- Me solte seu monstro! Deixe-me em paz!
- Fique calma Sarah! Eu só quero conversar!
Conseguir me soltar era impossível, porém ao menos, eu tentava.
Debatia-me, tentava tirar meu braço de suas mãos fortes e ásperas, porém sempre em falha.
Não adiantava.
Mesmo com todo meu esforço, era impossível soltar-me.
Logo senti meus pulsos serem amarrados juntamente com meus pés. Foi um movimento rápido. Que uma pessoa sozinha, não conseguiria.
Tinha mais alguém ali.
Alguém com ele.
Logo pude sentir a gélida parede nas costas, que com um movimento fez-me perder o ar.
O pano então foi retirado.
Eu estava em um quarto, com uma cama no canto e uma janela ao fundo. As paredes eram cinza, e o clima gelado.
Eu não fazia a mínima ideia de onde eu estava.
- Por favor, Sarah! Eu só quero conversar!
- Eu quero ir para bem longe de você! Me solta agora!
- Não, Sarah! Eu não vou te soltar, você ainda não entendeu? – Ele gritou, virando-se de costas. – Eu não vou te soltar porque eu não quero te soltar, amor! O seu lugar é ao meu lado!
- Talvez seja, porém bem lá no quinto dos infernos! Eu não quero nunca mais ter que olhar em sua cara seu demônio!
- Eu sei que nossas lembranças não são uma das melhores. Porém confie em mim, meu amor, eu mudei, mudei por você!
- Não me chame de meu amor, eu não sou sua, muito pelo contrário! E muito menos o seu amor. Você não é uma pessoa, George, não se imagine como uma.
- Me desculpe por tudo Sarah, por favor!
- Depois de tudo George... De tudo? Olha o que você fez comigo! Eu não quero nunca mais ter que olhar pra você!
- Entenda uma coisa Sarah. Eu não quero ter que ser horrível, porém pelo visto terei que ser. Eu tentei, da melhor forma possível, eu sou seu e você é minha. Isso nunca irá mudar. Eu amo você. E daqui você apenas sai quando resolver deixar tudo e for morar comigo no México.
- Mas nem morta!
- Sem reclamação! Já não vou te dar mais o poder da escolha, afinal, você não aceita a realidade. Mas sem problemas... Em três dias nos mudamos. Apenas o tempo para resolver tudo. Até lá você fique ai. Bem quietinha.
- O que? Você não pode fazer isso!
- Desculpe Sarah, é o que tem que ser feto. Mas não se preocupe, eu vou cuidar bem de você.
Ele se virou e saiu, levando a porta consigo.
- Me tire daqui George, agora! – Gritei entre todas as lágrimas que saiam de mim.
E diante de toda aquela situação não se passava nada mais em minha mente, do que todas as lembranças com George.
Aquele monstro, que deveria mais estar no quinto dos infernos.
Eu o odeio.
O odeio com todas as minhas forças.
Mas agora não era hora de se lamentar.
Era hora de agir.
Não vou com ele para o México, nem morta.
Eu tinha que sair dali de alguma forma.
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FBI
Mystery / ThrillerE por fim, minha arma é posta sobre a cabeça do homem em que tanto procurei. O momento que tanto esperei, o momento que a justiça estava em minhas mãos. Ele matou meu filho, e eu o matarei também.