12. Daydreaming

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Olá queridos, essa música aqui em cima é muito especial para Odisseia. 

Espero que curtam esse capítulo.

Fiquem com Deus <3

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Abri meus olhos lentamente, sentindo queimar um pouco. Minha coluna doía de dormir de mau jeito e a almofada do sofá estava babada. Olhei para o teto tocando em minha blusa da noite passada. Eu tinha chego tão cansada que dormi no sofá da sala, ou foi a própria vergonha dos meus pais por aquela confusão que tinha ocorrido.

Olhei para o relógio da sala que marcavam 6h da manhã. O céu estava escuro e a neve caía de mansinho. Aproximei-me da janela da sala podendo contemplar toda a rua já branca.

"... Querido Deus, queria agradecer por mais um dia de vida. Peço perdão pelo dia de ontem, eu realmente fui muito agressiva com meus pais. Mas eu ainda sinto dor por tudo o que aconteceu. Então, por favor, cure essa cicatriz tão feia em meu coração. Eu necessito da Sua força e do Seu amor. Amém."

Sentia as lágrimas frias descerem meu rosto. Abracei meu corpo e relaxei, deixando meus olhos fechados por um instante.

- Quer um café? – meu corpo estremeceu. Virei lentamente até me deparar com minha avó de pijamas e cara inchada escorada no corredor. – Bom dia.

-Bom dia vó. - andei até ela e a abracei forte. Amelia depositou um beijo em minha testa.

- Por que a senhora não volta a dormir?

- Não consigo. Quer bolinhos?

-Sim.

Ela se afastou de mim e caminhou até a cozinha. Na geladeira estava um pacote de bolinhos de chocolate que uma senhorinha que morava na nossa rua fazia. Vovó pegou dois deles e colocou em pratinhos, enquanto eu colocava água na cafeteira.

Esperamos o café ficar pronto para darmos a primeira mordida nos bolinhos, que por sinal eram ótimos. Sentamo-nos à mesa de jantar e comemos em silêncio. Senti vovó me observar e sentei ereta na cadeira. Amelia deu um gole em sua xícara e repousou-a com a mesma elegância de sempre. Fico imaginando se minha avó não teve algum parentesco com alguma realeza britânica ou europeia. Ela veio de uma família sem riquezas nenhuma, diferente de John.

- Querida?

-Sim. – larguei a xícara na mesa.

-Ontem... Onde você ficou? – Engoli seco o bolinho e soltei um pigarro.

- Hum... É... Bom, eu encontrei um amigo e nós ficamos conversando. Depois ele me trouxe até aqui. Foi só isso. – Jace não era meu amigo, ou era?

- Seus pais ficaram muito preocupados, Alice. Eu também.

- Desculpa... – falei em um tom de sussurro. Amelia suspirou e colocou suas mãos sobre a minha.

- Eu entendo a sua preocupação comigo, mas você é jovem e tem uma vida inteira te esperando. Não se preocupe tanto. – Eu olhei determinada para seus olhos azuis e apertei suas mãos.

- Vovó, entenda: Eu não vou embora daqui sem a senhora e preciso saber o que realmente aconteceu com o vovô. – Ela retraiu os lábios e respirou fundo.

- Alice, quem está encarregado disso é a polícia e não você. Se o assassino conhecia seu avô, pode te conhecer também. – Ela apertou minhas mãos. – Eu não quero que nenhum mal aconteça, seria o fim pra mim... E para seus pais... Não aguentaria ver minha única neta ser tirada dos meus braços.

Odisseia (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora