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O batuque incessante da caneta cor de rosa contra o balcão acinzentado da pequena cozinha faziam com que meu cérebro desejasse não funcionar.

As palavras em meu monitor pareciam apenas borrões, transformando a simples tarefa de ler um anúncio online em uma tarefa difícil.

- Daniella, pare com este barulho! - Vociferei após longos minutos de tentativas falhas de ler o texto a minha frente.

- Queen Mary parece um ótimo lugar. - Comentara Jean, virando o ecrã de seu próprio computador portátil na direção dos olhos atenciosos de Jennifer, que lia um dos folhetos coloridos tirados de sua pilha.

- Como são as acomodações? - Indagara a mãe preocupada, de olhos bem abertos e seu lado crítico ativo. Apreensiva com a decisão que precisava ser tomada, balançava a perna direita a baixo da mesa, cujo a tinta branca já estava gasta pelo ano de uso intenso e diário.

- Qualquer acomodação, em qualquer instituição de ensino, é melhor do que aqui. - Rebatera Daniella com um sorriso sarcástico no rosto, tão semelhante ao de Jean que parecia que eu estava enjoado e via duas versões da mesma pessoa.

- Ligue a televisão. - Pedira meu pai, que entrara pela porta manchada pelas bolas de futebol de Amina em rompante - Seja rápido! - Vociferara enquanto sentava-se ao meu lado no sofá puído e olhava atentamente para a tela grande.

"O corpo de uma mulher, afrodescendente e, de aproximadamente trinta anos, foi encontrado na margem do rio Tâmisa nesta manhã de vinte e oito de junho.

De acordo com especialistas e, da polícia local, a mulher já estava em estágio avançado de putrefação quando foi encontrada por um turista que observava a paisagem, levando a conclusão de que, a mulher, ainda não identificada, foi executada há três dias.

Mesmo que já estivesse morta quando foi atirada ao rio, especialistas indicam que: Corpos das vítimas que são desovadas em águas boiam após dois, ou três, dias após a morte.

Voltamos em breve com mais informações sobre o caso."

Ethan chacoalhava a cabeça de um lado para o outro com olhar de pêsames, seus olhos pequenos marejados.

Jennifer chorava com a notícia como um criança chora quando é afastada de sua mãe.

Meu corpo enrijeceu, encontrei-me em um furacão de pensamentos.

- Com apenas trinta anos e já perdeu a vida. - Lamentara-se Daniella entortando os lábios com tristeza.

- Por que queria ver isto, pai? - Indaguei enquanto engolia a apreensão pela garganta seca.

- Um homem tomou o mesmo ônibus que eu na volta para casa. Disse-me do caso. - Respondera indiferente.

Levantara-se e caminhara até sua esposa que derramava lágrimas grossas sobre os panfletos de instituições de ensino.

"Voltamos com o caso da mulher encontrada na beira do rio Tâmisa nesta manhã de vinte e oito de junho.

A jovem foi identificada como Taylor Jules Andrews, Diretora chefe da companhia de Jaymes R. Jones, - Jaymes Inc.- e suposta amante do empresário.

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