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- Tem certeza que vai fazer isso? - Zayn me encarou, eu apenas assenti enquanto encarava a porta do prédio - Vou te esperar no escritório então...

- Tudo bem, eu te ligo assim que aqui acabar.

Continuei encarando a porta do prédio, Zayn resmungou algo ao meu lado e depois saiu, eu realmente não ligava para o que ele havia falado, minha atenção estava concentrada naquela entrada e o que ela poderia trazer para minha vida.

Harry estaria me esperando no nosso antigo apartamento? Ele realmente iria vir aqui para conversarmos?

Enquanto eu subia as escadas minhas de lembranças passavam por minha cabeça. O dia em que eu, Zayn e Lauren mudamos para cá, o dia em Zayn conseguiu seu taxi, quando Lauren foi promovida, o dia em Harry chegou, o dia em que ele foi embora... O dia em que eu fui embora.

Parei em frente a porta, entreaberta, e tudo parecia mais pesado do que antes, eu só queria deitar ali mesmo e dormir, talvez tudo se resolvesse.

Ou não.

- Harry? - falei antes de entrar.

- Estou aqui. - a voz veio distante.

Entrei devagar e respirei fundo quando passei pela sala, Harry estava na varanda, ele encarava a rua, mas logo ele se virou e me encarou sorrindo. Maldita seja esse idiota.

- O que você quer conversar comigo? - fui direto.

- Não precisa querer ser grosso Louis...

- Não quis ser grosso, - falei sério - quis ser direto, quanto menos tempo eu ficar aqui, mais tempo eu tenho para resolver minha vida.

- Ficando aqui você irá resolver sua vida.

- Então comece a falar logo Harry, não me enrole, nosso assunto é racional e não emocional. - Harry se sentou numa poltrona e indicou para que eu sentasse no sofá.

- Essa casa ainda é sua e eu tenho que pedir para você se sentar?

- Por favor, - respirei fundo - só vamos conversar logo.

- Por onde quer que eu comece?

- Quando você foi sequestrado, realmente queriam colocar outro chip em você?

- Sim, eles queriam, e Johannah que ordenou tudo. Eu estava lá, jogado ao chão, vendo pessoas que considerávamos amigos até então, e ela sorrindo em minha direção.

- Porque ela queria fazer isso com você?

- Eu acho que ela sabia que temos algo, e se ela me tirasse do mapa seria mais fácil uma aproximação com você e então botar o plano dela em pratica.

- Nós tínhamos...

- O que?

- Nós tínhamos algo, no passado Harry, não temos mais nada.

- Hmm... - ele se ajeitou na poltrona e me encarou sério - Isso mesmo.

- Você acha que ela manda em tudo?

- Ontem descobrimos uma coisa que eu não sei se você vai aceitar bem...

- O que foi?

- Johannah é a cientista por trás da criação dos tais chips, ela que fez o protótipo e o apresentou para os governantes.

- Impossível!! Jay trabalha em um hospital em Doncaster, ela é enfermeira.

- A quanto tempo? Você sabe me dizer? Não ache que conhece essa mulher, porque você não conhece.

- Eu devo achar que conheço quem então? Você?

- Louis, não faça isso...

- Sério Harry, você chega do nada, falando mil e uma coisas e quer que eu fale: ''Tudo bem querido, você é o herói e eu vou acreditar em você cegamente''. - me levantei e o encarei friamente.

Harry se levantou e ficou a centímetros de mim.

- Você já está cego por ela, aposto que ela conversa com você sobre a empresa do seu pai, sobre como ele era um homem de negócios... -

- O que? Como você...

- Ela é fria e calculista, eu a vi em ação, eu a estudei durante dois anos, você conhece ela a seis meses.

- Não! - tentei sair de perto dele, mas assim que me virei Harry me puxou pelo braço, me fazendo voltar a encará-lo - Me solta!

- Eu prometi que iria te proteger a todo custo, eu não sou um maldito herói ou escolhido, - eu estava agarrado em seu braço que me agarrava - eu fui colocado nessa situação de merda e acabei me apaixonando pelo cara errado.

- Errado? Eu?

- Eu não falei o seu nome. - Harry sorriu e meus olhos faltaram sair fogo - Mas que bom que sabe que é você.

- Me solta, por favor.

- Acredite em mim Louis, ela não é quem diz que é, eu quero te ajudar, quero resolver isso de uma vez por todas.

- Você mudou tanto... - passei minha mão por seu rosto, ele fechou os olhos - Eu não queria admitir em voz alta, mas eu senti sua falta.

- Eu não parei de pensar em você um minuto sequer durante esses dois anos.

- Porque não me procurou antes?

Passei meu dedão por seus lábios, a mão de Harry foi ficando mais leve em meu braço e a outra foi se posicionando em minha cintura.

- Era arriscado Louis, me entenda por favor, eu não sabia no que estava me metendo.

- E agora você sabe?

- Sim, e eu preciso que você também saiba, preciso que você me ajude a acabar com isso. - seus olhos me encararam novamente, verdes e cativantes.

- Eu vou te ajudar, eu vou, eu nunca iria me virar contra você.

- Eu senti tanto a sua falta Louis... - suas mãos apertaram minha cintura, meu corpo já estava grudado contra o de Harry.

- Quanto?

Harry me beijou, seus lábios tomaram conta dos meus, seus braços minha abraçaram fortemente, seu corpo quente se chocou contra o meu frio. Meus braços envolveram o maior pelo pescoço e eu me rendi aquele beijo de forma limpa e sincera.

Harry havia voltado.

Não só para acabar com os demônios do governo.

Harry havia voltado para mim.


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prisoner // harryelouisOnde histórias criam vida. Descubra agora