Revelação

1.1K 79 30
                                    

No dia seguinte

Regina acordou minutos antes da campainha tocar. Ela tinha acabado de escovar os dentes quando foi atender a porta com seu pijama de seda cinza por baixo do roupão.

Um Robin sorridente segurando dois copos nas mãos estava do lado de fora.

- Eu trouxe café. - ele disse já entrando e deu um copo para Regina.

- Obrigada, amor.

- Vão abrir uma loja de vinhos aqui em Storybrooke. O que você acha de irmos na inauguração? - Robin disse.

"Droga, eu estou grávida e não posso beber. O que eu falo?"

- Não estou muito afim desse tipo de evento para falar a verdade.

Robin suspirou, como se tivesse cansado da situação.

- Por que você está estranha, Regina? É como se desde ontem você não fosse a mesma.

- Não estou estranha. - ela tentou o convencer, mas era tarde porque ele já tinha percebido mesmo.

- Nós sempre fazemos algo juntos todos os dias, e nem isso você quer fazer. O que há de errado?

"Tenho que falar agora. Sei que não posso esconder isso dele por muito tempo."

- Robin, eu tenho algo para te contar. - ela disse, apreensiva.

Ela se sentou no sofá, e ele fez o mesmo.

- É por causa da viagem de Henry? - ele arriscou.

- Não. Estou bem com isso. É sobre o dia em que eu fui ao hospital.

Robin começou a ficar apreensivo também com aquele suspense todo.

- Houve alguma mudança nos exames?

- Aqueles exames não deram nada mesmo, mas eu fiz outros e...

- Regina, fale logo pelo amor de Deus!

- Eu estou grávida.

Regina examinava a reação de Robin para tentar adivinhar como ele se sentia a respeito.
Ele estava se perguntando se tinha ouvido direito.

- Grávida? - Após dizer isso, Robin sorriu pois percebeu como aquilo soava bem.

- Quem diria, não é? - ela disse.

- Meu amor, isso é ótimo! Eu estou um pouco confuso, mas...

- Eu sei, eu também estou. Não sei como isso foi acontecer...

- Não importa como aconteceu, só o que importa é que essa é a melhor notícia que eu já recebi há muito tempo.

Regina deu um sorriso completamente genuíno pela reação de Robin porque ela realmente não sabia o que esperar.

- Estou com um pouco de medo. Esse não era o momento, não sei se vou saber lidar.

Ele se aproximou e segurou a mão dela.

- Olha, nós vamos passar por isso juntos. Você é uma ótima mãe e não precisa ter dúvidas.

- Ainda bem que eu tenho você. - Ela disse e o abraçou.

- Ainda bem que eu sou o melhor pai do mundo. - ele disse, a fazendo rir.

- Sorte a minha.

- Então quer dizer que nossas noites de bebidas acabaram?

- Isso é triste, eu me divertia muito.

- Sei que sim. - ele riu.

- Pelo que os exames dizem, estou de 4 semanas.

- Aconteceu bem rápido.

- É... O que será que Henry e Roland vão achar da notícia?

- Tenho certeza de que eles vão amar.

- Assim espero.

Robin teve uma ideia repentina e resolveu ir.

- Gina, eu tenho que sair agora. Vejo você mais tarde?

Regina ficou curiosa por Robin não dizer aonde ia, mas ficou quieta.

Eles se beijaram e Robin se foi.

Ela decidiu que iria preparar o café da manhã, mas quando abriu o armário sentiu náusea de ver toda aquela comida, e isso expulsou sua fome. Sentiu que não conseguiria nem comer uma maçã, a fruta que ela tanto gostava.

"Estou arrependida até de ter dado uns goles naquele café. Eu não quero sentir isso o tempo todo, deve ser como ficar doente por 9 meses. Isso nunca aconteceu, porque eu sempre tenho fome, mas vou ter que pular uma refeição."

Regina passou as mãos no rosto, agoniada.

"Eu devia ter pedido ao Dr. Whale um remédio para isso ou algo assim. Mas eu estava tão em choque quando ele me contou que eu não pensava em nada com nada."

Ela foi até o quarto se trocar e partiu para a prefeitura.

...

Deu 13:00, o que seria o horário de almoço de Regina, mas ela ainda estava se sentindo mal. Para não ficar com o estômago completamente vazio, ela foi comprar um chá.

Chegando no Granny's, ela fez o pedido, e Granny perguntou:

- Para agora ou para a viagem?

- Mas que pergunta. É meu horário de almoço, claro que é para agora.

- Não sei, você nunca pede só isso. Quem almoça chá? - ela respondeu no mesmo tom.

- Bem que eu queria comer outra coisa. - A frase deu margem para mais perguntas, mas Regina tratou de parar de falar. Granny também não perguntou mais nada pois não gostava das grosserias de Regina.

- Já vou trazer seu chá. - ela disse e entrou na cozinha.

O cheiro vindo dos pratos das pessoas que estavam comendo começou a piorar o enjôo de Regina, e ela sentiu um desespero pois estava com muito medo de vomitar.

"Justo agora, logo em público? E também onde eu estava com a cabeça de vir para um restaurante? Devia ter ido para casa tomar um chá matte mesmo."

Ela apertou os olhos e fez uma cara ruim, inspirando e soltando o ar logo após. Pensou que quando se passava mal, essa era uma das muitas coisas que se faziam.

Granny chegou bem na hora e reparou no estado dela, e por mais que fosse a Regina, teve que perguntar:

- Você está bem?

- Só estou enjoada. - ela pegou a xícara de chá, arrependida de não ter pedido para a viagem, e tomou o mais rápido que pôde. Estava bem quente, o que dificultou a tarefa e adiou sua ida dali.

Assim que terminou, deixou o dinheiro em cima da bancada, pegou sua bolsa do banco ao seu lado e saiu rapidamente.
Ela foi para casa pois ainda não estava pronta para voltar a trabalhar daquele jeito.

Demorei mas postei, desculpa gente

Uma Nova Chance | Outlaw QueenOnde histórias criam vida. Descubra agora