Beijo Roubado

666 47 5
                                    

          Lavínia e Sofia seguiam suas vidas normalmente, Vinício deixou de persegui-la e por uns momentos elas sentiam estar em paz, já haviam mais de duas semanas em que ele nem sequer ligava.

Thais já havia viajado e Lara estava prestes a ter alta. Lavínia foi visita-la uma ou duas vezes.

Em Londres Thais morria de saudades do Brasil, mas se sentia em paz por saber que estava tudo bem e que nada havia ficado mal resolvido com suas amigas, sua namorada e sua família, sua tia no caso.

Lavínia e Sofia estavam bem, embora Sofia não visse a hora de se formar logo e poder ficar mais perto de Lavínia. Sua mãe até tentava se aproximar, mas ela ainda não queria, sabia que ela se aproximava para poder manter o controle da situação e saber o que ela andava fazendo, mas no fundo ainda não respeitava a sua escolha, sua condição, não aceitava o fato de ela querer ficar com Lavínia. Ela não conhecia Lavínia direito, por isso essa repulsa, simplesmente pelo fato de um casal assim não ser aceito pela sociedade ela achava errado, simplesmente para agradar e estar no padrão das pessoas, sem ao menos pensar na felicidade da própria filha.

Julia e Pedro deram um tempo, Julia não suportava o preconceito e machismo que ele vinha apresentando nos últimos dias, questionando tudo e até sua amizade com Lavínia. Ela jamais aceitaria que ele influenciasse negativamente numa amizade que vem da infância. Lavínia era como uma irmã para ela e ela jamais deixaria sua amizade de lado por um namorado que não aceita isso.

Ela e Thais vinham conversando bastante pelo skype, fazia bem para Thais, que mesmo ja tendo feito alguns colegas por lá, se sentia sozinha, pois a amizade não era a mesma coisa. Ela sentia muita falta do Brasil, mas ainda demoraria a voltar.

Valentina e Eduarda finalmente conseguiram sossego, podiam sair sem ter que mentir para os pais, os pais de Eduarda pessoalmente foram a casa de Valentina, no início ainda relutaram um pouco, mas a mãe de Eduarda fez com que entendessem que essa proibição só faria com que elas passassem a esconder as coisas e corressem riscos, na rua, sem que eles soubessem onde.

De nada adiantaria separar as duas, se não ficassem uma com a outra, arrumariam outras namoradas e o "problema" só seria adiado, correndo risco até de que elas conhecessem pessoas de caráter duvidoso e até passassem a frequentar lugares de caráter duvidoso, diferente da situação atual, onde as duas eram super responsáveis e não costumavam chegar perto. Uma apoiava a outra, ajudava a outra nos estudos, se empurravam para o bem, se faziam bem.

Em Londres Thais conheceu uma colega de trabalho bem atraente, assim como ela, e sentia que ela lançava olhares diferentes do comum, mas Thais nem assimilava muito pois sabia que ela namorava um rapaz da mesma empresa, ambos haviam pego o mesmo vôo e ela viu que os dois não desgrudavam o tempo todo, embora as vezes percebesse que ela se irritava com ele, porque a todo momento eles estava no celular, falando com alguém por redes sociais, respondendo algum e-mail ou até mesmo jogando, ela era sempre a última opção, quando ele não tinha nada "tecnológico" para fazer, então ela era a "bola da vez".

Assim que terminaram um projeto, foram para um pub em frente a empresa, que os funcionários já antigos costumavam frequentar, para beber a'pos o expediente e aos fins de semana, uma vez em que seus lofts, ou hotéis em que estavam hospedados eram próximos e era o local mais badalado.

Thais foi sozinha para lá, um pouco depois, e essa garota, de nome Maria Luiza, mas que todo mundo chamada de Malu a seguiu com os olhos, desde a porta, até o momento em que ela se sentou ainda no balcão, pois não tinha visto ainda onde o restante do pessoal tinha sentado.

Assim que Thais se acomodou e pediu sua bebida, ela s levantou e foi até ela:

-Posso saber por quê não veio se sentar com a gente?

Minha Amiga Virtual (Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora