Capítulo IV - O que é servir a Deus no Altar?

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"agora, porém, que já conheceis a Deus, ou, melhor, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?"

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"agora, porém, que já conheceis a Deus, ou, melhor, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?"

(Gálatas 4.9)

São Paulo, 24 de agosto de 2010.

E os dias seguintes foram assim. Rafael mandava as indiretas, fazia o impossível para conquistar Teresa, mas a moça simplesmente se recusava. Se recusava a amar novamente, se recusava com medo de se machucar, se recusava a ser feliz.

Finalmente, em uma bela tarde depois muitas insistências do obreiro em relação a acompanhá-la até em casa, quando as desculpas da moça já não estavam mais fazendo efeito, os dois estavam indo quando do nada Rafael lembrou-se de Júlio, que agora era pastor e fez uma pergunta que depois de muito tempo ele iria achar boba, mas naquele momento sentia que era precisa, pois o que mais queria era que Teresa olhasse para ele, como um dia, ela havia olhado para seu amigo.

-Tessa, deixa eu te perguntar uma coisa... –Ele parou de andar e Teresa o encarou. -Se eu fosse pastor, você aceitaria namorar comigo?

-Rafael! -Teresa fez voz de escândalo, espantada por seu amigo achar que uma posição na Igreja a impressionaria.

-O que foi?

-Não é só porque o Júlio é pastor agora que eu só irei aceitar namorar com um pastor. –Ela soou defensiva.

-Eu pensei... –Ele tentou se explicar.

-Pensou errado. Rafael, título não importa. –Ela o cortou. -Precisamos amar as pessoas não por posição. Ser esposa de pastor vai além do que gostar apenas de um. Você tem que amar as almas.

Rafael pensou melhor em sua pergunta:

-Você tem vontade de fazer a Obra de Deus no Altar como esposa de um pastor?

-Às vezes sim, às vezes não. O que Deus me pedir estou aqui. -Ela deu de ombros como se mostrasse indiferença, mas só em pensar em cuidar de tantas pessoas já se sentia incapaz. Ainda mais naqueles dias, se sentia tão inútil na obra de Deus só como obreira, imagina em uma posição tão importante como aquela.

-Então iria namorar comigo mesmo se fosse apenas para servir no Átrio como obreiros? -Ele arqueou uma das sobrancelhas.

Teresa sorriu pegando no ar a intenção do rapaz:

-Você é cheio dessas pegadinhas, né! –Foi a vez de Rafael sorrir.

Os dois continuaram andando silenciosamente e Rafael pensou em como deveria ser a vida de um pastor. Quantas coisas ele teria que renunciar, tudo em favor do Evangelho.

 Quantas coisas ele teria que renunciar, tudo em favor do Evangelho

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