Capítulo XIV - Espera no Senhor.

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"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?"

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"Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?"

(Mateus 6.27)

São Paulo, 9 de setembro de 2011.

Rafael

Rafael foi para a igreja pensativo, ele tinha muito tempo para pensar, encostou a cabeça na janela do ônibus, só desceria no ponto final. Até pensou em dormir, mas não conseguia, colocou uma música no aleatório de sua playlist do celular, mas até a música o fazia lembrar da besteira que havia feito. Não deveria ter ido até Teresa, deveria ter pedido a direção de Deus, deveria ter perguntado para o seu pastor titular, seria melhor saber por outra pessoa que ela estava namorando do que ir e levar mais uma vez um balde de agua fria.

Ele sabia que o único culpado de tudo aquilo tinha sido ele próprio. Era um fator besta, mas se ele houvesse falado com Deus antes era certo que nada daquilo teria acontecido.

Assim que chegou na igreja não quis saber de nada, apenas se ajoelhou e começou a orar:

-Pai, me perdoe pela minha imprudência. Deveria ter falado Contigo antes de qualquer coisa. Olhe Senhor, sou humano e ansioso, não queria ser assim. O Senhor fez o homem e a mulher para ficarem juntos, e achei que Teresa fosse a auxiliadora que escolhestes para mim, eu realmente achei que a minha vez havia chegado. Desconheço os Teus planos, pois o Senhor tem uma visão muito maior que a minha. Me prepare para a pessoa que preparou para mim, e cuide desses sentimentos que tenho pela Teresa, que isso não atrapalhe. -Ele respirou fundo. -Abra os meus olhos, pois eles só a veem. Amém!

Ele se levantou, não importava o que aconteceria naqueles próximos dias, meses e anos, o sentimento que existia por Teresa não iria atrapalhar. Rafael rapidamente se virou e andou apressadamente até a sala de Obreiros, caminhava de cabeça baixa quando bateu em alguém derrubando várias fichas.

-Oh, me perdoe... -Ele se agachou e começou a pegar as folhas. Olhou para os sapatos que brilhavam de tão limpinhos que estavam. -Eu sou um completo desastrado.

O rapaz se levantou e olhou pela primeira vez a moça:

-Tânia?

Ela sorriu. Tânia havia sido obreira junto com ele e de imediato a reconheceu. Os dois haviam passado por uma luta imensa juntos, e agora estavam ali na mesma fé.

-Rafael! Quer dizer... -Suas bochechas ficaram levemente avermelhadas. -Pastor Rafael.

Agora foi a vez de Rafael sorrir.

-Sabe o que eu nunca liguei muito para título, não sabe?

-Sempre o mesmo. Não mudou nada.

-Se mudei, foi para melhor.

-Não duvido nada! -Ambos riram timidamente.

-O que você está fazendo aqui? -Ele perguntou.

-Vou mudar de igreja, meu tio, Tomás irá abrir uma filial aqui no centro, então pelo visto vamos morar aqui.

-Então acho que ainda iremos nos esbarrar muito, obreira. -Ele começou a se despedir da moça.

-Acredito que sim. -Os dois seguiram seu caminho.

 -Os dois seguiram seu caminho

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