NARRADORCharlie e Leondre passaram boa parte do dia estudando e logo depois que Leondre entendeu o que precisava resolveu assistir um filme com Charlie em seu quarto.
Charlie ficou impressionado com a vista que Leondre tinha da cidade. Era realmente uma linda vista.
Todos aqueles prédios, carros, motos, pessoas. Tudo aquilo tão... Pequeno. como se não passassem de uma maquete da cidade.
-... Lenehan? - A voz de Leondre tirou Charlie dos seus pensamentos.
- Sim?
- Você escutou alguma coisa do que eu disse? - Leondre perguntou quando Charlie finalmente virou-se de frente para ele.
- Desculpe, estáva distraído.
- Eu meio que percebi Lenehan. - Leondre falou sorrindo debochado. - Okay, no que estáva pensando?
Leondre sentou-se na cama e Charlie sentou-se de frente pará ele, só que Charlie estáva sentado em uma poltrona.
- Se eu te falasse que não sei, acreditaria? - Charlie perguntou e Leondre confirmou com um aceno de cabeça.
- Acontece comigo também! - Leondre exclamou e Charlie manteve-se quieto esperando Leondre continuar.
Leondre suspirou.
- Minha cabeça é uma verdadeira bagunça, não têm como saber cem por cento sobre o que estou pensando. Tipo agora eu estou pensando em vo-você mas em cinco segundos não saberia mais sobre o que estou pensando. - Leondre falou gaguejando e ficando com as bochechas vermelha.
Lógico que ele estaria pensando no Charlie, ele estáva falando com o garoto. Mas Leondre já havia reparado que anda pensando muito em Charlie.
Charlie também corou, só que fracamente. Leondre olhou para baixo e ficou brincando com os dedos como se eles fossem a coisa mais interessante do mundo.
- Eu sou um caos por dentro. - Leondre falou baixo, quase como um sussurro. Mas como o quarto estáva em um silêncio mortal Charlie escutou.
- Todo caos uma hora acaba anjo. - Charlie falou se aproximando de leondre e segurando sua mão.
Seus olhos se encontraram. Charlie tomou a iniciativa de se inclinar na direção de leondre.
O próximo passo seria de leondre. O coração dos dois garotos estávam acelerados.
Uma das mãos de leondre foram parar no rosto de Charlie acariciando o local . Apenas mais uns milímetros e os lábios estariam juntos.
- O próximo passo sempre é o mais difícil. - Charlie falou e Leondre corou um pouco mais.
Com toda certeza o próximo passo seria o mais difícil. Sempre é. Leondre sabia muito bem qual seria o próximo passo e qual seria a consequência desse passo.
Leondre encostou sua testa na de Charlie. Os dois fecharam os olhos. O momento pareceu durar uma eternidade.
- Eu... Eu acho que não estou pronto. - Leondre falou mas não se afastou, ainda mantinha a testa colada na de Charlie. Sua mão fez mais um carinho na bochecha do garoto loiro a sua frente.
Charlie abriu os olhos e fitou Leondre.
- Não estou pronto ainda. - Leondre repetiu sorrindo tristemente ao final da frase.
- Eu entendo pequeno. - Charlie falou finalmente. Ele também sorriu e plantou um beijo na testa de leondre e outro em sua bochecha.
- Seria estranho se eu pedisse para você dormir aqui hoje? - Leondre perguntou corando.
Mas ele não desviou os olhos, muito menos gaguejou. Ele sorriu. Sorriu sinceramente. Eu Charlie não pode deixar de sorriu junto.
- Acho que não. Bom vou ligar para minha casa e avisar a minha mãe, será que eu poderia? - Charlie perguntou apontando para a porta do quarto indicando que sairia para ligar.
- Claro.
Foi só o que Leondre disse e Charlie saiu. Leondre ficou no quarto pensando sobre o motivo de não ter beijado Charlie.
E ele não sabia qual. Tudo o que ele sabia era que Charlie iria precisar de alguém que não tenha medo para estar ao lado dele.
Aquele relacionamento precisaria de um porto seguro. Charlie precisaria e Leondre não era esse Porto seguro.
Muito caos para ser o cais de alguém.
Foi tudo o que Leondre pensava.
Leondre era tão inseguro. Tudo o que ele precisava estáva bem ali. Charlie estáva ali para ele.
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Shelter // Chardre Gay Love Story
FanficLeondre Devries sempre sofreu bullying, os garotos da escola onde ele estudava o xingavam e o machucavam por achar ele muito pequeno e frágil. O garoto com seus quinze anos já entrou em depressão duas vezes. Após ser espancado na escola e ser encont...