Lavínia se sentia aliviada, Sofia estava viva, acordou, saiu do maldito coma que lhe dava desespero.
Era bom saber que estava fora de risco, mas a única coisa agora em que ela conseguia pensar era no que Vinícios havia feito.
Qual a necessidade de fazer aquilo, elas, até então, era apenas amigas?
Ele não sabia o que tinha acontecido entre elas, mas assim como todos os amigos dela que ele afastou, ele queria fazer com Lavínia também.
Lavínia sentia-se impotente, não podia nem ao menos reagir, afinal estava "errada" em estar se relacionando com a namorada dele, não tinha razão, nem direito de questionar algo, porém, se ele era assim com todos os amigos dela, aquilo era um caos.
Como Sofia suportava um cara assim?
Os dois eram tão diferentes.
Ao mesmo tempo que ela queria estar
de novo naquele hospital, à sós com Sofia, ela tinha vontade de jamais ter ido lá e visto de perto aquele monstro,
sim, monstro.
Para Lavínia, Vinícios era um monstro, homem infantil, mimado, egoísta e possessivo, Sofia a surpreendia muito por aceitar isso.
Sofia parecia tão independente, ter uma personalidade tão forte.
Como suportava alguém assim?
Enfim, agora era esperar pela recuperação de Sofia, e ver o que acontecerá.
Uma coisa é certa, a essa hora, se ela estiver acordada, certamente deve estar pensando nesse bebê que estava esperando.
Vinícios não deveria ter falado sobre isso, não agora, mas o fato é que ele falou e pouco se importou em como isso poderia prejudicar a situação da mulher que ele diz amar.
Amar? Não, Vinícios não ama ninguém senão a ele mesmo e sua vaidade, para Lavínia, o que ele faz com Sofia é apenas uma exposição, sim, quer ter uma mulher para exibir como um troféu para alguém.
Essa possessividade não pode ser uma demonstração de afeto, de carinho.
Lavínia não, essa, mesmo em tão pouco tempo sentia algo inexplicável.
Sofia era alguém que ela queria cuidar, conviver, se preocupava primeiro com ela antes de pensar em qualquer outra coisa.
Lógico que ela se amava também, Sofia não era seu único propósito, mas quando pensava em sua amada, ela só pensava no melhor possível para ela, mesmo que tenha que abafar seu sentimento, fazer teatro ou conter palavras que ela mais gostaria de dizer, a qualquer hora ou em qualquer lugar.
Independentemente da decisão de Sofia quando essa fase ruim passasse, Lavinia a respeitaria.
Se Sofia decidir optar por ficar com Vinícios, seria doloroso, ela iria sofrer à beça, mas respeitaria.
Amor é isso, respeitar, aceitar que cada um tem suas vontades, suas escolhas, mesmo que essas sejam erradas e lutemos para que desvie para o
certo, e assim mesmo a pessoa insista no erro, leva-se em consideração aceitar que cada um tem vontade própria.
Estava decidida que não iria
mais ficar sofrendo por antecipação, Sofia ficaria com ela se achasse
que tinha que ficar. Nem tudo é
tão simples assim.
Que Vinícios era um boçal e que se Sofia o escolhesse para passar a vida seria uma idéia estupida, Lavínia sabia, mas não cabia a ela decidir.
Obviamente sofreria, mas antes acabar logo com isso do que ser a segunda opção. Seu amor por Sofia não merecia apenas o "resto" de amor, a "sobra" de tempo.
Se fosse para acontecer, que fosse intenso, lindo, mágico.
Sofia decidindo-se, em breve, era isso que Lavínia queria.
Obviamente em duas semanas não dava para pensar muito nisso, qualquer pessoa pensaria isso.
Duas semanas seria pouco se o sentimento não fosse muito, forte, intenso.
Elas se envolveram muito, se descobriram, se amaram, sentiram prazeres diferentes, sensações jamais sentidas antes.
Eram só duas semanas? Eram, mas o suficiente para Lavínia ter a certeza de que era aquilo que queria para ela, aquela mulher.
Tantas pessoas ficam juntas tanto tempo, meses, anos, décadas, mais por comodismo do que por amor, paixão.
Qual o problema de assumir para si mesma que sim, que se apaixonou por alguém em tão pouco tempo? Essas coisas acontecem.
Ela viveu em um fim de semana um prazer que nunca havia vivido,
desfrutou de uma paixão que jamais conhecera e agora só queria guardar na memória o melhor daquilo tudo.
Sofia estava bem, era isso que ela queria e aconteceu, agora só esperar que melhore a cada dia mais.Lavínia em casa não parava de pensar também em sua melhor amiga.
Julia ainda estava magoada com ela, muito provavelmente não a iria atender, mas Lavínia insistiu até que atendesse, mesmo assim, sem
sucesso.
Estava decidida a contar a verdade, sabia que essa decisão era fácil, tomada naquele momento, porém será que seria a mesma coisa quando estivesse cara à cara com Julia?
Se teria ela não sabia, mas que queria encontrar com sua amiga ainda hoje, queria.
Pegou a chave do carro e foi até a casa dela.
Tocou a campainha e a mãe de Julia atendeu, Julia nem sequer saiu do quarto.
Lavínia perguntou a mãe de Julia se poderia subir até o quarto, autorizada assim o fez....
Nota da autora:
Galerinha, esse capítulo está curto, eu sei, achei mais viável o restante do texto, que estava nesse capítulo também, ter outro título e dividi em dois.
O próximo capítulo já esta quase pronto ok?Mas aproveitando que estou aqui.
O que estão achando?
Sugestões? Críticas? Aceito tudo que venha à somar e aperfeiçoar o livro.
Beijos e até o próximo capítulo!
P.S: Não deixem de votar e comentar, isso ajuda muito para saber se estou indo pelo caminho certo e a divulgar também.
Beijos Beijos!❤️
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Minha Amiga Virtual (Lésbico)
RomanceDuas jovens, uma professora, recém formada em Letras e uma estudante de Direito. Ambas com problemas em relacionamentos, uma por falta de um e a outra por excesso de atenção do namorado se encontram em um site de relacionamentos. Desabafos a pa...