Capítulo VIII - Que nome bonito!

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"E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas

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"E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas."

(Hebreus 4.13)

São Paulo, 17 de dezembro de 2010.

Os dias passavam mais rápido do que o costume e cada vez mais o casamento de Júlio se aproximava. A garota tentava não pensar naquilo, mas toda hora acabava se pegando pensando naquilo e cada vez mais um ódio dentro de si aumentava, mas não apenas aquilo, seu físico parecia piorar junto com o seu espiritual.

Claro, ela não comia corretamente e pulava várias refeições que deveriam ser feitas ao longo do dia. Teresa não sentia fome e toda vez que comia, acabava sentindo fortes dores e enjoos. Se ela não sentia vontade de alimentar o seu físico que era importante para se manter, muito menos alimentava seu espiritual para poder sobreviver. Ela não havia deixado apenas de orar ou de ler a Bíblia, mas também havia deixado de jejuar. Só jejuava quando o pastor pedia e olha lá, nem isso fazia direito, era de qualquer maneira sem temor algum.

Teresa respirou fundo, enquanto caminhava. Dificilmente iria na igreja em baixo de um sol escaldante à tarde, seu peito doía, sua cabeça girava, e as tonturas eram fortes, mas ela precisava ver quem eram os novos pastores. Havia trocado tanto o pastor titular, que era o responsável pela igreja até aquele momento, como o auxiliar. Agora Teresa precisava conhecer os pastores para ter pelo menos a ideia do que estava por vir.

Assim que entrou na igreja, não deu menos que dois passos uma tontura forte veio à tona. Ela se apoiou em um dos bancos da igreja tentando recuperar o equilibro, mas se sentia mole, todo o seu corpo reclamava com o seu peso, ela não deveria ter saído de casa, se ela passasse mal ali na rua, logo saberiam que tinha alguma coisa errada e sua mãe do jeito que era, iria obriga-la a ir em um hospital.

-Olá moça, você está bem? -Uma voz veio por de trás dela.

Teresa se virou, sua visão estava borrada, ela não conseguiu ver direto.

-Estou sim...

Mesmo com a visão borrada, ela tentou dar alguns passos em direção a porta para que pudesse sair dali, estava abafado e enjoo começavam a vir à tona, mas antes que ela pudesse sair, sua visão escureceu por completo e Teresa perdeu o equilíbrio, mas antes que se chocasse contra o chão, alguém a segurou.

Mesmo com a visão borrada, ela tentou dar alguns passos em direção a porta para que pudesse sair dali, estava abafado e enjoo começavam a vir à tona, mas antes que ela pudesse sair, sua visão escureceu por completo e Teresa perdeu o equilíbrio, ma...

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            Teresa não sabia por quanto tempo havia ficado desacordada. Poderia ter sido apenas alguns minutos, mas se tivessem passados horas ou dias, ela não teria notado a diferença. A dor de cabeça era forte e a luz do lugar que estava poderia machucar os olhos da jovem, por isso, ela levou as mãos até o rosto. Tentou se lembrar do que havia acontecido, mas se sentia muito desnorteada para tal coisa, só sabia que estava deitada em algum lugar confortável e mesmo que ainda se sentisse mal, ela se obrigou a abrir os olhos.

A primeira coisa que viu foram dois olhos azuis enormes acima de seu rosto a analisando com cuidado.

-Finalmente acordou, bela adormecida. -O rapaz sorriu. -Já estava começando a ficar preocupado.

Teresa se sentou desajeitadamente no sofá, estavam na salinha dos obreiros.

-Vou buscar um copo de água e algo para você comer. -O rapaz se levantou e saiu.

A jovem respirou fundo enquanto forçava sua mente lembrar de algo, mas quanto mais se obrigava a lembrar, mais sua cabeça doía. O rapaz voltou e sorriu novamente, entregou uma barrinha de cereal para a jovem, mesmo que Teresa não estivesse com fome ela se obrigou a comer.

-Está melhor?

Ela apontou para a cabeça, não quis falar e torceu para que ele entendesse seu gesto. Sabia que se falasse algo, sua voz iria falhar.

Ele se levantou foi até um pequeno armário e tirou um remédio de lá.

-Toma, vai passar rapidinho.

Ela terminou de comer e bebeu o remédio.

Só agora que os pensamentos de Teresa pareciam compreensíveis ela observou com mais atenção o rapaz ao seu lado. Uma leve suspeita de que ele era o pastor veio sobre ela.

-Bem, nem me apresentei. Perdão! Meu nome é Patrick. -Ele arqueou uma das sobrancelhas louras. -E o seu é?

-Teresa.

-Bonito nome, assim como a pessoa que o possui. -Ele a encarou e Teresa sentiu seu olhar penetrar na alma.

A moça desviou o olhar desconfortavelmente.

Antes que ela fosse obrigada a dizer algo, um homem moreno, alto e forte apareceu na salinha.

-Vejo que ela finalmente acordou! -Teresa sorriu timidamente. -Muito prazer, obreira...?

-... Teresa.

-Meu nome é Marcos, -Um leve sotaque que Teresa não conhecia soou da voz do novo pastor. -Sou o novo pastor que irá cuidar dessa igreja pela misericórdia de Deus. E esse -Ele apontou para o rapaz. -É o Patrick, pastor auxiliar. Sua sorte que ele a encontrou antes que você encontrasse o chão!

Teresa sorriu novamente. Estava envergonhada e achou melhor já se colocar de pé, queria fazer uma visita discreta, mas havia causado um alvoroço. Tentou se colocar de pé, mas suas pernas vacilaram, e antes que caísse, os braços de Patrick a envolveram.

-Calma, mulher! -O pastor Marcos sorriu.

-Tenho que ir para a minha casa.

-Nessas condições? -Patrick a olhou preocupado. -Nem pensar.

-Patrick tem razão, vou te levar de carro.

-Olha, eu não quero incomodar...

-E não vai, vamos obreira.

Teresa se soltou dos braços de Patrick mais firmada, se despediu rapidamente e saiu atrás do pastor Marcos, não sem antes dar uma última olhada no pastor Patrick. E por incrível que parecesse ele a encarava de volta com um sorriso bobo e lindo.

 E por incrível que parecesse ele a encarava de volta com um sorriso bobo e lindo

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