Ouço a marcha imperial, tocar. Não, não é o Darth Vather entrando no meu quarto. É o despertador do meu celular. Amo Star Wars, mas nessa hora, quando toca o despertador, odeio. Pego o aparelho para desligar.Cheia de sono, cubro a cabeça, com o travesseiro, me aventurando na possibilidade de dormir, por mais meia hora. Mas infelizmente não dava tinha que ir para igreja.
Levantei-me e dobrei meus joelhos para começar meu dia.
Logo em seguida coloco uma toalha, sobre meu ombro e marcho para o banheiro e tomo um rápido banho.
-Ângela desce, se não vamos nos atrasar - Grita mamãe.
-Já vou - Grito alto para que ela possa ouvir.
Coloco uma calça jeans, e uma camisa preta, com estampa florais e minha inseparável havaianas brancas, e desço as escadas. Encontro papai sentado á mesa, que dá um grande sorriso ao me vê. Somos muitos parecidos. Ambos temos cabelos negros e ondulados - no caso dele grisalhos - e pele morena, a única diferença é que meu pai é alto, quase dois metros de altura. E eu uma quase anã 1,55. Dou um bom dia e me sento á mesa.
Como um bom pastor e pai de família, assim que todos - eu, papai, mamãe, e Arthur, meu irmão mais velho -, nos reunimos a mesa ele fez uma breve oração. Agradecendo pelo dia, pelo alimento, e por nossa família.
Tomamos café normalmente, como de costume. O café da manhã, é a única hora do dia da qual nós podemos estar todos juntos. Então aproveitamos bastante ele, e conversamos em dobro. Amo o café da manhã, amo estar em família.
[...]
-Ângela, vamos sair e te deixar aqui - Resmungou mamãe do andar de baixo de nossa casa.
-Eu já estou indo - Falei.Eu tenho o dom, de me enrolar. Mesmo se eu começar a me arrumar duas horas antes, nada coopera. Meu creme de cabelo acaba, meu pente some, algo cai, resumo tudo conspira contra mim.
Coloco minha sapatilha, e vou para a porta de casa. Onde avisto, uma baixinha, gordinha com cabelos loiros e longos, quase a engolindo, de cara emburrada pelo meu atraso. Essa é a dona Ruth minha mãe.
-Da próxima vez te deixo aqui - Resmunga emburrada.
-Deixa nada, a senhora me ama - Falei depositando um beijo em seu rosto.
-Tá - Falou rindo - Vamos antes que seu pai, tenha um infarto pelo atraso.
-É mesmo - Gargalhei.
Fomos em direção ao carro do papai. E entramos sentei no banco de trás com Arthur.
Arthur era meu irmão, ele era mais velho, que eu, três anos, logo tem vinte um. Ele cursa Bioquímica. Uma das coisas que mais admiro nele, e sua habilidade de música, ele canta e toca como ninguém.
Hoje era dia de evangelismo na igreja. Um dos trabalhos da igreja que mais gosto, amo demais evangelismo. Não há nada melhor do que falar do amor do nosso pai.[...]
Ao chegar na igreja avisto uma baixinha, loirinha, esperando alguém. Era minha amiga Laura.
Somos amigas desde de crianças, dois anos de idade. Nos conhecemos na igreja, os pais dela frequentava a igreja dos meus pais, então somos amigas desde de então. Alguns anos depois no primeiro ano do fundamental, passamos a estudar juntas e estamos estudando juntas desde de então. Até a faculdade cursavamos a mesma, turismo. Não compreendo como a Laurinha me aguenta desde de tanto tempo.
-Até que enfim - Falou Laura assim que me viu - Pra mim você não vinha mais.
-Me atrasei - Respondi.
-Só para variar - Ironizou Laurinha.
Revirei os olhos e rir.
-Oi meio metro - Brincou Arthur com a Laura.
-Oi louva Deus - Laura disse fazendo caretas.
-Manequim de Polly - Revidou Arthur.
-Você é tão magro, que se virar do avesso some - Retrucou Laura.
Quando meu irmão e a Laura, se juntam sim, eles parecem duas crianças. Ou eles se odeiam muito, ou.... Se gostam muito. Ainda estou incerta quanto à isso. Mas um dia, eu chego uma conclusão quanto a isso.
-Vamos logo, o culto está começando - Falei arrastando a Laura para dentro da igreja.
[...]
Meu pai, abriu o culto, começou orando depois seguiu para os louvores. Onde o grupo de louvor entrou cantando, meu irmão cantava e tocava no grupo de louvor.
Meu pai, deu uma palavra, maravilhosa. Ele trazia palavras maravilhosas de reflexão profunda. Sempre me chamou muita atenção as palavras dele, ele tinha uma coisa que fazia você realmente refletir sobre aquilo, e esquecer do mundo ao seu redor. Focar só nas palavras do espírito santo.
Antes do meu pai acabar a reunião, ele deu algumas instruções sobre o evangelismo.
Meu pai, nos dividiu, em grupos, cada um iria num lugar diferente. Fiquei num grupo com a Sam, Lucas, Arthur, Laura. Amigos meus da igreja.
Não havia prazer maior, para mim, do que levar a palavra de Deus as pessoas. Falar de seu imenso amor, amor tão grande, que fez ele entregar seu único filho, puro sem pecado, para morrer em meu lugar, por mim, pecadora, mesmo vendo meus pecados, decidiu me amar incondicionalmente. Nunca serei merecedora dessa graça, mas por sua infinita misericórdia ele me concedeu. Essa palavra me fazia acordar a cada dia com o coração ainda mais alegre.
[...]
Depois do evangelismo, minha mãe me mandou para casa, adiantar o almoço, porque o neto do Presbítero João, que eu ainda não conheço, iria almoçar lá em casa. Um almoço de boas vindas.
O Presbítero João frequentava a igreja dos meus pais, e ele também era meu vizinho. Seu neto veio morar com ele, e sua esposa, devido o agravo da saúde do casal. Então ele também seria meu vizinho.
Fui para casa com o Arthur, e comecei a preparar a lasanha. Depois de deixar tudo armado, fui fazer um pavê de chocolate.
Depois que terminei tudo, fui para meu quarto, tomar banho e trocar e de roupa. Coloquei um vestido azul, com chinelinhos azul escuro e minhas havaianas. Prendi meus cabelos num rabo de cavalo.
Desci as escadas onde os meus pais, estavam e fiquei conversando com eles. Até que a campainha tocou. E eu fui atender.
Continua...
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Ângela
EspiritualÂngela Bittencourt é uma jovem encantadora, simpática e caridosa. Mas algo a torna especial: O amor a Deus. Ela está muito próximo de realizar o maior sonho de sua vida: Ser missionária. Porém tudo muda quando ela conhece seu ''novo'' vizinho Enzo...