Alguém Para Dizer Bom Dia

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// VINTE E SEIS //

Graças à pequena reunião de emergência que tivemos no Chelsea - que de pequena não teve nada, uma vez que voltamos para a casa quase ao amanhacer - dormimos até às três da tarde.

Naquele dia já era a véspera de ano novo e o recesso de inverno estava, infelizmente, chegando ao fim. O que queria dizer que, além de nos preocuparmos com toda a história de Hunter e seu pai, ainda teríamos dever de casa, provas, trabalhos e inscrições de universidades para ocupar nossas cabeças.

Pelo lado bom, teríamos ainda uma comemoração restante. Uma que também resultaria em muitas surpresas; Hunter e eu faríamos nossa primeira aparição como um casal em um evento da escola, o que há alguns meses teria algum tipo de importância, mas recaptulando o último mês, eu ficaria feliz se esse fosse nosso maior desafio a ser enfrentado.

Ao rolar na cama, com a luz do sol batendo no meu rosto, me espreguiçei (aquela espreguiçada que só acontece depois de uma bela de uma hibernada) e ouvi um barulho na porta do quarto de Hunter. Olhei na direção em que veio o som e me deparei com o próprio, de boxer, carregando uma bandeja. Pelo cheiro delicioso, pude perceber omelete, no entanto me surpreendi com outras coisas mais, como salada de frutas e café com leite.

Suspirei de satisfação quando ele apoiou a bandeja na cama e se sentou ao meu lado. Sorri para ele quando Hunter se aproximou de mim e me puxou num abraço, tão próximo que sentei entre suas pernas e envolvi as minhas em volta de sua cintura.

"Considere isso como um 'pedido de desculpas parte II.'" Ele disse, perto do meu ouvido, ainda com os braços apoiados nas minhas coxas.

"Nem me lembra, porque eu estou de bom humor." Avisei, pegando minha caneca de café para beber um gole.

"Eu sei que eu posso fazer um trabalho muito melhor do que a parte I de ontem." Ele continuou, mesmo depois do meu aviso, o que me fez suspirar enquanto colocava a caneca de volta na bandeja. "A gente estava muito cansado, mas agora..." Suas mãos dançaram delicadamente pelas minhas coxas, fazendo meus pelos por todo o corpo se eriçarem.

"Mas agora...?" Eu quis saber, curiosa. No entanto, minha voz saiu fraca e vulnerável, mostrando o quão afetada aquilo me deixava. Enquanto que o que eu queria passar era confiança.

Não dera muito certo, porque com o sorriso malicioso que se formou em seu rosto, eu sabia que ele já tinha me descoberto toda.

"Agora eu posso te recompensar pelo que aconteceu." Ele disse numa voz sedosa, fazendo um caminho de beijos delicados pelo meu pescoço e clavícula, sem tirar as mãos das minhas coxas, que estavam cada vez mais... Em zona de perigo. "Do jeito certo." Ele finalizou.

"Hmm..." Eu tentei; juro que tentei dizer algo mais construtivo, mas eu sabia, ele sabia (até a pessoa da esquina sabia) que eu já estava perdida.

Suas mãos, vagarosamente, entravam mais em minhas coxas, me dando uma sensação boa no meu sexo, mesmo que ele nem estivesse me encostando ainda. Fazia, ao mesmo tempo, trilhas de beijos pelo meu ombro. O que me deixara distraída por um tempo, que eu nem percebi que sua mão havia atingido minha calcinha - o que não era tão difícil, uma vez que não usava nada por cima dela além da camisa de Hunter que servia de pijama.

Sem tirá-la, ele colocou dois dedos por dentro do material da calcinha e, com os mesmos, passou a esfregar delicadamente a área do clitóris. Não demorou muito para que eu sentisse uma pontada leve de prazer, já que, para falar a verdade, as "preliminares" fizeram um ótimo trabalho.

Não consegui controlar os leves - quase imperceptíveis - gemidos que soltara, com o rosto apoiado em seu ombro e os braços em volta de seu percoço. Não conseguia ver, mas sabia que ele não tinha mais expressão presunçosa que eu tanto tinha vontade de tirar do seu rosto com um soco; momentos como esses Hunter constumava ficar sério, quase como se estivesse concentrando-se para fazer direito. O que eu ficava agradecida, uma vez que num momento tão vulnerável, a última coisa que eu queria era uma expressão maliciosa.