Prólogo - Jesus ainda quer você.

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"Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento

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"Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento."

(Lucas 15.7)

São Paulo, 04 de dezembro de 2015,

Era um dia de domingo que amanhecia com um ar abafado de dezembro. Teresa andava rapidamente pelas ruas desertas do Jardim Alvares que ficava na Zona Leste de São Paulo. Será que se a garota soubesse o que estava prestes a acontecer, teria ficado em casa?

Seus saltos batiam contra os tijolinhos colocados em ordem nas calçadas. Um dia como aquele normalmente as pessoas estariam em suas casas dormindo e na rua só se veriam gatos, ela e jovens que voltavam para suas casas depois de uma longa noite em claro consumindo e fazendo coisas que certamente contrariavam os princípios que Teresa tinha aprendido desde criança por seus pais.

Princípios que conhecia, porém não vivia.

Teresa andava rápido segurando a capa protetora para o uniforme contra seu corpo. Não fazia muito tempo que ela havia sido colocada para ajudar o pastor durante as reuniões, essas pessoas que ajudavam eram chamadas de obreiros e ela amava estar ali de prontidão para atender o que fosse preciso.

Logo mais à frente, Teresa ia passando em frente a um bar que ainda estava aberto, sem olhar para os lados, apenas encarando o chão, ela andou ainda mais rápido sem querer chamar a atenção de qualquer um que estivesse ali, mas aquilo foi uma péssima ideia, sem olhar para frente, Teresa bateu em alguém derrubando o copo de bebida que o jovem segurava:

-Tessa? –Eduardo sorriu com seus olhos vermelhos, certamente havia consumido bebidas alcoólicas durante a noite toda. –Veio beber comigo, irmã? –Ele começou a rir.

-Eduardo, é sério! Como pode estar rindo disso? Nossa mãe está em casa totalmente preocupada e você não faz nem pouco caso!

-Me deem outro copo! –Ele balbuciou para qualquer um que quisesse ouvi-lo. –Minha irmã chata, derrubou o meu.

-Você precisa parar! –Teresa sabia que estava sendo chata, mas ainda assim não se calou.

-Tudo bem, você venceu. –Ele tateou os bolsos atrás de sua calça e tirou de lá as chaves de seu carro.

-Você sabe que não pode dirigir assim, Edu! –Teresa balançou o ombro de seu irmão com urgência. –Lembra do que aconteceu com o papai quando ele dirigiu embriagado? –Já se faziam nove anos, e por mais que a garota fosse pequena na época, lembrava-se claramente do ocorrido que havia posto fim a vida de seu pai. –Por favor, venha comigo, agora!

Parecia a mesma novela com personagens diferentes. O dia em que seu pai e sua mãe haviam discutido e mesmo com os pedidos da mesma para que ele ficasse em casa, Dário havia pegado o carro totalmente alcoolizado e doía só de pensar no final trágico que ele teve. Seu irmão não poderia acabar da mesma forma, sabia que assim como se lembrava, Eduardo por ser apenas alguns anos mais velho que Teresa se lembrava ainda mais. O cheiro de álcool que vinha de seu irmão era muito forte e ela sabia que coisa boa não aconteceria se o rapaz se recusasse a ir com ela.

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