23 A Luta Pela Terra Dos Magos

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Eu compreendo que independente de Centrus tentar me matar, mesmo para Mariedock foi um golpe durissímo ter que matar o mago do fogo. Mais do que companheiros de batalhas, eles eram praticamente irmãos.

Briaron de fato cumpriu sua palavra, a Ordem dos magos estava desfeita. Sem Centrus, o mago de fogo, restavam os magos de luz, água, terra, ar,  floresta, e gelo, todos ainda muito fortes, de toda forma, um importante membro da Ordem havia sido morto.

Centrus era o terceiro mago mais poderoso dentro da Ordem, atrás apenas de Mariedock e do mago branco. Sua perda significava uma vasta queda de poder mágico na Ordem. Sem o mago de fogo o equilibrio dos elementos dentro da Ordem fora quebrado.

A Ordem estava fragilizada.

O vento forte batia cruelmente sobre nossos corpos, a ponte da lua, como era conhecida esta obra de cristal no qual pisavámos, ainda estava quente, por causa do fogo que a momentos acabara de ser manuseado pelo mago. Essa ponte acabou de testemunhar uma luta que, pelos principios da Ordem, jamais deveria ter ocorrido. Mariedock estava evidentemente muito abatido. Mas recusava-se a se entregar ao seu próprio luto.

O vento irrompeu a ponte.

O mago elemental do ar se apresentou ali.

-Mariedock, não me diga que ...

-Sim, eu não tive escolha. Apenas cinco magos compõem esta Ordem agora.
E eu juro que Briaron pagará por isto.

-Mariedock. Passou a dizer Ítros. -Eu entendo sua dor, mas a terra dos magos está sob ataque. Precisamos de sua ajuda.

-E eu a concederei de bom grado. Respondeu Mariedock.

-Mariedock. -Chamou Ítros. -Briaron está aqui.

Mariedock mudou de face. Um puro semblante de ira invadiu o rosto do velho homem de vestes azuis.

-Então que ele pague. Quanto a você rapaz, fique aqui.

Mariedock bateu seu cajado no chão e eu fui parar no topo de Aknundra a torre azul. Torre de Mariedock.

Perplexo com a visão que tive eu me levantei.

A terra dos magos inteira estava cercada por um gigantesco numero de monstros, todos com armaduras negras e devidamente bem armados.

Era um grandioso exército.

Fogo começou a queimar a mais pura natureza do local. Em grandes grupos os monstros se dividiam e se espalhavam pelas magicas terras causando destruição e morte por onde passavam.

As arvores milenares queimavam, os belos jardins em chamas expeliam uma fumaça negra e devastadora. Estátuas eram quebradas, tudo estava um completo caos.

A essa altura até mesmo os bichinhos de estimação de Belathor, o mago das florestas estavam lutando contra levas e mais levas de monstros. O javali de pedra e o gigante lutavam bem, porém os inimigos eram muitos, mesmo pra eles.

O grande exercito de Briaron invadia a terra dos magos pelo oeste, isso, porque pelo leste havia as montanhas no qual orcs e gigantes escalavam. Era uma questão de tempo até que o lar dos magos estivesse lutando em duas frentes.

Já não bastasse tudo isso, ao norte, o próprio deus das trevas assistia a tudo sentado em seu trono de sombras. Logo atrás dele, estava Ótris, deusa da trapaça, filha do proprio deus Héfus. A personificação da traição.

Era o cenário perfeito para a nossa destruição.

Quase que em contraresposta a adrenalina me invadiu.

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