Capítulo V - Distância física e espiritual.

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"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor

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"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor.

Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto.

Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.

Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim.

Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas.

Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito.

Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos."

(João 15.1-8)

São Paulo, 03 de setembro de 2010.

Teresa nunca havia se sentido daquela forma. Tão distante de Deus, ela apenas fazia as coisas porque era mandado, mas ela não sentia mais prazer no que fazia. Os dias se passavam e por mais que soubesse que tinha que alimentar a sua vida espiritual, por não ter vontade, ela deixava por fazer.

Afinal, ela estava bem e ninguém duvidava do contrário! Ela não se afastaria da igreja, não seria como tantas pessoas que ela havia presenciado ao longo de sua trajetória, ela não seria como seu irmão. Entretanto, o que Teresa não percebia é que tendo atitudes de desleixo como aquelas que estava tendo, não demoraria muito para que ocorresse o mesmo com ela. Apenas os nascidos de Deus é que conseguiam permanecer até o final da caminhada, e que os desleixados com sua vida espiritual hoje, seriam os afastados da presença de Deus amanhã.

Ela era uma dracma perdida dentro de Casa. Orar? Ela não orava mais como antes, até as buscas que faziam na igreja começaram a ser tediosas e cansativas, durante todo momento ela olhava no relógio esperando que a hora passasse, e parecia que quanto mais torcia para acabar logo, mas o culto demorava.

Era cansativo continuar fingindo que estava tudo bem, mas ela não deu o braço a torcer, mesmo que antes ela ia quase todos os dias para a igreja, sempre procurando algo para se ocupar, naquelas semanas ela estava indo apenas dois dias para mostrar para si mesma que não precisava pedir ajuda.

Mas ela não sentia mais nada. Em suas orações, buscava apenas sentir a presença de Deus e ver outras pessoas chorando de felicidade ou contando que haviam sido renovadas a deixavam cada vez mais para baixo. Haviam dias que ela até mesmo forçava o choro e dizia que havia sido renovada também e isso era horrível.

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