quinze anos e é só. - Ele terminou de falar e suspirou. Nós ficamos ali conversando até nos chamarem para jantar. Leondre era muito tímido, inseguro e cheio de conflitos internos. Eu já sabia disso, mas conversando com ele foi diferente, eu pude ver diretamente nos olhos dele. Ele estava no começo da sua terceira depressão. Mas eu estava ali agora e iria fazer de tudo para ajudá-lo. Eu queria salvar ele, Eu iria salvar ele!

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Oi leitores queridos, estão acompanhando a história? Acham que eu deveria continuar? O que estão achando?
Comente aqui, e se você for tímido assim como eu pode me mandar uma mensagem, só para me inspirarem a continuar escrevendo...
Okay obrigado e desculpem qualquer erro.

- Chard Lovately

Shelter // Chardre Gay Love Story Onde histórias criam vida. Descubra agora