Capítulo 25

30 7 3
                                    

Peço que me desculpem pela demora, porém a cada capítulo postado eu me desanimo mais ao ver essas leituras caindo.

Aos que me acompanham, peço imensamente que me perdoem, mas eu não via motivos em continuar para ninguém ler.

Eu vou terminar essa história apenas por vocês.

Obrigada, e boa leitura xx


Peter estava sentado na porta quando cheguei. Estava com uma garrafa vazia de vodka ao seu lado, quando fumava, provavelmente, o seu décimo baseado, devido a todos aqueles restos jogados ao chão.

- Onde está a Sarah?

- Quem bom que você está aqui. - Ele disse já bêbado. - A princesa está louca, quebrou todo o quarto, apontou uma arma na cabeça do Kyle por ele entrar lá, e ainda me trancou aqui pra fora. Me fez ficar bêbado e perder o Kyle, que foi fazer xixi e faz duas horas que ainda não voltou.

- Que droga, Dylan!

- Meu nome não é Dylan, garoto.

- Ah cale a boca seu bêbado, e sai da frente. - Assim que ele saiu, chutei a porta com força abrindo-a. - E vai procurar o imbecil do Kyle!

Entrei na casa que estava aos cacos, vários copos quebrados e tudo completamente revirado.

Estava como se fosse uma casa abandonada. Uma casa que foi abandonada depois de um furacão passar por ela.

Olhava em todos os cômodos em que passava a procura de Sarah, mas nada.

O último quarto estava por vir, eu esperava encontrá-la ali, mas não, estava vazio.

Olhei novamente em cada um deles, e nada de Sarah.

- Peter! - Gritei do final do corredor.

- O que foi? - Ele disse me assustando por estar atrás de mim. - Não sou surdo Clark.

- Onde está a Sarah?

- Está no quarto dela.

- No quarto dela? Olhe pra cada um dos quartos e procure a...

- O quarto dela é no sótão, eu faço meu trabalho direito, Clark. Você tá caidinho nela né? Ficou todo preocupado...

- Me poupe dos seus comentários idiotas Peter, não tenho tempo pra isso.

Em cima de mim, puxei uma pequena corda que dava espaço para a escada que desceu dando acesso ao sótão.

Subi logo podendo ver Sarah deitada em uma cama velha. Haviam mais dois colchões no chão, provavelmente da senhora Laurent e a outra que não me lembrava o nome.

Porem elas não estavam, apenas Sarah tomava conta do lugar completamente empoeirado.

- Sarah? - Ela se virou, me olhando com seus olhos completamente inchados.

- Will, o que está fazendo aqui? - Ela disse se sentando. - Você não deveria estar com Mandy e Dylan?

- Sinto muito Sarah.

- Pelo o que? O que eles fizeram pra você?

- Sinto muito pelo Alex. Sei o quanto ele era importante pra você.

Ela não se conteve em segurar as lágrimas, então me sentei ao seu lado para tentar confortá-la.

- Foi o Dylan não foi?

- Que me contou? - Ela disse secando as lágrimas em seu rosto. - Sim, foi ele. Me contou tudo o que aconteceu.

- Eu me sinto um pouco culpado. Ele deveria ter ficado em Washington. Desculpe Sarah eu só estava tentando te proteger, não podia falar nada pra eles.

- Eu sei Will. Acho que perdi um pouco a cabeça com tudo isso, mas não perdi a consciência, sei que não faria nada contra ele.

- Não só não faria como eu estou aqui pra te ajudar a procurar quem fez.

- Como assim Will?

- Sabe Sarah, faz muito tempo em que conheço o Dylan, sei que com ele por perto a gente não vai avançar em nada no nosso plano.

- Quanto tempo conhece ele?

- Desde que nasci, ele é o meu irmão.

Ela me olhou assustada, porém não disse mais nada, apenas ficou me olhando.

