Capítulo 8

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Entramos no apartamento com um clima completamente diferente da primeira vez em que estive ali. Antony já me trata como uma pessoa da casa, uma mobília nova.

Ele falou para eu guardar minhas coisas no quarto e não se deu ao trabalho de acompanhar. Quando entro no closet dou de cara com um espaço vazio e desconfio que está reservado para mim. Que bacana. A conversa não foi provocada por causa do meu ataque de fúria. Ele já tinha se organizado para colocar a 'negociação' em pauta. E, pelo vazio do closet, já sabia que eu iria aceitar de bom grado todas as imposições.

Volto para a cozinha e vejo que Antony cumpriu com primor a promessa de produzir o nosso jantar. No balcão já estão dispostos dois pratos, a garrafa de vinho está aberta num balde de gelo, e o cheiro que sai do microondas é algo incrivelmente saboroso.

- Você está redecorando o closet?

- Você não pode ficar carregando uma mochila gigante de um lado para outro, concorda? Se precisar de mais espaço avise que podemos sempre dar um jeito.

- Antony. Nós temos muito o que conversar. Você não sabe quem eu sou. Não conhece nada sobre a minha vida e deveria ser mais curioso quanto a isso para entender onde está pisando.

- Sou bem calejado para identificar exatamente as coisas que quero. Também costumo ser bastante insistente. Quando a vi no bar, eu tive certeza que precisaria te conhecer. Nosso encontro inesperado só antecipou tudo. E ainda bem! Mas por hoje encerramos as conversas complexas. Vamos comer – corta ele.

E lá se vai mais um dia sem que eu consiga introduzir o papo família na conversa. Percebo que quanto mais tempo eu demorar para abordar esse assunto, pior vai ser para explicar. Mas ele me convenceu. Não quero mais brigar. Ainda estou meio envergonhada com aquele barraco que protagonizei no carro.

Eu como toda a comida com muito apetite e ele observa com uma ternura que chega a ser palpável.

- O que foi? – pergunto.

- Até quando come você consegue ser única. Geralmente as mulheres são umas frescas quando conhecem um cara e saem para jantar.

- Ahhh é?

- Pois é, percebi isso com anos e anos de observação. Eis que chega você com tanta naturalidade e consegue magnetizar até um simples jantar no balcão de uma cozinha. Ainda não sei explicar direito. Mas você é muito genuína.

- Ahhhh....eu pensei que tinha um pouco de mistério escondido na manga.

- Você tem uma força sexual incrível. Exala isso. Não precisa de máscaras – teoriza ele já me envolvendo nos braços.

Antony me pega no colo de frente e eu enlaço as pernas nas suas costas. Ele se equilibra com tranquilidade, carregando o meu peso e vai andando até encostar minhas costas numa parede.

Desabotoa meu vestido com violência e desejo e começa a me beijar na boca, no queixo e em direção aos meus seios. Resolve então se apoiar no chão e vai abaixando devagar ainda comigo pregada na sua cintura. Quando já estamos sentados ele me dá um chupão no pescoço. Certeza que vai ficar marcado. Pelo menos não é à brasa como faziam com os escravos.

Mas aquilo está gostoso demais para eu me revoltar. Antony levanta meus braços e me liberta da roupa.

- Não quero que seus peitos fiquem tão à mostra, Andrezza. Meu pau quase explodiu na calça quando te vi atravessando a rua hoje. Você me deixa louco – revela beijando cada bico do meu seio e dando sugadinhas de leve para deixá-los ainda mais duros.

- Hunhun – concordo toda obediente e já começando a perder o controle dos meus movimentos, tamanho o desejo que sinto.

- Você é uma deusa. Eu nunca vi nada tão perfeito na vida – diz ele começando a me deitar no tapete felpudo e iniciando o caminho até minha boceta.

Óleo de PrímulaOnde histórias criam vida. Descubra agora