Eu compreendo que independente de Centrus tentar me matar, mesmo para Mariedock foi um golpe durissímo ter que matar o mago do fogo. Mais do que companheiros de batalhas, eles eram praticamente irmãos.
Briaron de fato cumpriu sua palavra, a Ordem dos magos estava desfeita. Sem Centrus, o mago de fogo, restavam os magos de luz, água, terra, ar, floresta, e gelo, todos ainda muito fortes, de toda forma, um importante membro da Ordem havia sido morto.
Centrus era o terceiro mago mais poderoso dentro da Ordem, atrás apenas de Mariedock e do mago branco. Sua perda significava uma vasta queda de poder mágico na Ordem. Sem o mago de fogo o equilibrio dos elementos dentro da Ordem fora quebrado.
A Ordem estava fragilizada.
O vento forte batia cruelmente sobre nossos corpos, a ponte da lua, como era conhecida esta obra de cristal no qual pisavámos, ainda estava quente, por causa do fogo que a momentos acabara de ser manuseado pelo mago. Essa ponte acabou de testemunhar uma luta que, pelos principios da Ordem, jamais deveria ter ocorrido. Mariedock estava evidentemente muito abatido. Mas recusava-se a se entregar ao seu próprio luto.
O vento irrompeu a ponte.
O mago elemental do ar se apresentou ali.
-Mariedock, não me diga que ...
-Sim, eu não tive escolha. Apenas cinco magos compõem esta Ordem agora.
E eu juro que Briaron pagará por isto.-Mariedock. Passou a dizer Ítros. -Eu entendo sua dor, mas a terra dos magos está sob ataque. Precisamos de sua ajuda.
-E eu a concederei de bom grado. Respondeu Mariedock.
-Mariedock. -Chamou Ítros. -Briaron está aqui.
Mariedock mudou de face. Um puro semblante de ira invadiu o rosto do velho homem de vestes azuis.
-Então que ele pague. Quanto a você rapaz, fique aqui.
Mariedock bateu seu cajado no chão e eu fui parar no topo de Aknundra a torre azul. Torre de Mariedock.
Perplexo com a visão que tive eu me levantei.
A terra dos magos inteira estava cercada por um gigantesco numero de monstros, todos com armaduras negras e devidamente bem armados.
Era um grandioso exército.
Fogo começou a queimar a mais pura natureza do local. Em grandes grupos os monstros se dividiam e se espalhavam pelas magicas terras causando destruição e morte por onde passavam.
As arvores milenares queimavam, os belos jardins em chamas expeliam uma fumaça negra e devastadora. Estátuas eram quebradas, tudo estava um completo caos.
A essa altura até mesmo os bichinhos de estimação de Belathor, o mago das florestas estavam lutando contra levas e mais levas de monstros. O javali de pedra e o gigante lutavam bem, porém os inimigos eram muitos, mesmo pra eles.
O grande exercito de Briaron invadia a terra dos magos pelo oeste, isso, porque pelo leste havia as montanhas no qual orcs e gigantes escalavam. Era uma questão de tempo até que o lar dos magos estivesse lutando em duas frentes.
Já não bastasse tudo isso, ao norte, o próprio deus das trevas assistia a tudo sentado em seu trono de sombras. Logo atrás dele, estava Ótris, deusa da trapaça, filha do proprio deus Héfus. A personificação da traição.
Era o cenário perfeito para a nossa destruição.
Quase que em contraresposta a adrenalina me invadiu.
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O Destino De Bladria
AventuraUma grande guerra está prestes a se iniciar em Bladria, uma na terra para os mortais, e outra nos céus para os deuses. Iniciada por Briaron, um dos mais fortes deuses existentes cujo poder só é capaz de trazer destruição. Essa guerra coloca em rota...