- A gente sempre foi muito próximos um do outro na infância, porém, na adolescência começaram a surgir discussões. Por nada, na maioria das vezes. Nós apenas brigávamos, sem qualquer motivo. A partir dai ficamos distantes. Tão distantes a ponto de que fui morar na Noruega pra não ter que vê-lo novamente. Ali fiz minha vida, conheci uma mulher linda, Vivian, nos casamos em uma cerimonia simples, apenas para os mais íntimos, tivemos um menino, Daniel. Eu procurava emprego em cada canto da cidade para nos sustentar, mas meu cargo de policial era um pouco inútil ali. Eu consegui depois de muita insistência uma vaga para trabalhar na CIA. Nos mudamos, comecei a trabalhar, e logo surgiu um caso em que o presidente estava envolvido. Talvez eu tenha ido fundo demais em um simples caso, pois descobri coisas que não deveria, coisas que não podiam de maneira nenhuma ser descobertas. Então, um dos caras em que eu estava perseguindo, descobriu coisas de mais de mim também. Para se vingar, ele sequestrou meus pais e Dylan. Claro que eu corri para salvá-los a tempo. Mas a viagem era longa, nós morávamos em uma cidade do interior. Quando eu finalmente cheguei, o mesmo homem colocou fogo na casa onde eles estavam, na minha frente. Ele simplesmente ascendeu um fósforo e jogou. Ele deveria ter jogado gasolina em todo quanto é canto pelo cheiro. A primeira coisa que eu fiz foi entrar na casa em meio todo o fogo. Eu tentava procurar eles por toda a parte, porém quanto mais eu procurava mais longe de encontrá-los eu ficava. Quando eu finalmente os achei, só deu tempo de pegar o Dylan, antes que um bomba explodisse e mais uma bola de fogo se formasse. Dylan saiu inteiro porém nossos pais não. Dylan fez questão de me culpar a cada segundo que passava. Ele não aceitava que eu já me sentia o culpado de mais. Ele contou tudo para Vivian, ele contou como eu fui um monstro em ter deixado o trabalho ter matado mamãe e papai. Ela ficou com medo sobre tudo isso, em acontecer de novo e o próximo alvo ser ela e Daniel. Ela foi embora e nunca mais me mandou uma carta ou atendeu as minhas ligações. Tudo o que eu queria é encontrar o desgraçado que fez tudo aquilo. E eu sabia que não seria pela policia que isso iria acontecer, então acabei entrando para o mundo de crimes, eu estava acostumado, era o meu trabalho ter que ficar disfarçado. Porém dessa vez foi diferente, eu realmente entrei para esse mundo. Matei muitas pessoas, muitas mesmo, isso inclui mulheres e crianças. Tráfico, roubo, e perseguição também estão na lista. E por fim, em vez de ser parte da policia, eu tinha que me esconder dela. Depois de alguns anos, uns três mais ou menos, eu resolvi ir atrás de Vivian, eu precisava me desculpar e contar a verdade. Mas ela já tinha escutado Dylan. Talvez por isso eu nunca quis te contar. Porque eu sabia que você ia acabar como todos que ouviram primeiro o Dylan. Mas eu me surpreendi quando vi você curiosa para saber o que tinha acontecido, foi estranho ver que ele não tinha falado nada sobre respeito. Ele quis te poupar, pois para a Mandy ele disse tudo e talvez um pouco mais. Por que ele quis te poupar, Sarah?

- Por que me contou tudo agora, Will? Eu entenderia se não quisesse, e eu sinto muito por tudo eu não sei nem o que dizer...

- Alex me pediu que contasse. Ele disse que em troca você me contaria também. Mas se não quiser tudo bem Sarah, eu não vou implorar. Eu só queria que você não fosse tão fundo nesse caso. Eu falo por experiência própria Sarah, não quero que nada de ruim te aconteça.

- Eu já queria ter desistido desse caso Will. Já teria desistido a muito tempo. Mas ele não se trata apenas de trabalho.

- Se trata do que então? Eu vou te ajudar Sarah, mas preciso que confie em mim.

- Isso é mais difícil pra mim do que você pensa Will.

Me virei para ela, olhando fixamente em seus olhos castanhos.

- Confia em mim. Eu não sou um monstro. Eu vou te ajudar.

- Thomas.

- O menino assassinado?

- Ele é meu filho.




Deixem comentarios, por favor...

All the love, mel xx

FBIOnde histórias criam vida. Descubra agora