6. Magicien de Sorcellerie

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18 de dezembro, segunda-feira.

- Des... o que? – perguntei ao rapaz, tentando de uma vez por todas entender aquilo que Octavius já havia dito, mas nem se dera ao trabalho de salientar minha dúvida.

- Destin. – repetiu ele. – O que somos.

- Okay! Sei que está tentando esclarecer, mas para mim ainda está confuso. – disse eu, fazendo uma careta. Devo ter ficado com cara de boboca, pois ele riu.

Não sei se foi pela minha falta de conhecimento, ou se era força do hábito, mas de qualquer modo, não me importaria que ele o fizesse. O moço tinha um sorriso agradável.

- Aqui, somos todos destin, ou fée, no seu caso. – ele arqueou os olhos, e sorriu de canto.

- Continue! – retribui o sorriso.

- Destin e fée é como chamamos seres de nossa espécie aqui em Âmbar, e no Topázio Imperial, o Reino Seguinte. Destin é para o masculino, e fée para a turma feminina. Somos seres mágicos, que evoluíram há milênios por uma família que fugiu da França terráquea. Nossa espécie se concentra em pequenas partes do mundo, mas boa parte fica em Äncae mesmo, e outra parte, em Monar.

- Olha, moço, desculpe a minha ignorância, mas você tem que explicar tintim por tintim cada coisa que tá dizendo.

Ele jogou a cabeça para trás e soltou uma gargalhada.

- Tudo bem, sabe o que são Äncae e Monar, certo? – balancei a cabeça em negativa, mas ele compreendeu – Pela Fada Madrinha! Tenho muito que ensinar para você então. – tomou fôlego, mas no fundo, sei que estava feliz por ter que perder mais tempo me dizendo.

- Tem mesmo! – encostei-me ao portão, olhando de esguelha para meus protetores, que já haviam avançado para dentro do colégio.

- Äncae e Monar são os dois continentes. – fez uma pausa, analisando se pela minha expressão ele deveria explicar o que são continentes também, mas ele prosseguiu. – Em Äncae, por exemplo, o continente do ocidente, somos divididos em três Reinos: Âmbar, Topázio Imperial, onde existe grande predominância de destin e fee. – fez uma pausa para tomar fôlego: - e Alabastro, predominado por cavaleiros e amazonas e protegido pelas Musas.

- Legal! – exclamei, absorvendo tudo. – Reino Alabastro... É protegido por musas?

- Sim! Nove musas, que representam a família Real de Alabastro.

- Uau! – exclamei, ficando cada vez mais empolgada em ouvir tudo o que ele tinha a dizer.

- E no extremo norte de Äncae, próximo à Alabastro, tem o Pântano de Aine, regido pela Rainha Aine Faeriy.

- Estou percebendo que a força feminina rege muito por aqui. – disse, com amabilidade.

- Verdade! – deu um riso tímido, e prosseguiu. – Mas em Topázio Imperial, por exemplo, são os Serpentinos quem governam.

Arregalei os olhos, assustada.

- Pelo nome, não quero nem conhecer.

- E aqui em Âmbar, - continuou ele – todo o reino é representado pelos Conselheiros.

- Reinos que não tem reis. Que peculiar!

Mais uma vez, ele gargalhou.

- A monarquia só procede em, bem, Monar. Por aqui, toda a realeza foi extinguida, mas o título de Reino continua. – seus olhos brilhavam incrivelmente - Mais alguma dúvida?

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