Quando as luzes se apagam part. 1

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Leondre


Eu não estava entendendo bem o que estava se passado com Charlie, de uma hora para outra pude notar certa insegurança e possessividade vindo do meu namorado. Deuses, era confuso e de certo modo incomodo.

Eu o analisava sempre que possível e era sempre a mesma coisa. Eu me perdia naqueles olhos incrivelmente azuis e conquistadores, os lábios rosados e finos já haviam me tirado a habilidade de raciocino lógico e meu ar com beijos beirando a loucura de tão luxuriosos que eram. O corpo esguio de poucos músculos me tiravam e me levavam do paraíso ao inferno em questão de minutos. A pele clara coberta de tatuagens era quase que como o meu mapa de tesouro ao qual eu sempre parecia querer desvendar mais. Traduzindo, Charlie era sem duvidas alguma o homem da minha vida, sem tirar e nem por.

A questão é que eu precisava fazer com que ele se enxergasse exatamente como eu o via, como alguém perfeito e de uma natureza amável e tentadora. Não era segredo o quanto eu o amava, deuses, era impossível não amar aquele homem.

Eu tinha uma breve ideia do que fazer e obviamente eu precisaria de ajuda para isso. E quem mais qualificado para me ajudar do que meu segundo melhor amigo Nicholas Grayson? Realmente acho que não haveria outra  pessoa para tal, exceto a minha mãe. Porem ela andava muito ocupada com a gerencia do banco, ela havia ganhado uma promoção e isso a fazia viajar bastante. Eu planejava usar o duplex novo dela como parte do plano.

Peguei o meu celular e busquei o nome da minha mãe nos contatos, assim que o achei eu iniciei a chamada e ela atendeu no segundo toque.

- Alô filho? - A voz dela parecia preocupada, isso me fez sorri baixo.

- Ooe' mãe, a senhora está muito ocupada? - Perguntei e realmente eu não sabia qual era a nova rotina dela, já que não moramos juntos há uns seis meses.

- Na verdade estava me arrumando para um encontro com o Beto. Ele me chamou para jantar já que hoje é o meu dia de folga e ele esta de passagem aqui por los angeles. - Ela revelou sorrindo do outro lado da linha, eu facilmente poderia imaginar o sorriso envergonhado e contido da minha mãe.

Era sempre assim, Beto o namorado da mamãe sempre a chamava para encontros e sempre dava um jeito de ir vê-la onde quer que ela estivesse trabalhando. Eu sempre achei esse namoro dos dois bom para a minha mãe, já que ela sempre parecia mais feliz desde que ambos se conheceram. 

- Ah sim mamãe, desculpe atrapalhar a sua produção. - Comentei sorrindo e ela riu também.

- Na verdade estou em duvida do que usar, será que você poderia me ajudar? - Ela me perguntou e eu ri alto dessa vez e murmurei um "uhum", ela então desligou a ligação e me ligou pela chamada de vídeo do whats.

Na imagem minha mãe apareceu com os cabelos até os ombros com luzes, ela tinha um batom nude sobre os lábios e um leve delineado nos olhos. Ela estava simples mas linda. Minha mãe sempre foi uma mulher muito bonita e eu a considerava nova. Sempre teve estilo e muita facilidade para maquiagem.

- Essas são as opções! - Ela exclama e aparece com dois vestidos na frente do celular.

Ambos eram lindos e aquilo só me fez pensar qual combinaria mais com ela. Um era tomara que caia na cor prata, ele tinha um decote abrindo do joelho esquerdo ate um palmo e meio na cocha. O outro era um vestido na cor vinho, ele tinha as mangas curtas e que caiam levemente sobre os ombros, exatamente na altura dos peitos da minha mãe. Esse vestido vinho tinha um decote aberto na parte de trás que deixariam parte das costas nua. Eu particularmente havia gostado daquele vestido e enquanto a minha mãe me mostrava todos os detalhes do vestido eu assenti e concordei em ela usar o vestido de cor vinho.

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