-Mãe, eu não volto para a casa agora, por favor, me deixa em paz. Assim que eu estiver saindo daqui eu ligo e te aviso.
-Você age como uma menina mimada, isso é ridículo, Sofia, saiba que você pode até achar que é a dona do seu nariz, mas enquanto estiver em minha casa, as coisas não vão funcionar da forma que você quer, fique avisada. Aguardo você aqui aqui em casa, temos que conversar.
-Eu estou bem mãe, por favor, para de me ligar, só quero um tempinho para mim, por favor!
-Sofia, você acha que está lidando com quem? Que atitudes são essas? O seu pai precisa do carro, volta para a casa agora.
-Mãe, eu não vou chegar agora, fala para o papai pegar um taxi.
-Onde você está, Sofia?
-Mãe!
-Você age como uma menina mimada, isso é ridículo, Sofia, saiba que você pode até achar que é a dona do seu nariz, mas enquanto estiver em minha casa, as coisas não vão funcionar da forma que você quer, fique avisada. Aguardo você aqui aqui em casa, temos que conversar.
-Ok, xau!
Sofia desligou o telefone, bufando de nervoso, sua mãe fazia tudo na base da ameaça, fazia questão o tempo todo de esfregar na cara de Sofia que ela morava em sua casa e que se quisesse, seria tudo a sua maneira, mas isso já não estava mais dando certo. Sofia não era mais nenhuma criança, não aceitava sua mãe agindo como se ela fosse uma menina e não uma mulher.
-Desculpa Lah. Lah, acho que já vou tá? Minha mãe está me infernizando e você precisa trabalhar né?
-Hoje só dou aula a tarde. Fica comigo aqui? - disse ela dando um selinho em Sofia
-Não precisa nem perguntar duas vezes, você sabia que eu estava morrendo de saudade de ficar aqui sozinha com você?
-Hummm, é mesmo? - disse ela agora - Eu também, senti sua falta, minha gatinha. Ainda nem acredito que está por aqui.
-Mas estou e se você não fosse trabalhar hoje ia te levar de novo para o Orquidário, para relembrar nosso primeiro encontro, porque depois de tudo que passamos, hoje parece que é nosso primeiro encontro mesmo.
Lavínia não conseguia parar de ficar observando Sofia, enquanto ela falava, tocava seu rosto, mexia em seus cabelos, e se aproximava o tempo todo mais dela para sentir seu cheiro, ela exalava um perfume tão bom, tinha uma pele tão macia, era viciante. Lavínia estava viciada nela, por um momento esqueceu tudo o que aconteceu, acidente, aquela mensagem horrível, quando ficou no hospital.
-Lavínia, posso te perguntar uma coisa?
-Pode sim, claro! - Disse ela se aconchegando no peito de Sofia, entrelaçando seus braços em volta do pescoço dela.
-Promete que nunca mais vai fazer o que fez? Eu me sinto tão culpada por isso.
-Você não tem culpa, meu amor, já me explicou o que houve e não foi você quem me mandou aquela mensagem.
-Mas fiquei muito vulnerável, deixando que minha mãe fizesse as coisas por mim, ela fazer isso foi horrível, acho que eu não suportaria se algo tivesse acontecido, só de pensar nisso me dá desespero.
-Mas estou aqui e estou bem, não se preocupa com isso, e o melhor, você também está ótima, graças a Deus. Eu quando te vi naquela cama de hospital me senti tão mal, me bateu um desespero, você parecia tão frágil. Dava medo até de tocar você.
-Nunca mais faz isso tá bom amor? Por favor! Eu estou aqui agora, e bem, e quero ficar com você para sempre.
-Eu também quero ficar com você. Eu gosto tanto de você!
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Minha Amiga Virtual (Lésbico)
RomanceDuas jovens, uma professora, recém formada em Letras e uma estudante de Direito. Ambas com problemas em relacionamentos, uma por falta de um e a outra por excesso de atenção do namorado se encontram em um site de relacionamentos. Desabafos a pa...