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[N/A] Ei pessoal, já resolvi o que vou fazer com o final de PRISONER, o que há de melhor do que o amor para curar tudo? Espero que gostem do final que está por vir, eu irei fazer o meu melhor diante das circunstâncias. 



Descemos no aeroporto de Manchester as quatro da manhã, Harry me abraçava de lado, ventava muito e meu corpo tremia. Por mais que eu não tivesse ficado muito tempo longe de Londres, voltar para Manchester era algo que eu evitei por um tempo, principalmente por causa da minha mãe. Antes eu tinha a confiança de deixá-la com Normani, mas agora...

Normani não está mais aqui.

Camila disse que o corpo de Normani foi encontrado no sul da Inglaterra, e iríamos enterrá-la junto a sua avô em Oxford, ainda segundo Camila a família Kordei estava devastada.

Outra que ainda deveríamos conversar era Camila, ela sofreu com tudo que descobriu sobre Lauren, ela sofreu muito, mas parece que tudo foi ignorado durante um certo tempo, ninguém discutiu a fundo sobre as mortes, sobre o que havia acontecido.

- Sua mãe acabou de conversar com Liam, - Harry me encarou - ela está nos esperando.

- Nossa mãe Harry.

- Sim, você entendeu.

- Ela sentiu sua falta, sabia? - ele não me respondeu - Harry?

- Tenho medo dela não me querer mais... Eu a abandonei.

- Nunca diga isso novamente, Anne te ama, ela vai entender assim que falarmos sobre Jay.

- Vamos logo! - Niall gritou do carro.

Eu sempre achei que tudo estava perdido logo após Harry desaparecer, sentia que se ele teve a capacidade de sumir e me deixar aqui era porque sabia que não havia mais o que se fazer. Hoje eu percebo que ele não teve escolha a não ser sumir por um tempo, que nem tudo foi tão fácil como imaginei.

Entrei no carro junto a Harry e olhei para trás, vendo Zayn deitado no colo de Liam, que alisava o cabelo do desacordado, e com seus pés encima do colo de Niall, o advogado estava colocando uma manta por cima de Zayn.

- Estão todos bem? - Olivia apareceu na porta do carro, eu e Harry assentimos - Vamos para casa dos Tomlinson então, estarei no carro da frente e Camila no detrás... Está bem por você dirigir, Harry?

- Sim, sem problemas.

- Então ok, vamos logo. - a mulher fechou a porta de Harry e o maior me encarou.

- O que foi?

- Eu te amo, você sabe, não é?

- Sim Harry, eu sei, nunca irei duvidar disso.

E logo após isso começamos o caminho para minha casa, a casa dos meus pais, a casa onde eu cresci, onde eu conheci tantas pessoas, onde eu e Liam corríamos pelo jardim antes de tornarmos adolescentes viciados em filmes de ação e em tomar coca-cola enquanto fumávamos.

Harry nunca teria essas lembranças, e eu entendo agora o receio dele em relação a tudo, a volta para Manchester, o reencontro com nossa mãe, tudo isso era um peso para ele.

Se for parar para pensar, tudo que vivemos até agora é surreal, é algo que está além do nosso imaginário. Como tudo pode se conectar tão estranhamente. Harry ir parar em minha casa, o filho perdido da minha mãe que meu pai procurava a anos, graças a um programa de reintegração que foi ''criado'' por minha mãe biológica e que agora estava tentando dominar o mundo com um chip controlador de mentes.

Mas o mais inacreditável de tudo foi eu me apaixonar por Harry o mesmo tanto que ele se apaixonou por mim.

Acho que aquela teoria de que em todo mal há o bem e em todo bem há o mal é a mais pura verdade.

A três anos atrás eu nem sabia da existência de Harry, eu vivia pacatamente com meus amigos, não fazia nada agitado, o máximo que acontecia era ter que lidar com as brigas de Camila e Lauren ou com os romances de Zayn. Eu jamais imaginaria que minha vida se tornaria uma montanha russa, eu jamais pensaria que iria ter que lutar contra outras pessoas, pegar em uma arma, fugir para outro país, e o pior de tudo... Eu nunca pensei que iria encontrar o amor da minha vida em meio a isso tudo.

É como se eu e Harry estivéssemos nos beijando enquanto uma guerra acontecesse ao nosso redor. Parece egoísmo, parece individualismo, mas na verdade é amor.

Amor.

Acho que é isso que minha mãe biológica nunca teve, amor. Será que ela já foi amada? Será que ela já se sentiu amada? Eu nunca havia parado para pensar sobre isso até hoje.

Um sentimento puro e sincero, uma coisa acima do bem e do mal.

Ás vezes tudo que precisamos é amor, e minha mãe nunca teve. Ela nunca sentiu isso, e talvez eu poderia acabar com toda essa confusão se fizesse ela entender o que é sentir isso, o que podemos fazer com esse sentimentos.

Harry estacionou em frente a entrada principal da cassa, me fazendo acordar de meus pensamentos profundos. Ele me encarou confuso e eu apenas sorri, saindo do carro e esperando ele chegar até mim, me abraçando e beijando minha testa ao final.

Niall e Liam falaram que iam esperar um pouco para acordar Zayn, então eu e Harry entramos na casa junto a Olivia e Camila.

- Mãe? - gritei assim que abri a porta, mas nenhuma resposta veio - Mãe?

- Anne? - Camila gritou em seguida.

Harry segurou minha mão e me puxou para mais perto dele. O encarei confuso, a casa estava quieta demais, onde estavam os empregados?

Chegamos perto do escritório e a porta estava aberta, fui entrando quando encarei a cena mais caótica que poderia imaginar.

Anne estava amarrada e jogada encima do tapete, enquanto Johannah estava sentada encima da mesa, com um sorriso no rosto e sendo escoltada por dois homens, que ameaçaram atirar em mim assim que tentei chegar mais perto de Anne.

- Você demorou filho, - ela disse sorridente - eu estava quase desistindo de esperar, não sabia que demoraria tanto para chegar da Argentina.

- Como você sabe...

- O meu querido, eu sei de tudo e de todos, você já deveria ter aprendido isso.

Harry me puxava para trás, mas eu estava firme em minha posição, não deixaria isso acontecer mais.

- Solte-a!

- Porque? Eu não devo nada a ela... Na verdade ela que deve a mim.

- Como assim? Ela criou o filho que você não quis. Como ousa falar assim dela?

- Eu não quis? Querido, a história que te contaram é tão inventada quanto a sua vida.

Encarei Anne, ela estava assustada, Harry estava segurando minha cintura e as vozes de Niall e Zayn começavam a ecoar pela casa. Eu tinha que fazer algo, eu tinha que resolver as coisas logo.

- Harry, feche a porta do escritório. - falei sem ao menos encará-lo.

- O que? Não, Louis você...

- Por favor, feche a porta do escritório, você e Olivia ficam aqui dentro comigo.

- Ora, estou vendo que você criou um pouco de juízo. - Jay disse sarcástica.

- Não me irrite, - me virei para Harry, que me encarava confuso - por favor, confiei em mim.

Harry assentiu e foi junto a Olivia fechar as portas do escritório, as trancando em seguida.

- Então, mãe! - Johannah me encarou surpresa - Você pode começar contando toda a história... A verdadeira! 



[N/A] Se vocês já leram NIGHT CHANGES, espere algo muito emocionante hoje a noite.

 Feliz Natal!

prisoner // harryelouisOnde histórias criam vida. Descubra agora